Setor aeroespacial dos EUA perdeu contratos de US$ 5,4 bilhões com a FAB para renovar frota de caças, em disputa vencida pela Suécia
Por Roberto Godoy
A pauta de temas de Defesa em discussão entre os Estados Unidos e o Brasil é ampla. Passa pelo acordo para uso da base de lançamento de foguetes espaciais de Alcântara, no Maranhão, mergulha na segurança das reservas oceânicas de óleo do pré-sal e trata de coisas de caráter muito prático, como a repressão ao tráfico de drogas, de armas e de seres humanos nas amplas fronteiras nacionais – incluídos aí os acessos marítimos – além de treinamento de pessoal e ações bilaterais antiterrorismo.
Os dois países mantêm acordos de cooperação militar desde o fim da 2.ª Guerra, há cerca de 73 anos. Os mecanismos resultam em operações como a recente transferência dos EUA, para os arsenais de artilharia de campanha do Exército brasileiro, de 128 obuses de 155 mm. Usados, os canhões serão modernizados. O primeiro lote de 96 unidades chegou em setembro. O segundo, com 32 peças, será entregue em janeiro. É uma operação rotineira. A administração de Donald Trump quer trabalhar com Jair Bolsonaro para expandir e sofisticar esse entendimento. Além de produtos finais, a indústria americana de equipamentos militares quer negociar sistemas digitais dedicados à Defesa e ao menos parte das tecnologias envolvidas.
Também gostaria de ter participação maior em programas de grande porte, como o da renovação da frota naval, entre os quatro grupos finalistas na escolha do consórcio que construirá quatro novas corvetas para a Marinha não há nenhuma empresa dos Estados Unidos. O valor do contrato é estimado em US$ 1,6 bilhão.
O setor aeroespacial dos EUA ainda não metabolizou bem a perda para a Suécia, em 2013, da encomenda de 36 supersônicos de superioridade aérea para renovação da frota da FAB, uma transação de US$ 5,4 bilhões. A escolha de parceiros franceses e chineses para atender aos programas de satélites também não foi bem assimilada. Jair Bolsonaro pode ser uma via para reverter o rumo dos negócios.
FONTE: Estado de São Paulo
NOTA DO EDITOR: Os estaleiros dos EUA estão com muitas encomendas para a US Navy, e a licitação para apenas 4 corvetas pode ter desestimulado os americanos acostumados com grandes encomendas da Marinha americana.
perderam a concorrencia dos avioes pois nao queriam transferir tecnologia , como de costume do tio Sam, quem comprou os F35 tb nao tem acesso total aos softwares da aeronave,
Mas não será a própria Boeing que fornecerá justamente a parte supersônica dos jatos suecos? Que perda importante os americanos tiveram em fornecer o principal equipamento de um caça sabendo que um avião tem vários fornecedores? E outra, se o custo do FX custa U$5 bilhões e as corvetas “apenas” U$1b o que são esses navios “de grande porte” para quem perdeu uma concorrência de caças mas que ainda assim fornecerá os motores? Não faz sentido, a não ser que ele esteja se referindo a diferença de peso dos navios com os aviões e o custo unitário de navios e aviões. E o número de aviões são muito maior do que o de navios portanto a demanda é considerável. Claro, a quantidade de materiais empregados em navios é muito maior do que em aviões mas a perda dos americanos nessa concorrência foi limitada ao aparelho e a transferência de tecnologia mas ainda saiu ganhando. E ele fala como se perder contratos fosse uma situação atípica daquela empresa.
A aquisição de navios europeus novos (e usados) por nossa Marinha é tradicional. Desde os encouraçados da Classe Minas Gerais até as fragatas Niteróis – novas – (além das type 22) passando agora pelas patrulhas oceânicas significa que historicamente nossa Marinha não é cliente de embarcações americanas, ainda que tenha recebido submarinos, escoltas e navios anfíbios deles. Pode ser que isso mude com a nova gestão mas não que a ausência dos americanos no setor naval brasileiro seja tão importante para eles.
E porque tambem ele o Lula parcelou os gastos entre 20 a 30 anos comprometendo a economia e o orçamento dos governo que vieram após seu mandato.
Eu gostaria de saber que o A12 vai sobreviver nesse novo governo e tbm sera que pode vir AH 1 super cobra
Antes que fala sou viuva do sao paulo nd disso eu gosto muito dele eu creio que a marinha Pode pegar F18 ?
Luis, concordo com você, poderíamos aprender com os Chineses, compraram uma sucata para desmanche aprenderam como se faz, reformaram no estado da arte e estão lançando o segundo grupo de combate com um porta aviões Zero kilometro.
No título está “base militar’, na matéria apenas o acordo sobre o uso da base aeroespacial de Alcântara – isso é típico desse jornalista. Quanto ao programa das corvetas, qualquer um poderia participar, se eles não se interessaram não há o que reclamar, portanto mais uma vez o autor força a barra. Não dá p/ levar esse cara a sério.
Bolsonaro não governará sozinho, há muita gente especulando em relação ao novo governo, devemos ter os pés no chão e dar sequencia aos atuais projetos ,PROSUB,FX, e por ai vai ! Não devemos criar muitas expectativas !
Pelo que sei o próximo lote de caças para a FAB não serão obrigatoriamente de Gripens.
amigos, para essas compras listados pelos colegas, a qual eu sou fã, só será possível se nosso país crescer no mínimo 6% ao ano o PIB. E para isso, precisamos acelerar vendas aos chineses e americanos. igual ao que aconteceu na era Lula. O cara só fez o que fez porque os chineses comprava tudo que tínhamos. Os tempos são outros
Contratos futuros de armamentos, só com uma economia mais forte e com as reformas da previdência e a tributária encaminhadas. O Brasil vai ter que definir ainda o destino do Centro de Lançamento de Alcântara. Sempre tive a convicção que os americanos não são confiáveis com aliados. A escolha da Suécia para o fornecimento de caças foi a melhor decisão que o Brasil tomou. Tomara que o futuro presidente não fique com muita bajulação com os americanos, que por sinal até hoje mantém o Brasil sob espionagem constante.
Contratos futuros de armamentos, só com uma economia mais forte e com as reformas da previdência e a tributária encaminhadas. O Brasil vai ter que definir ainda o destino do Centro de Lançamento de Alcântara. Sempre tive a convicção que os americanos não são confiáveis com aliados. A escolha da Suécia para o fornecimento de caças foi a melhor decisão que o Brasil tomou. Tomara que o futuro presidente não fique com muita bajulação com os americanos, que por sinal até hoje mantém o Brasil sob espionagem constante.
Padilha desculpe o erro quis dizer escoltas virão para MB?
Rapaz, por mais que a MB precise de escoltas, tudo o que existe hj como possibilidade no mercado de usados (triste isso), caso a MB compre, a mesma terá que gastar um caminhão de dinheiro para atualizar, criar uma nova linha logística para manutenção e para usar por quanto tempo?
Sinceramente, prefiro aguardar as corvetas sairem do forno e ainda durante a construção da 2ª ou 3ª começar a ver, caso o país esteja bem economicamente, a opção de fragatas leves (4.000t à 4.500t). Muitos podem não entender do porque esperar, mas a razão é simples. Não podemos mais ficar jogando o pouco dinheiro que temos em navios velhos. Navios como o PHM Atlântico e o NDM Bahia apesar de não serem novos, cumprirão por muito tempo suas funções na MB e foram exceções, mas quando se fala de escoltas, é preciso pensar em sistemas eletrônicos atualizados. Quando essas marinhas resolvem se desfazer de seus escoltas, é porque economicamente não vale a pena gastar dinheiro neles, pois o caminho é investir em novos meios. Por isso, eu espero que não venha nenhum escolta usado para a Marinha do Brasil, salvo algum escolta que seja ofertado antes do mesmo dar baixa, e assim mesmo, com alguma condição real de combate.
Antes que questionem, mais uma coisa. Quando um navio é ofertado, os leitores normalmente olham para os radares e sistemas pensando neles como 100% funcionais, como novos, porém, a realidade é outra. Então lembrem se disso quando torcerem para nossa Marinha comprar escoltas desatualizados dos outros.
Concordo plenamente porque digo as La Fayettes só se salvam o casco, os motores e o canhão de 100mm. o resto muito provavelmente tem que trocar tudo e mesmo o casco, motores e canhão precisam passar por revisões.
Reverter a escolha dos Gripen seria um tiro no pé, pois muitos passos já foram dados no processo de transferência de tecnologia.
Quem sabe e com boa expectativa possa haver a disponibilidade imediata de uns F18-SH para a FAB.
Mas o mais necessário que julgo agora será trazer algo como os KC-46 ou 767 convertidos para a o projeto KC-X2, uns helis de ataque (quem sabe mesmo usados) e ver da possibilidade de uma bateria aérea de longo alcance… Ademais, outros projetos como a vinda dos blindados já estão ocorrendo.
Por quê será hein que só os outros três verão contratos? Os yankees sempre foram traíras!
Coalizão contra a Venezuela à vista
Só no campo político e diplomático! Não apenas uma declaração de guerra depende do congresso como também não existe motivo para tal
Padilha amigo é possivel vir esciltas usadas dos EUA para o Brasil?
Esciltas eu não sei.
Se o nosso problema é a falta de recursos monetarios arrecadados, com certeza os aviões norte americanos mais caros e operacionalmente dispendiosos não seriam uma aternativa, contudo poderiamos pensar em algum provimento para a Marinha, apesar de que os estaleiros norte americanos estão lotados de pedidos da própria U.S. Navy,, restam os sistemas e armas norte americanas, muito boas por sinal, e materiais para o exército, além dos exelentes helicópteros de combate navais e terrestres. Alguma outra coisa não mencionada que pudesse complementar o poder de disuazão das nossas forças armadas seria bem vinda.
Eu vejo MBT Abram M1A…, quem sabe F-35 B ,P-8 Poseidon, AH 1 W ou Z Viper,Chinook, Black e Sea Hawck’s. Tudo isso e muito mais pode vir a ser negociado, creio eu que dias bem melhores virão pras forças armadas.
Eu vejo. Compra de 18 F35A para Brasília. E compra de pelo menos 36 AH1W usados para o EB.
Meu amigo,
Para Brasília, me desculpe, mas você mencionou errado o código da compra das 18 aeronaves. No lugar do F35A será correto VU35A kkkkkkkk!
Fazem ala aérea com o VU55C, entre outros.
Os estaleiros americanos nunca foram de participar ativamente de concorrências internacionais, encomenda nunca foi problema para os mesmos, pelo contrário, eles tem até uma certa dificuldade de cumprir a demanda da US Navy. Quanto a FAB, o Gripen já foi escolhido e o contrato assinado, não vejo como possível a escolha de um segundo caça de origem americana para a FAB nem que o futuro presidente quisesse, não tem e nem vai ter orçamento para isso por muito tempo