O Segundo Grupo de Defesa Antiaérea (2º GDAAE) participa do Exercício Operacional CSAR 2014 como força oponente. Os militares permanecem escondidos na mata e treinam como se estivessem em um conflito real.
Os militares estão no Campo de Instrução de Betione, do Exército Brasileiro, localizado no interior do Mato Grosso do Sul, onde permanecem em posições isoladas para tentar surpreender aviões e helicópteros com seus mísseis IGLA-S.
O 2º GDAAE também utiliza o radar móvel SABER M60 para localizar seus alvos.
FONTE: FAB
Esses Igla de defesa de ponto são bons, mas o que Brasil precisa e nunca teve é um sistema de defesa de área, de grande alcance, tentar surpreender aviões e helicópteros num ponto fixo no meio da mata me parece meio absurdo para um exército normal, isso é mais para guerrilheiros, creio que a doutrina desses sistemas operados no ombro não foram feitos para isso e sim dar cobertura à grupos avançados e de desembarque, até a chegada de sistemas mais parrudos, vendo esses cabras aí no meio do mato me lembra os talibãs ou membros do Hamas, isso não é para exécito de classe, o Brasil tem que comprar sistemas AA sobre rodas ou lagartas, e parar de brincar no mato.
Crispim,
Dentro de um sistema integrado de defesa, esses sistemas de ombro compõem/defendem a camada inferior do espaço aéreo. São para serem usados em conjunto com os sistemas maiores, de forma a complementa-los, embora possuam a autonomia para serem utilizados de forma independente. Enfim, são essenciais a qualquer exército moderno, pela sua mobilidade e praticidade, sendo que mesmo as forças mais modernas do mundo mantem esse tipo de armamento.
As táticas de guerrilha podem e devem ser aplicadas por qualquer exército convencional. Sempre haverão situações nas quais o embate convencional direto não é recomendado, havendo a necessidade de aplicação de métodos mais assimétricos para se contornar uma situação. Um exemplo “clássico” é a luta de guerrilha aplicada pelos vietnamitas contra os EUA.
Excelente postagem, Crispim!
Mas o treinamento no “mato” (terreno) serve para a consolidação de doutrina, apronto operacional.
São anos sem investimentos em Defesa e este atraso está aparecendo, mas felizmente ainda em tempos de “paz”.
Crispin, concordo com você quanto a necessidade de termos sistemas mais parrudos para defesa de longo alcance para negar o espaço aéreo a caças e bombardeiros que ousem invadir a grande altitude, no entanto os MANPADS continuariam sendo necessários, em um cenário onde o inimigo ja tenha conquistado uma área de desembarque e estivesse fazendo incursões mais adentro do território com helicópteros teria sua vida dificultada ao extremo se uma grande quantidade de homens portando mísseis IGLA-S estivessem em seu caminho, concorda?
Enquanto não existir uma ameaça mais concreta, os custos de aquisição e operação destes artefatos, tornam-se inexequíveis do ponto de vista financeiro, vide o custo/benefício destes equipamentos. Para que possuir, se não terão alvos?
Forte abraço ao DAN.
Terra Brasillis,
A questão é:
E se houverem alvos e na hora não se possuir o armamento…?
Forças armadas é como seguro. Ninguém gostaria de ter que usar, mas tem sempre que ter.
Não se constrói um poderio militar somente diante a ameaça iminente. Ele é construído ao longo de décadas, analisando-se povos ou países e distinguindo-se os que sejam potenciais adversários; isto é, com os quais existe uma possibilidade de se ter conflito no futuro. E é um trabalho constante, no qual se projeta e se recicla a contra-medida necessária para bloquear o/s adversário/s…
Para um país desse tamanho o ideal seria adquirir da Rússia o direito de fabricação desse sistema e produzir grandes quantidades assim como criar muitos outros Grupos de Artilharia Anti-Aérea de pronto emprego e integrá-los totalmente com os sistemas de radar do futuro SISFRON e dos CINDACTAS além de sua operação em conjunto com os radares SABER M60 em pontos estratégicos, isso daria muito mais cobertura e aumentaria o tempo das tropas se posicionarem para a defesa do espaço aéreo
A aquisição de sistemas de defesa antiaérea na Rússia visa não só a compra do Pantsir, como “duas baterias” – seja lá o que isso signifique – de Iglas, com transferência de tecnologia e respectivo direito de fabricação no Brasil. De qualquer modo, importa observar que os russos já não recebem mais os Iglas, e sim sua versão mais avançada, chamada Verba.
É ruim, hein! Não é ess o padrão dos russos. Eles sabem que, mesmo sendo BRICS, o Brasil é ocidente.
Bráulio, ao meu ver a Rússia sempre tentou se aproximar mais do Brasil no campo militar, o governo brasileiro é que se mostra relutante em aceitar abertamente essa aliança talvez para evitar retaliações comerciais americanas, dessa forma não haveria restrições em licenciar a fabricação nacional do IGLA-S, lógico caso o Brasil aceitasse pagar o valor pedido. Seria muito interessante inclusive sua instalação em algumas das Viaturas Blindadas Média de Rodas Guarani.
Treinamento de campo excelente, mas me lembro que a FAB possui simulador artilharia anti aérea 9F859 “Konus” de origem russa.
Soldado russo treinando com o mesmo simulador da foto desta matéria, só parece mais “surrado” pelo uso….
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