Com a equipe Bell/Boeing que produziu o MV- 22 de olho na sua próxima possível venda para a Marinha dos EUA, (a substituição C-2), a equipe industrial do MV-22 está tentando vender a ideia de que o tiltrotor é multifuncional.
A equipe está confiante de que o tiltrotor pode reabastecer em vôo com segurança caças F/A-18E/F, depois de realizar o primeiro teste de aproximação entre os dois na semana passada.
Um Super Hornet da Marinha voou a 30 pés do drogue de reabastecimento do MV-22 em uma posição de deslocamento lateral durante uma rota pré-determinada no dia 29 de agosto, diz Chad Sparks, gerente de derivados avançados da Bell/Boeing. Esta foi a quarta de uma série de testes pagos pela Bell/Boeing com a equipe examinando missões alternativas para o V-22 .
O Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA é o principal cliente da aeronave com 360 encomendas, com a Força Aérea dos EUA também comprando 50 aeronaves para substituir os MH- 53 aposentados. A equipe optou por patrocinar os estudos na esperança de capturar o interesse de um dos seus clientes existentes e também para aguçar o apetite da Marinha no momento em que ela olha para alternativas para substituir o envelhecido C-2 Greyhound (COD ), com 48 ou mais aeronaves. A equipe está claramente tentando enviar a mensagem de que o Osprey será uma opção com capacidade multi- missão.
Se isso vai influenciar o formato da competição, ainda está para ser provado. Mas o custo do Osprey não caiu abaixo dos US$ 60 milhões de dólares como esperado por sua equipe e pelos clientes. O preço atual é de US$ 70 milhões de acordo com a última compra plurianual de Ospreys, em parte devido à taxa de produção reduzida negociada pelo Pentágono. O Osprey tem várias perspectivas de encomendas internacionais, mas cada uma é para apenas poucas aeronaves. Com isso, a maior encomenda em potencial restante ainda é capturar o interesse da Marinha dos EUA .
A equipe espera que a Marinha dos EUA ou Marine Corps forneçam financiamento para testes adicionais incluindo o contato entre o reabastecedor e o receptor e, eventualmente, a passagem de combustível entre os dois, diz Ken Karika, gerente de desenvolvimento de negócios para a equipe de Bell/Boeing.
A equipe industrial tem olhado para a idéia de usar o V-22 como aeronave de reabastecimento aéreo durante anos, mas a ideia ganhou força e financiamento de parceiros corporativos no início do ano, diz Sparks.
Antes do vôo da semana passada, a empresa validou a capacidade de estender e retrair a mangueira de reabastecimento e a cesta, um modelo da Cobham também usado no KC -130 da frota do Corpo de Fuzileiros Navais. Também antes do vôo de aproximação, a equipe coletou dados sobre o comportamento do Super Hornet voando na área de turbulência do MV-22. “Os pilotos não relataram qualquer turbulência significativa”, disse Sparks, notando as expectativas validadas com base em modelagem prévia e comentários de um piloto de um Cessna de teste usado para estudar a área de turbulência do MV-22.
Durante o teste no dia 29 de agosto, as duas aeronaves estavam viajando a 210kt . A versão de alta velocidade da mangueira/sistema de reabastecimento é projetada para ser lançada a 185 kt e funcionar até 250 kt disse Sparks.
Para esse teste, o V-22 estava funcionando em modo avião. Sparks diz que a empresa priorizou o teste para o Super Hornet especificamente para responder às preocupações de que o Pentágono poderia precisar de mais reabastecedores para receptores de alta velocidade. O Osprey poderiam ser utilizados assim como o KC- 130, como um reabastecedor para aeronaves de asa rotativa também.
Um teste preliminar está marcado para a próxima semana, diz Sparks. Funcionários vão estender e retrair a mangueira e realizar testes de proximidade a baixa velocidade, sem contato entre o reabastecedor e o receptor.
Reabastecer aeronaves de asa rotativa vai exigir um drogue separado usado especificamente para helicópteros e Sparks diz que a meta é operar em torno de 105kt, com a aeronave no modo de funcionamento helicóptero e sua nacele parcialmente convertida .
O sistema de reabastecimento faz uso de tanques de bordo, o sistema de mangueiras, diz Sparks. O tubo é estendido a 90 pés, cerca de 80 pés da extremidade da rampa do MV -22. O operador abre a rampa traseira para estender a mangueira de reabastecimento, uma vez que a mangueira é estendida ,a rampa então é levantada deixando a porta superior da rampa aberta, diz Sparks.
Dependendo do perfil da missão, o sistema pode descarregar até 12.000 libras de combustível, disse Karika.
O design do protótipo usado para teste na semana passada, incluiu uma estação para o operador de reabastecimento perto da rampa , mas Karika diz que ela pode ser colocada onde o cliente achar melhor.
A ideia de utilizar o Osprey como aeronave de reabastecimento aéreo cresceu a partir do trabalho técnico feito pelos Marines que utilizam o Osprey como reabastecedor terrestre para helicópteros e veículos. Esse conceito foi colocado em campo em 2007 para apoiar as operações no Iraque.
FONTE: AviationWeek
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval