11 de dezembro de 2023 (São Paulo) – A Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA) está solicitando ao Governo Federal do Brasil e à empresa estatal de petróleo Petrobras que revejam o mecanismo de preços do querosene de aviação no Brasil, que é um dos principais desafios enfrentados pela indústria da aviação no país.
O preço do querosene de aviação no Brasil é excessivamente alto e não reflete a realidade de um país produtor de petróleo. “A posição de monopólio da Petrobras e os custos administrativos adicionais cobrados resultam em preços de querosene de aviação artificialmente inflacionados. Além disso, uma pesada carga tributária sobre o querosene para voos domésticos, impacta ainda mais negativamente a competitividade do setor. Consequentemente, o querosene de aviação representa cerca de 40% dos custos totais para as empresas aéreas brasileiras, enquanto a média mundial está atualmente em torno de 30%, em um momento de preços excepcionalmente altos em todo o mundo”, disse Peter Cerda, vice-presidente regional da IATA para as Américas.
Ele acrescenta que “a aviação é um setor vital para a economia e o desenvolvimento social do Brasil. Em 2022, o setor contribuiu com US$ 27,5 bilhões para o PIB do país e gerou 1,1 milhão de empregos. Apesar disso, o Brasil tem um número muito baixo de voos per capita, com 0,4 viagens por ano, o que significa que o brasileiro médio mal faz uma viagem a cada dois anos. Em comparação, o americano médio faz 2,6 viagens por ano, e o português médio faz 4,5 viagens por ano. Com uma população de mais de 200 milhões de habitantes, existe potencial para que mais brasileiros voem, mas o alto custo do querosene de aviação torna as viagens aéreas mais caras impedindo que mais brasileiros possam voar”.
Ao adotar as melhores práticas globais, o Brasil pode impulsionar seu setor de aviação e se beneficiar do aumento da conectividade, do turismo e do comércio. A IATA está pronta para se envolver com as partes interessadas e oferecer sua experiência e apoio para participar desse esforço e ajudar mais brasileiros a ter acesso a viagens aéreas acessíveis.
Sendo sincero, não que o presidente da associação não tenha razão em seus argumentos, mas, e infelizmente sempre há um mas, aquela estória de baixar os preços das passagens por conta das bagagens despachadas, lembro que as empresas informaram ao governo e ao público em geral que as passagens seriam reduzidas. Ledo engano, o custo deles diminuiu e não houveram os repasses. Resultado não cumpriram o acordo.
Agora querem redução da carga tributária no combustível, contudo, não passarão a diferença para as passagens. É melhor ficar como está, quem já mentiu uma vez, mente de novo.
Vai sonhando que eles irão reduzir os preços, por exemplo, a atual reforma tributária é apenas um engodo para aumentar os impostos.
“A posição de monopólio da Petrobras e os custos administrativos adicionais cobrados resultam em preços de querosene de aviação artificialmente inflacionados. Além disso, uma pesada carga tributária sobre o querosene para voos domésticos, impacta ainda mais negativamente a competitividade do setor. Consequentemente, o querosene de aviação representa cerca de 40% dos custos totais para as empresas aéreas brasileiras, enquanto a média mundial está atualmente em torno de 30%, em um momento de preços excepcionalmente altos em todo o mundo”
Isso não importa. O importante é que “o pétróleo é nosso e a Petrobrás é um patrimônio do povo brasileiro!”.