Por David Kaminski-Morrow
A Irkut Corporation realizou o voo inaugural do MC-21-310, a versão movida por motores Aviadvigatel PD-14 russos. O voo, com a aeronave número 73055, ocorreu no campo de aviação da planta de Irkutsk, em 15 de dezembro, e durou cerca de 1h25. Ele foi tripulado por dois pilotos de testes e um engenheiro. O voo envolveu verificações iniciais do motor, bem como testes de estabilidade da aeronave.
O voo confirma as afirmações do ministro da Indústria e Comércio da Rússia, Denis Manturov, de que a aeronave voaria até o final deste ano. “Hoje vemos o resultado de uma política de estado consistente no desenvolvimento de indústrias de alta tecnologia”, disse ele, acrescentando que isso “criou uma nova geração de designers e trabalhadores na linha produção”.
Manturov acrescentou que o primeiro voo do MC-21-310 é o “fruto do trabalho de milhares de pessoas” que trabalham nas instalações de fabricação de motores.
O diretor geral da empresa de tecnologia estatal Rostec, Sergei Chemezov, acrescenta que a ocasião marca a “unificação” de dois grandes programas de aviação civil russa, o MC-21 e o PD-14. O MC-21 havia voado anteriormente apenas com o motor da rival Pratt & Whitney PW1400G. Esta variante do twinjet é designada como MC-21-300. Chemezov disse que o MC-21 “fará com que a Rússia volte à primeira divisão da aviação mundial”.
O diretor administrativo da Aviadvigatel United Engine Corporation, Alexander Inozemtsev, disse que o desenvolvimento do PD-14 é um “avanço” para a fabricação de motores russos. “Pela primeira vez em muitos anos, temos um novo motor inteiramente russo”, diz ele.
O regulador federal de transporte aéreo Rosaviatsia certificou o PD-14 em 2018. O motor tem um empuxo de 30.800 lb (137 kN) e um diâmetro de 1,9 m. A Aviadvigatel afirma que o consumo de combustível do motor é entre 10 e 15% menor do que o dos motores da geração anterior, devido ao uso de tecnologia e materiais inovadores.
FONTE: FlightGlobal
O numero de nações com capacidade de dominar todo o ciclo da energia nuclear, extração de urânio, enriquecimento, fabricação e projeto de ultracentrifugadoras, bem como de reatores nucleares é maior do que o de nações capazes de projetar e fabricar turbo – reatores aeronáuticos…
Que coisa, não?
Concordo com você, basta ver que até a presente data a ditadura totalitária chinesa ainda não conseguiu fazer um turbofan aeronáutico decente.
Com tantos embargos, a fabricante terá potencial de realmente competir com a Boeing e Airbus no mercado interno, ou até internacional e ser lucrativa?
O MC-21 é um excelente projeto e, conforme matéria da revista Flight International, não fica nada a dever aos projetos ocidentais ao contrário da avioneta chinesa, o C919, que seria meramente uma equiparação ao A320Ceo e ao 737-300. Entretanto, as políticas agressivas e expansionistas de Putin custaram muito caro ao projeto, que por conta dos embargos não poderá contar com os motores PW 1000 e também com peças em material composto.
Espero que esse avião seja mais seguro que o Sukhoi superjet 100, houve muitos acidentes com esse jato causando a morte de muitas pessoas.