Cerca de 70 alunos, sendo 66 militares da Força Aérea Brasileira (FAB), três da Marinha e um do Exército, participam até quarta-feira (20/05) do Curso Doutrinário de Guerra Eletrônica (CDGE). Realizada pelo Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE), a capacitação começou nessa segunda-feira (11/04), na Base Aérea de Natal (BANT).
Ao longo de quatro semanas, os alunos participarão de instruções teóricas sobre a evolução da guerra eletrônica, conceitos básicos de radar, medidas de ataque e proteção eletrônica, guiamento de mísseis, entre outras. Além destas, ainda estão previstas instruções práticas no laboratório de guerra eletrônica do GITE, que possui equipamentos modernos com os quais é possível modelar um ambiente complexo na área radar.
Segundo o instrutor, Major Especialista em Comunicações Wellington Guilherme da Silva, o curso ensina o conceito doutrinário da Guerra Eletrônica aos alunos, para que eles possam tirar melhor proveito dos equipamentos embarcados em suas plataformas. “Por mais avançado que seja o equipamento, ele se torna obsoleto com o tempo, mas os conceitos permanecem”, complementa.
Durante o curso, serão realizados experimentos para contextualizar os fundamentos de radar, processamento analógico e digital de sinais, rastreio de alvos e bloqueio e despistamento eletrônico de antenas com varredura eletrônica. A reprodução destas situações em laboratório facilita a compreensão de conceitos básicos para tripulações de combate, contribuindo para aumentar a probabilidade de sobrevivência de pilotos e suas plataformas nas várias missões no teatro de operações aéreas.
O Tenente Sérgio Augusto Puhle, do Esquadrão Jambock, é um dos alunos. “Acredito que poderei servir como um elo disseminador de tudo que venho aprendendo aqui. Sou piloto de F-5 e tenho vários equipamentos de guerra eletrônica a bordo. Assim poderei tirar o máximo proveito deles no meu próximo voo”, conta.
FONTE e FOTO: FAB
É muito importante determos o conceito e a capacidade de guerra eletronica moderna em pelo menos três aspectos:
O terrestre, onde por exemplo um bom interferidor no campo de batalha consegue empastelar o sinal GPS e dificultar a orientação de armas guiadas como as bombas JDAM por exemplo, que tem orientação por INS com correção por GPS, se elas perdem a capacidade de correção do GPS ficam apenas com a orientação inercial que apresar de ser imune a interferencia não é tão precisa deixando um CEP de 30 a 40 metros… ou seja, um ataque que seria certeiro e fatal com uma aeronave só já não será mais em um ambiente com interferencia.
Na arena ar-ar a EW também a mesma é muito importante pois um bom casulo de jammer consegue interferir nos sistemas de mísseis guiados por radar ativo (maioria dos mísseis de longo alcance) fazendo errar os alvos, além de prejudicar o funcionamento do radar e das comunicações do inimigo
Nas missões de ataque ar-superfície e principalmente em missões de supressão de defesas é importantíssimo que haja na frente um avião batedor tipo Growler cegando os radares e diretores de tiro dos sistemas de mísseis SAMs inimigos interferindo em seus sistemas… hoje os EUA já tem as iscas MALD do tipo “J” que além de simularem o RCS e emitirem sinais parecidos com o de aeronaves ainda fazem o papel de jammer dificultando muito para os IADS conseguirem identificar se é um alvo real ou não…
E mais importante do que tudo isso é ter em mente táticas para se livrar desses fatores que em caso de conflito com certeza virão contra nós… ter uma certa capacidade ECCM, redundância nas comunicações e no alerta antecipado, sistemas com a maior mobilidade possível e tudo que for necessário para manter a cadeia de comando e controle funcionado e sobreviver a primeira onda de ataque que com certeza varreria as instalações físicas deixando as forças e total desordem.