O projeto das aeronaves KC-X2, da Força Aérea Brasileira (FAB), está sendo considerado um dos mais bem elaborados programas de compensação industrial e tecnológica para a indústria aeroespacial e de defesa brasileira. O KC-X2 contempla a aquisição de três aviões para missões de reabastecimento em voo, transporte estratégico de carga e tropa e evacuação médica.
A empresa IAI (Israel Aerospace Industries) foi escolhida para fornecer os aviões que substituirão os antigos KC-137 ou Sucatões, incorporados pela FAB em 1986 e empregados em missões operacionais e humanitárias.
O contrato ainda não foi assinado, pois aguarda recursos no orçamento. A FAB, no entanto, tem pressa em viabilizar o acordo. “Com a perda do Sucatão, a FAB ficou sem nenhum avião para realizar estas missões e tem tido que recorrer ao aluguel de aeronaves dos países vizinhos para manter-se operacional”, disse Manoel de Oliveira, presidente da Sygma.
Os aviões comprados pela FAB da IAI são do modelo Boeing 767-300 usados. Eles serão convertidos para aviões cargueiros e posteriormente transformados em aeronave de abastecimento.
A proposta para KC-X2 foi elaborada pela Sygma. Segundo Oliveira, o “offset” oferecido pela IAI beneficiará as empresas Akaer, TAP Engenharia e Manutenção, Gespi e Friuli. A IAI irá capacitar a Friuli a projetar alguns ferramentais utilizados na instalação e desinstalação de equipamentos nos aviões que serão fornecidos para a FAB. “O avião poderá ser usado em quatro configurações diferentes. Em duas horas você transforma uma versão para transporte de tropa em avião hospital ou de reabastecimento em voo”, diz o presidente da Friuli, Gianni Cucchiaro
A parceria, segundo Cucchiaro, representa investimentos da ordem de R$ 2 milhões. A Friuli vai enviar alguns de seus funcionários para serem treinados na fábrica da IAI em Israel.
A Gespi Aeronáutica, especializada em manutenção e reparo de turbinas aeronáuticas e industriais, receberá da IAI treinamento para fazer manutenção dos motores dos 12 caças A-4 da Marinha, que estão sendo modernizados pela Embraer.
Esse trabalho, segundo o presidente da Gespi, João Scarparo, é feito hoje no exterior e leva quase dois anos para retornar ao Brasil, devido à complexidade que envolve transporte e desembaraço de equipamentos aeronáuticos.
O executivo estima que essa nova atividade criará uma demanda de trabalho de seis motores por ano e uma receita entre R$ 6 milhões e R$ 7 milhões para a empresa. “No Brasil poderíamos fazer esse trabalho para a Marinha em 90 dias”, ressaltou.
Para a TAP Manutenção & Engenharia, a transferência de tecnologia será no treinamento para fazer as conversões de aviões Boeing 767-300 da configuração standard de transporte de passageiros para uma configuração multimissão (transporte de cargas, tropas, remoções aeromédicas, além de reabastecimento aéreo).
A empresa também receberá treinamento para a manutenção de sistemas de missão incorporados à aeronave que será convertida. “Além da demanda de serviços oriunda deste projeto, haverá uma qualificação de parte do nosso corpo técnico em modificações estruturais complexas de aeronaves”, afirma o diretor de desenvolvimento de negócios da TAP, Anderson Fenocchio.
FONTE: Valor Econômico, Por Virgínia Silveira
Uma vergonha ter que comprar aviões usados e pior não saber usar o dinheiro público para compra. Podem justificar que para ser usado como Tanker o usado não seria problema. Mas seria mas justo você comprar um avião novo do que um usado. Os anos que venham a ficar em missão justifica o valor pago.
Continuamos com o complexo de vira lata.
Precisamos desses B-767 REVO para operações de longo alcance, um esquadrão de AMX do Rio Grande do Sul pode fazer uma missão de ataque na divisa de Rondonia com a Bolívia e voltar sem escala, o KC-390 também oferecerá essa vantagem mas os B-767 podem fazer até missões intercontinentais.
fazer o que neee ……… qdo eles dizem nós temos que acreditar !!!!!!!!
e concordo em comprar 2 EMB – 190/195 para fazermos de carga/reabastecedor; lembrando que a IAI tem um otimo projeto de avião reabastecedor de pequeno porte !!!!!!! tudo bem que para as dimensões do nosso país precisamos de um maior e em maior numero ( 6 ) ; mais ter 2 para trinamento, pequenas missões ( CRUSEX ) e dar maior mobilidade para a FAB seria mito bom …..
A contenção era para comprar 6 aviões de 20 milhões cada por 662 milhões para patrocinar a Dilma!!!
Luiz Gabriel, são 21 milhões de DÓLARES. Isso dá 49 milhões de reais cada Legacy daquele na versão simples para uso civil, ok.
Melhora um pouco mas continua sendo muito indigesto esse preço que estamos pagando nos aviões do GEIV.
Inclusive, quem teria que pagar essa conta não seria os aeroportos e as empresas aéreas, por que a FAB ?
Se alguém souber por favor ilumine essa questão…
Alguém sabe se essa contenção de verba específica já foi resolvida?
A FAB tem dinheiro para comprar jatos executivos mais não tem dinheiro para assinar um contrato de modernização desses reabastecedores e temos que alugar de países vizinhos que contraste. Será que a EMBRAER não tinha jatos de segunda devolvidos por alguém que não pagou seria mais viável a FAB .