Por Nikolai Lotôvkin
Novos veículos aéreos não tripulados são silenciosos e levam bombas a bordo, com capacidade para afundar navios militares. O consórcio Kalashnikov apresentou ao público novos drones kamikaze de pequenas dimensões armados com bombas. Trata-se da nova modificação do projeto “KYB”, desenvolvido em 2019 como um enxame de drones. Cada veículo aéreo não tripulado (VANT) pode levar 3 quilos de explosivos e voar silenciosamente, sem ser detectado pelo inimigo.
Segundo a Kalashnikov, os drones já passaram por testes militares e a empresa já está pronta para iniciar a linha de produção.
A Kalashnikov também apresentou um lançador especial para esses drones, que poderá armazenar 15 VANTs simultaneamente. O lançador poderá, por sua vez, ser colocado em navios pequenos ou veículos blindados leves.
“Este drone é uma bomba-barragem que pode ficar horas no céu ou voar imediatamente em direção ao alvo para explodi-lo. Ele é pequeno e silencioso graças ao motor elétrico, que praticamente não faz barulho, ao contrário dos análogos estrangeiros”, diz o chefe de projetos especiais do Grupo ZALA, responsável pela criação do sistema, Nikita Khamitov. Segundo ele, os drones podem ser usados contra alvos marítimos, terrestres e aéreos.
Especialistas militares afirmam que drones suicidas facilitarão significativamente o trabalho dos militares, já que podem substituir diversos tipos de artilharia, tanques e até helicópteros de ataque.
“Há poucas armas desse tipo no mercado hoje. As empresas estrangeiras tendem a criar drones com bombas de 80 kg a bordo. Eles são mais poderosos em comparação com os nossos, mas são mais caros e barulhentos. Nosso intuito era criar uma arma pequena e furtiva”, diz Khamitov.
“O uso mais recente de drones kamikaze semelhantes foi durante a guerra de Nagorno-Karabakh, em 2020, entre a Armênia e o Azerbaijão. O Azerbaijão usou drones com bombas a bordo para eliminar os veículos blindados armênios e sistemas antimísseis e causar caos nas fileiras do inimigo”, explica o diretor de desenvolvimento da Fundação para a Promoção de Tecnologias do Século 21, Ivan Konovalov.
FONTE: Russia Beyond