O Ministério da Defesa enviou ontem (26) para Moscou (Rússia) uma comitiva com nove oficiais da Marinha, do Exército e da Força Aérea para fazer avaliações complementares do sistema de artilharia antiaérea de média altura Pantsir-S1.
Segundo o ministério, eles vão participar de um exercício de campo das Forças Armadas russas e verificar os requisitos considerados essenciais para a sequência do processo de aquisição do equipamento, que começou em fevereiro de 2013 e inclui a transferência irrestrita de tecnologia. Os militares irão à cidade de Tula, a 200 quilômetros de Moscou, para ver o sistema Pantsir-S1 em ação em um campo de provas.
O chefe da Chefia de Logística do Ministério da Defesa, brigadeiro Gérson Machado, vai comandar a comitiva. “Temos de fazer a verificação de requisitos operacionais em um campo de provas, onde todos os procedimentos são controlados e podem ser analisados com precisão. Teremos acesso aos dados e à telemetria”, explicou o brigadeiro.
O grupo ficará nove dias na Rússia e neste período vai colher informações para a elaboração do relatório que servirá de base para que o processo de aquisição de três sistemas Pantsir-S1 entre na fase contratual. Na avaliação do brigadeiro, o cuidado com as observações se deve ao fato de que o acordo prevê a transferência irrestrita de tecnologia. “São muitas as variáveis a serem levadas em conta. Não se consegue analisar tudo em apenas um único teste”, disse Machado.
De acordo com o ministério, a aquisição dos sistemas Pantsir-S1 tem o objetivo de atender a demanda das Forças Armadas para ter um sistema de defesa antiaérea de média altura, que servirá para abater alvos que transitam a partir de 10 mil metros. Quando entrarem em funcionamento, os sistemas devem proteger estruturas estratégicas militares e civis, entre elas usinas hidrelétricas e instalações nucleares. O emprego das baterias antiaéreas será de responsabilidade do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra).
Os entendimentos entre os dois países na área de Defesa começaram em 2008, com a assinatura do Acordo de Cooperação Técnico-Militar. Em dezembro de 2012, a relação entre os dois países passou a ser regida pelo Plano de Ação da Parceira Estratégica, que prevê cooperação a longo prazo de interesse mútuo, nas parceiras industriais e na transferência de tecnologia.
Esse míssil de pequeno porte está esticado ao máximo no seu alcance, menor que as especificações originais de Exército e ainda está pouco para o alcance Standart de vários mísseis anti radiação, já que não cabe em avião nenhum que temos ou teremos por que não pediram um sistem de SAM de defesa de área de fato não um de ponto? E ainda por que não escolheram a versão de lançamento vertical com tempo de reação bem mais rápido e de conceito modernismo que pode ser aproveitado tb na area Naval?
A arma que você citou, ou seja, com capacidade para defesa de área, lançamento vertical e versão naval operacional existe e está disponível para nós, trata-se do BUK M3, que foi adaptado em tubos inclináveis na posição vertical e aumentado para 6 mísseis por unidade lançadora montados sobre lagartas e que operam interligadas em rede com várias unidades lançadoras que podem ser distribuídas distantes umas das outras ao limite de alcance do radar.
As unidades de tiro são controladas por um centro de comando e controle criando uma rede de defesa anti aérea estratégica com centenas de quiilômetros quadrados de cobertura.
Por suas dimensões caberia no KC-390 porém não poderia ser transportado completo devido o peso do sistema (32.400 kg), mesmo assim é um sistema mais capaz que o Pantsir e que poderia ter sido adquirido pelas Forças Armadas.
Os caras não só cobram pela balança comercial como forçam a venda daquele determinado equipamento! Acredito que não vai dar para trocar, me lembra uma certa época na qual diziam, esse e o nível de equipamento autorizado para seu teatro de operações, e assim se foram décadas “comendo carne de segunda”.
Acredito que o Pantsir foi escolha das FFAA mesmo Marco, e afinal de contas também é um excelente sistema, só que não é o melhor disponível, o melhor seria o BUK M3. Digo que foi escolha dos militares brasileiros porque o BUK M2 assim como o S-300 V e o PECHORA 2M todos foram vendidos a Venezuela sem restrições…
Esse conceito de sistema aa eu considero o melhor pra guerra moderna. A mobilidade dele seria perfeita se nois tivessemos algum c17 para transportalo e em poucas horas estaria apto a combater em qualquer ponto do pais. Considero misseis aa prioridade num sistema de defesa e deveriamos fabricar algum nem que seja em parceria.
jurandir,
Não é bem assim…
Vale lembrar que não é toda a localidade que pode receber um monstro como o C-17.
O Pantsir, sem sombra de duvidas, é um sistema eficaz. É ideal, por exemplo, para acompanhar forças mecanizadas ( melhor ainda se fosse adquirida a variante sobre chassi de carro de combate ), mas seu tamanho/massa reduz as possibilidades de emprego em regiões mais isoladas….
O único similar que conheço que representaria uma mobilidade maior ( por, teoricamente, poder ser transportado também nos futuros KC-390 ), seria o BAMSE, da Suécia.
De fato, acredito que ambos os sistemas, BAMSE e Pantsir, se complementam, sendo passíveis de serem adquiridos…
Quanto a produzir no Brasil, o País já possui em seu meio industrial capacidades instaladas que teoricamente poderiam resultar em um SAM. Já se produz localmente mísseis e radares. O grande trabalho, no meu entender, seria a integração do que já existe disponível, através da concepção do hardware e software necessário.
Quanto ao PARANA, o idela seria utilizarmos o máximo de itens nacionais, como os veículos AVIBRAS, Radares SABER, Misseis MAA1-B e A-Darter, Sistemas de comando e controle da Agrale Marruá dentre outros.
Já foi quase todo mundo avaliar esse sistema falta agora os comandantes das três forças irem também e quem sabe o ministro da defesa mais o vice presidente. Esse sistema está mais do que avaliado, mastigado , testado uma nojeira dessa já era para o contrato ter sido assinado.
Não obstante entendermos que a Rússia precisa do mercado brasileiro exportador de proteínas animal para atender as necessidades do seu povo, me parece razoável entender que esta transação, em si, está mais ligada a outra necessidade de mercado. Não se trata, salvo justificada apreciação em contrário, de um “simples escambo”, de troca de carnes e seus derivados por armas estratégicas e decisivas. Brasil e Rússia estão empregando a visão de Tandera.
Existem interesses político-estratégicos, não só do ponto de vista da defesa anti-aérea, mas sobretudo de absorção e manutenção de mercado. Portanto, ganha o Brasil e também a Russia com esta sinergia.
Transferência de tecnologia de sistema prontinho? Para fornecer 03 sistemas?
O Putim vai ficar satisfeito comendo carne baratinha brasileira e ainda ter um troco para “ajudar” bastante a Ucrânia de tabela né?
Esse está se tornando o grande “presente” que o Exército ganhou! Quanto vão custar os 03 sistemas mesmo?
O Exército teve que mudar as especificações originais! Meu deus quer satisfazer os Russos ok! Pergunta antes o que o Exército quer comprar deles! Tem outros sistemas russos com maior alcance e mais modernos! Olha o novo T-90 bota o Leopard no chinelo! Olha os hélis!
o ganho maior nesta transação será o desenvolvimento do sistema de defesa ante aérea PARANA mediante absolviçao de tecnologia russa e com o apoio destes.
Bem lembrado Eduardo, a absorção da tecnologia empregada no Pantsir será empregada no desenvolvimento do sistema Paraná com auxílio russo, esse sistema deverá ser baseado no sistema Pechora 2M russo.
Esta aquisição pode vir a ser a cereja que faltava no bolo. É de senso comum as deficiências que a a nossa defesa aérea ainda apresenta, portanto a negociação deste sistema e a transferência de tecnologia irrestrita para sua produção interna , somados aos conhecimentos que o Brasil vem adquirindo na área de desenvolvimento de armas inteligentes, logo mais irá nos habilitar a produzir um sistema melhor e mais atrativo sobre todos os aspectos, possibilitando recompletar a nossa defesa anti-aérea, além de lançar um novo e consistente produto no mercado com o rótulo “Made in Brasil”, sem Z.
Quanto aos requisitos, ele já cabe dentro do C-130 e KC-390?
Creio que não, infelizmente esse sistema está sendo comprada para balancear a balança comercial entre os países.
O modelo que o Brasil está adquirindo eu creio que não, mas é por conta da altura do caminhão. Se fosse o modelo baseado em tração por lagarta eu creio que seria possível, mas mesmo assim com o módulo de armas e radares separados da plataforma de transporte. Segue vídeo com demonstração de transporte via trem do Pantsir aonde também é necessário a separação da plataforma de transporte antes de instalar na composição (14:00min).
https://www.youtube.com/watch?v=vqGhww_Fd2k&index=1&list=PLcRxMIXa98X91PVHME8MYOUHt_ELXNYZd
Se exportarmos bastante carne para a Rússia nos próximos anos quem sabe não emplacamos os Mig 29K para nossa Marinha! Vamos pensar positivo!
Eles estão criando meios para tal, recentemente autorizaram mais de 30 frigoríficos que estavam embargados a voltar a exportar carne para eles.
De novo ???????????????
Já fizeram isso antes até o marido da ministra Ideli Salvatti, o subtenente músico do Exército Jeferson da Silva Figueiredo participou disso , seja lá qual for o motivo mas participou .
Ou vai ou não vai , tá virando FX-2 esse processo.
O subtenente foi como tradutor porque sabe falar russo. Na época da primeira visita, e depois do bafafa do saco vazio que foram os protestos da sua presença naquela comitiva, ele mesmo elaborou uma declaração sobre os motivos que o fizeram ir a Moscou: convocado pelo EB como tradutor.
E esta visita é diferente da anterior. Naquela se apresentaram as características do sistema ao EB, que por sua vez sugeriu algumas alterações e solicitou informações/alterações como, por exemplo, o uso da plataforma MAN ao invés do caminhão russo. Dessa vez irão para ver o sistema em operação durante exercício criado especificamente para conferir suas capacidades.
Está muito longe de se tornar um FX, mesmo porque a intenção de compra já foi declarada. E tudo isso em menos de dois anos.
Diz a reportagem: Quando entrarem em funcionamento, os sistemas devem proteger estruturas estratégicas militares e civis, entre elas usinas hidrelétricas e instalações nucleares Como SOMENTE 3, um para cada força, farão isto??