Por Usman Ansari
ISLAMABAD – A Marinha do Paquistão escolheu o jato Embraer Lineage 1000 para substituir sua aeronave de patrulha marítima de longo alcance P-3C Orion, confirmou um porta-voz do serviço ao Defense News.
O comandante da Marinha, almirante Zafar Mahmood Abbasi, anunciou em 6 de outubro que a Marinha substituiria sua frota de P-3C Orion por 10 jatos comerciais convertidos, o primeiro dos quais já foi encomendado. No entanto, ele não identificou o tipo.
O Ministério da Produção da Defesa, que cuida da aquisição, não retornou pedidos de comentários sobre a conversão e possíveis parceiros.
Com apenas uma aeronave encomendada até agora, o programa está em seus estágios iniciais. Quando convertido para o serviço do Paquistão, a aeronave se chamará Sea Sultan.
Não está claro se a aeronave está sendo adquirida diretamente do fabricante ou de outra parte. A Embraer não respondeu aos pedidos de comentários.
A questão de quais problemas podem surgir na conversão da aeronave foi colocada para Douglas Barrie, um analista aeroespacial do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos:
“Usar uma aeronave comercial com motor turbofan como base para uma plataforma ASW [guerra anti-submarina] não é algo inédito. Afinal, o P-8 é um derivado do Boeing 737-800″, disse ele.
Mas há desafios na conversão da aeronave, acrescentou ele, “principalmente se o transporte interno de armas for necessário, onde um compartimento de bomba precisará ser acrescenta na fuselagem”.
“É um empreendimento significativo e a gestão de riscos será importante”, disse ele, acrescentando que é provável que a Embraer seja solicitada a ajudar na conversão, “caso contrário, os desafios ficarão ainda maiores”.
Frederico Lemos, representante de defesa da Embraer que cuida de negócios na Ásia, não respondeu às perguntas do Defense News sobre se a empresa está ou estaria envolvida no processo de conversão.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: DefenceNews
Há muito tempo que a EMBRAER força a barra para que sua linha E190 seja base de uma família de aeronaves eletrônicas, mas sem sucesso, parece que agora vai para perto disso.
Achava que o lógico era uma versão do KC-390, e aumentar o leque de missões da aeronave, mas a empresa sempre preferiu a linha de transporte civil.
É uma ironia que Indianos e paquistaneses mantenham vivos (e evoluam) os projetos de aeronaves AEW baseados nas plataformas da Embraer que a FAB só não abandonou por completo graças a atual modernização das unidades SIVAM.
É incompreensível este atraso ou falta de prioridade no cenário atual de entrada do Millenium e do Gripen na FAB não seja seguida de um FORTE investimento nas aeronaves AEW.
A não inclusão do probe REVO desenvolvido para a plataforma AEW da India pela Embraer não tem NEXO sabendo-se da entrada dos KC-390 em serviço uma vez que a função AEW é primordialmente PERMANERCER voando vigilante o maior tempo possível!!!
Mesmo que seja verdadeiro o argumento de engenharia que as aeronaves da FAB não possam receber o probe como a aeronave indiana por serem de gerações diferentes (o que desconfio não seja 100% fiel), com a atual pandemia a aquisição de aeronaves Embraer mais novas (e do modelo “correto”) seria fácil e BARATA.
De modo que as atuais AEW SIVAM teriam suas plataformas substituídas com probe REVO e a eletrônica transferida num cronograma ao longo do tempo.
E aproveitando o momento atual a FAB deveria comprar um número expressivo de aeronaves adicionais capazes de receberem o probe REVO e usá-las em outras funções compatíveis (transporte, vip e etc).
Na minha opinião numa futura reestruturação operacional da FAB as aeronaves KC-390 e AEW DEVEM participar do dia-a-dia operacional dos esquadrões de linha de caça provendo REVO e acompanhamento tático no treinamento dia-a-dia ao invés dos treinamentos esporádicos atuais em operações.
O fato das aeronaves AEW estarem vinculadas as suas missões SIVAM limitam seriamente a evolução doutrinária do apoio AEW aos caças em função estritamente operacional militar.
O mesmo se dá ao REVO situado fora da estrutura de comando operacional dos caças de linha.
Em algum momento do futuro esta estrutura atual de comandos por aeronave monotipo TERÁ que ser REPENSADA por uma estrutura operacional por grupo tarefa operacional multi-função e de diferentes aeronaves…
Nossos P-3 também já estão fazendo hora, especialmente pelas estruturas das células que já estão bastante usadas.
Com o Gripen e o KC-390 atingindo os ápices das entregues no próximos anos, a FAB deve estar sem margem de para novas aquisições nesse período. Mas é bom ficar de olho no projeto, pois a partir de 2025/2026 pode abrir uma folga, com mais de metade dos KC e dos gripen com entrega já encaminhada nesse período.
Primeiro vamos deixar o Paquistão pagar para a embraer desenvolver e certificar o aviao para nova funcao !!!!
Depois a marinha do brasil adquiri algumas unidades ja com preço mais barato !!!
Acredito ser inteligente estudar uma forma de migrar a parafernalia instalada nos nossos P-3, para uma célula da Embraer e muntar um conjunto mais moderno e confiável de vigilância maritima.
É mais que óbvia a possibilidade de se converter as plataformas do E-175 ou E-190 para a função de patrulha marítima, e uma excelente alternativa, porém por aqui ninguém fala nisto.
O que se fala é que a FAB quer se livrar da responsabilidade transferindo os P-3 para a MB, que por sua vez não quer assumir tal tarefa, apesar de insistir em torrar dinheiro naqueles pterossauros da época do Vietnã A-4 armados com bombas burras e canhão 20mm.
E o tempo vai passando, os P-3 ficando obsoletos e chegando ao fim de vida, e absolutamente nada, nem discussões em andamento sobre seus substitutos.
Primeiro os nossos P-3AM são configurados e podem ser equipados com mísseis Harpoon.
Segundo como o site já noticiou a Akaer adquiriu o espólio tecnológico de um empresa (ferramental, gabaritos e dois conjuntos de asas) que a capacita a não só produzir novas asas aos P-3AM brasileiros como pela capacidade de engenharia da empresa (se a FAB e/ou Ministério da Defesa se dispuserem a financiar) pode reprojetar/atualizar as asas da aeronave.
Terceiro no que tange à transferência da frota Orugam para a MB, como ex-oficial da MB, eu penso que pela coerência militar ela deveria ser ORDENADA pelo Ministério da Defesa. Esta função só foi assumida na FAB em função da situação/legislação histórica que impedia a MB de operar aeronaves de asa fixa.
Enquanto o sonho do NAe São Paulo estava vivo a MB igualmente assumiu a função do velho TRACKER que no NAeL Minas Gerais era operado pela FAB a bordo. Aliás a aeronave não foi terminada mas a MB terminou com sua base o NAe São Paulo o que coloca este meio e seus gastos relacionados numa posição curiosa e triste. Pior que os A-4…
SE realmente a MB estiver se furtando de receber os P-3AM por mera questão de avareza orçamentária é uma VERGONHA DOUTRINÁRIA e um insulto a todos os que na Marinha do Brasil lutaram por DÉCADAS para desfazer a insana proibição de operar aeronaves de asas fixas tendo operado por quase 60 anos ininterruptamente Navio-aeródromo.
POR FIM enquanto persistir a situação atual de uma MB sem operar Navios Aeródromos é absolutamente impossível de justificar a aquisição de um novo caça para que os AF-1 possam ser substituídos sem uma plataforma de caças navais.
Receber o Orugam na MB possa ser um dos caminhos para EVITAR que a Força Aeronaval da MB volte ser uma força só de asas Rotativas. Talvez o mais fácil e óbvio para manter um fluxo pequeno mas constante de formação de pilotos Navais.
Os outros dois caminhos da asa fixa na MB são:
1) Aquisição pela MB de aeronaves de transporte logístico INDEPENDENTE da FAB para apoio dos DN, Pequenas e do Millenium (variante SAR para substituir o P-3AM no futuro?);
2) Aquisição do V-22 Osprey para operação no PHM Atlântico, mais improvável e difícil pela oposição da FAB de operar um meio que a FAB não possui ou domina;
Muito, mas muito interessante mesmo e em pensar que a tempos batemos na tecla de se ter um “P-8” nacional com base em jato da Embraer. Aguardemos o avançar deste projeto paquistanês.
Há luz no fim do túnel…
Tomará que não se apague antes de chegarmos no final do túnel
Não sendo uma locomotiva, já estamos no lucro…