Por Guilherme Wiltgen
Durante o media briefing sobre o Gripen, Mikael Franzén, chefe do Programa Gripen no Brasil, atualizou as informações para a imprensa presente.
Dentre varios pontos apresentados, foi mostrada a foto do primeiro Gripen F na linha de montagem na fábrica da Saab em Linköping, na Suécia.
Versão “F”
O Gripen F está em desenvolvimento para a Força Aérea Brasileira (FAB) e compartilha do mesmo design e recursos avançados do Gripen E, mas com um assento, displays e controles para um segundo piloto.
O Programa Gripen F acontece em conjunto entre a Saab e as empresas parceiras brasileiras Embraer, AEL Sistemas, Akaer e Atech. Atualmente, cerca de 400 engenheiros estão trabalhando no desenvolvimento do Gripen F, principalmente no GDDN (Gripen Design and Development Network), localizado na Embraer em Gavião Peixoto.
O Brasil encomendou 28 caças Gripen E (monoplace) e 8 caças Gripen F (biplace).
Em relação à transferencia da montagem final dos GRIPEN F39F entendo que existem várias dúvidas a serem esclarecidas.
Porque foram previstas 8 unidades F39F montadas no Brasil e hoje estariam as suas montagens transferidas para a Suécia?
A montagem final destas oito unidades F39F estariam sendo substituidas pela montagem de oito unidades da versão F39E, ou seja, o Brasil manteria o total de unidades a serem montadas aqui em Gavião Peixoto? E o preço? As unidades bipostas, fabricadass e montadas na Suécia, terão seu preço em moeda sueca reajustados? Se o preço é o “mesmo” porque transferir? Haveria um desconto nos preços “brasileiros”? Se há alguma dúvida tecnológica quanto a montar aqui oito unidades bipostas, a mesma dúvida pode ser aplicada às unidades versão F39E monopostas? Há alguma dúvida quanto a prazos? Ferramental? Se a SAAB recebeu, ou tem previsão de receber, encomendas de outros países, seria essa uma das possíveis explicações para transferir para a Suécia? A versão F39F possuiria alguma versão específica cujo conhecimento é restrito à matriz SAAB?
Entendo que desde a assinatura do contrato possivelmente (e muito desejávelmente) havia uma clausula estabelecendo que a primeira unidade do F39F seria um protótipo não necessariamente incluso no total a ser entregue para a FAB. Os testes de desenvolvimento específicos desta versão certamente são muito onerorosos. Estes custos estavam conrtempladoss no contrato?
Alguém perguntou ( à SAAB, à FAB ou ao Ministério da Defesa) se a SAAB vai levar em conta o DESEJO do antigo Comando da FAB de alterar o contrato original para que todos os Gripen F sejam produzidos na Suécia, se isto vai ser rediscutido com o atual governo ou simplesmente vão IGNORAR o DESEJO anterior e apenas cumprir o contrato ORIGINAL já que nada foi ASSINADO modificando os termos do contrato ???
Nada foi assinado para transferir a montagem dos F do Brasil para a Suécia? Tu tens certeza, viu o contrato?