Começou, nessa segunda-feira (14/03), a segunda etapa do Exercício Carranca V, na Base Aérea de Florianópolis (BAFL), chamada EXINT (Exercício de Integração).
Até o final desta semana, pilotos e tripulantes realizarão simulações de busca e salvamento (SAR) na terra e no mar. Os helicópteros, aeronaves e embarcações, utilizados nas missões, são acionados por dois centros de coordenação de salvamento ativados temporariamente na base aérea.
Para que essa operação seja possível, durante a primeira etapa da Carranca, realizada entre os dias 09 e 12 de março, foi realizado o treinamento e a formação de 73 pilotos e 127 tripulantes que atuam nas funções de observador SAR, operador de equipamentos especiais, mecânico de voo, resgateiro e operador de rádio.
É o caso do Sargento Alves, mecânico de aeronaves do Esquadrão Puma, sediado no Rio de Janeiro, que opera a aeronave H-36 Caracal. Há dez anos, o Sargento Alves trabalha na unidade e já atuou em várias operações SAR. “Esse exercício vem coroar todo o trabalho que a gente faz em sede com o H-36, é a oportunidade mais próxima do real que temos de aprimorar uma das atividade cumpridas pelo Esquadrão Puma, a busca e salvamento”, observou.
Por trás de cada decolagem para cumprir esse tipo de missão existe uma equipe preparada e capacitada para realizar as ações de coordenação. Nessa edição, um total de 24 militares que atuam nos quatro Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáutico, conhecidos como Salvaero, também passaram pela primeira etapa da operação, aprimorando conhecimentos para agora colocar em prática o que foi treinado.
O primeiro dia de operação foi marcado por uma enorme interação entre as unidades aéreas, executoras da missão, e os centro de coordenação de salvamento.
“O ambiente criado pela direção do exercício se aproxima muito de uma situação de busca real. Todos os segmentos envolvidos em uma missão estão representados no exercício, como, por exemplo, o contato com as tripulações das aeronaves, com a investigação de acidentes e o atendimento de urgência em hospitais. O momento do acionamento é inopinado, como acontece em uma situação real”, relatou o Capitão Edivaldo Cardoso dos Santos, que atua no Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), localizado em Recife (PE).
No dia a dia, essa capacidade operacional é utilizada pelo Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico Brasileiro (SISSAR), responsável por uma área de 22 milhões de quilômetros quadrados. O principal objetivo deste ano é o treinamento das equipes que atuarão durante os jogos olímpicos RIO2016, em agosto.
A Carranca é o maior exercício de busca e salvamento da América Latina e termina na próxima sexta-feira (18/03).
Fonte: Exercício Carranca V, por Glória Galembeck