Futuro caça da FAB terá capacidade única no Hemisfério Sul
Quando o primeiro Gripen NG for entregue ao Brasil, em 2019, será o único modelo em todo o Hemisfério Sul a ter a capacidade de realizar o chamado “voo supercruzeiro” (supercruise). Isso significa poder manter a velocidade supersônica não apenas durante curtos combates aéreos, mas durante voos de longa duração.
Na prática, aviões de caça só voam acima da velocidade do som quando estão em combate. Com o Gripen NG será diferente. A partir da Base Aérea de Anápolis (BAAN), no interior de Goiás, as aeronaves poderão viajar para qualquer região do País a velocidades supersônicas. O alcance será de quatro mil quilômetros, podendo ainda ser reabastecido em voo (REVO).
Essa nova versão, ainda em desenvolvimento, levará 40% a mais de combustível que os Gripen atualmente em uso na Suécia. “Embora possam ser similares ao olhar, podem ser consideradas aeronaves completamente diferentes”, explica o Capitão Gustavo Pascoto, piloto da Força Aérea Brasileira (FAB) que acaba de voltar de treinamento com a Força Aérea na Suécia.
A fuselagem é semelhante, mas nem ela é igual: o Gripen NG é maior, tem uma asa aprimorada, e possui um novo design de trem de pouso para suportar duas toneladas a mais de peso máximo de decolagem e ter mais dois cabides para armamentos. O motor também é novo. O F414G é mais potente, com potência de até 22 mil libras.
Para o Capitão Gustavo, o Gripen NG representa um salto em relação as aeronaves atualmente usadas na defesa aérea. “É a conjugação de uma performance elevada, de uma característica de aceleração de capacidade de voo supersônico, de voo em altas altitudes”, afirma.
Considerado leve se comparado a outras aeronaves, o Gripen foi criado também para operar a partir de estradas ou pistas de pouso pequenas: bastam 500 metros para o pouso. Com a proposta de conseguir levar seus caças para longe das suas bases, algo que o Brasil também faz na região amazônica, o projeto sueco tentou facilitar ao máximo o trabalho de manutenção. A ideia foi reduzir o chamado turnaround, que é o tempo necessário para a aeronave ser rearmada e reabastecida para voltar ao combate.
De acordo com a Saab, é possível que em menos de 10 minutos um Gripen NG pouse, faça seu turnaround, e decole para outra missão. Uma das soluções de engenharia adotadas, por exemplo, foi bastante simples: para preparar o caça para o voo não é necessária sequer uma escada. Todos os painéis de acesso aos componentes ficam em uma altura adequada para o trabalho de uma pessoa em pé. Mesmo procedimentos mais complexos, como a troca da turbina, podem acontecer em menos de 60 minutos.
Com a dispersão das aeronaves, um esquadrão pode pousar em vários locais diferentes, mas, no céu, os pilotos estarão totalmente integrados. Desde a sua concepção inicial, o Gripen foi pensado para atuar na chamada Guerra Centrada em Redes, quando esquadrilhas inteiras voam conectadas digitalmente por datalink. Um Gripen que voa em uma posição estratégia, por exemplo, pode compartilhar os dados dos seus sensores com todas as demais aeronaves. É possível até um avião lançar um míssil com base nas informações repassadas por outro. Não foram divulgados até agora quais armamentos devem integrar o pacote de aquisição, mas é certa a operação dos mísseis ar-ar A-Darter e antirradiação MAR-1, ambos de desenvolvimento nacional. Estão acertadas as compras de radares AESA, capazes de monitorar alvos no ar, no solo e no mar ao mesmo tempo, e do IRST, um sistema de busca de alvos pelo espectro infravermelho. Parte dessas tecnologias, como o radar, ainda estão em desenvolvimento.
A Saab planeja para 2016 a apresentação do protótipo, enquanto uma aeronave de ensaio realizou até agora mais de 300 voos, inclusive para confirmar a capacidade de supercruzeiro. De acordo com o cronograma, engenheiros brasileiros já participam do desenvolvimento e vão integrar as equipes de avaliação e certificação. Em 2018 e 2019, respectivamente, a Suécia e o Brasil poderão receber seus caças.
Essa será a primeira vez em que a FAB receberá uma aeronave de defesa aérea que também será novidade em seu país de origem. Por exemplo, quando os Mirage foram recebidos, em 1973, a França já operava o modelo havia nove anos. Dessa vez, nem a Suécia tem ainda algo semelhante ao que o Brasil terá.
Só acredito vendo!
Concordo com vc Felipe este é o caminho, somente tiraria o RU da jogada.
A India e o Brasil vão juntamente com a Suecia e o Reino Unido Fabricar o SEA-GRIPEN….
Se realmente a Índia se interessar pelo Gripen NG, talvez tenhamos grandes chances da antecipação do projeto do SEA GRIPEN; pois se lembrarmos de um tempo atrás eles mostraram grande interesse no projeto.
……………sem a mínima dúvida que o Hornet é um bom caça…isso nem se discute…mas,daí ao Brasil ter transferencia de tecnologia dêle…..kkkk…..jamais…o Tio Sam atualmente é “unha de fome”…… de tecnologia desse tipo não sai naaada!!! kkk……..sorte que pintou o Gripen!….então….tudo bem….
E ainda queriam o velho super Hornet, meu Deus!!!!!
O Super Hornet era meu favorito , é muito mais avião!
Eu preferia o Rafale, mas se era para comprar escolher um avião que não existe o Super Hornet Bloco 3 quase vale por dois Gripens NG.
Popeye,
O SH, apesar da aparência, pouco tem a ver com seu antecessor… As modificações efetivamente geraram uma outra aeronave, muito mais capaz, que é contemporânea aos seus congêneres de geração 4.5…
O Super Hornet não é velho.
Não era o meu favorito, mas está basicamente em uma categoria acima do Gripen.
Acontece que a ToT a ser liberada para nós se resumiria em um CD-R com desenhos do avião… enquanto que com o NG-BR vai ser fabricado no Brasil e os tecnicos brasileiros irão deter os codigos e ter toda a liberdade para modificar o avião como for da vontade da FAB tanto agora quanto principalmente no futuro… sem contar que o SH é bem mais caro para comprar operar e manter… fazendo uma projeção somente com os 36 caças do pedido inicial em operação por 30 anos a diferença de custo entre o Gripen NG e o SH equivale ao preço de outros 36 caças Gripen NG só para você ter uma idéia da diferença…
O super hornet é o hornet NG , ele viria novinho pra gente , com tecnologia semelhante , da shot list , qualquer um que viesse não iria ser velhinho .
Vc deve saber que qualquer caça americano tem sistema de controle que , se os americanos quiserem, ele não sai nem do chão. Não podemos correr esse risco, motivo pelo qual, caças americanos pro Brasil estão fora de cogitação
Há , é mesmo ? Foi quem que te contou ? Me apresente as fontes.
Isso é uma sputinice que ele ouviu de alguém e só está se dando ao trabalho de replicar.
Pede pra ele avisar a Embraer, a FAB, a MB e o Exército Brasileiro, que todos usam aeronaves americanas e a Embraer usa motores e aviônica de origem americana.
A FAB hoje só tem uns 40 F-5 voando como avião de caça e pelo nosso amigo aí, nós estamos literalmente no chão e só voamos porque os americanos deixam.
Foi uma boa aquisição , pena que vão demorar para chegar….
Meteor e Taurus KEPD 350 para nossos Gripen 🙂
Exageram em escrever na notícia que: Dessa vez, nem a Suécia
tem ainda algo semelhante ao que
o Brasil terá. A tah viuu
Me preocupa pois era pra ontem este caça ,2019 esta longe guerras acontecem de repente até lá o Brasil vai ter que se defender com f5 valvulados ,sendo que países vizinhos possuem caças bem superiores no quesito radar e manobrabilidade enfim fazer que o jeito é esperar anos e anos.
Prezado, não adianta só ler, tem que interpretar. A Suécia realmente ainda não opera o gripens NG, já que deste ainda não há nem o protótipo. O parágrafo é bem claro, citando, ainda, o exemplo do Mirage, o qual, quando foi adquirido pelo Brasil, já estava em operação na França a nove anos.
Brazuca,
Aleluia! Aleluia! Aleluiuuiaaaa!
Sabia que um dia iria concordar com algo que dissesse. Esse dia chegou!!
Então para você, Bosco, o melhor seria adquirir algum dos caças que poderiam ser de pronta entrega, mesmo com os “contras” da negociação?
SH com o elevado valor e grandes restrições dos EUA para transferir conhecimento e tecnologia relacionados à produção no Brasil? Ou o Rafale com seu mega custo para um país com o orçamento pífio de defesa como o Brasil?
Ou você concorda com o gripen desde que o Brasil comprasse algum outro caça como “tampão”? Você sabe que infelizmente isso está fora da realidade brasileira. E a situação política na Europa mudou, impossibilitando o leasing de alguns gripens C e D para o Brasil.
Infelizmente, mesmo com os contras apontados (alcance menor e tempo sem o caça), ainda vejo como melhor opção.
Agora, dentro do “dever ser”, o certo era um país com o PIB do Brasil ter condições de operar o F35 e estar envolvido na produção do Gripen NG. Mas ai vamos ter que conversar sobre cada matéria em que o Estado brasileiro se mete, todos os erros, todos os desvios e tudo o que faz o grande Estado brasileiro ser tão medíocre.
Cada vez mais este caça se confirma como o mais adequado a nossa realidade e tem um potencial futuro muito promissor.
…………………é um caça ótimo pro Brasil um verdadeiro pé-de -boi…..virá com muitos aperfeiçoamentos da Suécia e a partir do momento em que for fabricado e USADO aqui creio que a FAB terá idéia do que acrescentar de inovações….tem uma porção de gente falando mal do que não conhece e com um pessimismo pra lá de doentio apostando na lei de Murphy…..Tô com o Gripen…..tem tudo pra ser um excelente caça pro Brasil……………….
Em tempo, estratégia essa que vemos os chineses buscando implementar no Mar da China.
Confesso que quando li o 4º parágrafo eu visualizei todas as características para um SEA GRIPEN.
O que mais gosto desse caça é capacidade de pouso e decolagem em pistas simples e estradas com apenas 500 metros… Isso é um enorme diferencial em caso de conflito pois pode-se dispersar bastante as aeronaves inclusive pode-se esconder as aeronaves em barracões ou mesmo bosques próximos de estradas e fazer saídas furtivas de lugares inesperados além de proteger a frota contra ataques a base visando destruir os aviões no solo.
Concordo. E com essa capacidade de decolagens e pousos em reduzidos espaços tambem daria para utilizar as ilhas oceânicas brasileiras (p.ex., Fernando de Noronha e Trindade) como NAes estáticos, como uma vez, já faz tempo, chegamos a discutir aqui no DAN.
Até que enfim,pois eu não vejo a hora de poder ver um caça decolando do campo de marte (PAMA -SP) .
Com certeza a melhor escolha da FAB. Se você elencar as 50 últimas contratações das forças armadas, com certeza esse foi o gol mais bonito. Tenho fé que ainda verei os 108 gripens, armados de meteor, operando no Brasil.
Essa é a nossa torcida tambem.
Não tenho empatia pelo atual governo, mas as boas decisões devem ser aplaudidas, a presidente foi muito feliz em escolher esse caça, pois os custos dele estão dentro do escaço orçamento da FAB, além do avião dispor de equipamentos de ponta, tornando a aeronave muita avançada tecnologicamente.
Espero que o brasil adote esse padrão de camuflagem mas nas cores adotadas pela FAB hoje, espero também que o governo feche o mais breve possível a compra de mais um lote de 36 unidades.
E espero que a FAB equipe as bases aéreas no estado do amazonas por motivos óbvios e a base do RN, pois acho que é por ali que passará nossas principais ameças, e quem sabe quando a economia sair desse atoleiro a criação de mais uma base na região centro oeste para cobrir a fronteira oeste, pois ali deveria cobrir as ameças vindas do Paraguai, Bolívia e Peru, sonhar não custa nada.
Abs
Nem por esta camarilha no poder e nem pela classe politica ora no congresso ou senado. A escolha nao foi a politica em principio, foi mesmo da FAB , e neste aspecto cabem aqui os mais elogiosos cumprimentos ao COPAC e tbm aa perspicacia e paciencia oriental de seu ex comandante Brig Saito……..a este todo o meu respeito q nao se deixou influenciar ou temer o confronto silencioso q esta batalha demandou em todos os anos de seu comando…….Parabens a FAB e ao Brasil .
doce ilusão, a FAB poderia escolher o caça que fosse e o governo poderia optar por outro em uma escolha política. Aos críticos deste governo (eu me incluo em alguns casos) digo que este governo respeita as decisões militares e planeja a longo prazo. e nós por pensarmos no imediatismo sofremos. Avante FAB e parabéns Dilma. se fosse o ex presidente Lula seria o o Rafale, simples assim. abçs
Na minha opinião a escolha caiu de para quedas no colo da SAAB… primeiramente o governo anterior ficaria com o Rafale, mas como não assinou a compra e entrou a Dilma o Rafale já foi considerado muito caro e a disputa pendeu totalmente para o FA-18… eis que então o Snowden abriu o bico sobre a espionagem e como forma de retaliação o governo Dilma resolveu decidir-se pela terceira opção do short-list , levamos muita sorte nesse caso, pois foi a decisão mais acertada, mas sinceramente não foi decisão estratégica coisa nenhuma, foi pirraça mesmo… mas o importante é que acertaram.
É por aí: dois governos sofríveis tomaram duas decisões estratégicas: construr um subarino nuclear e escolher o caça Gripen NG!
Tudo isto com o menor custo de aquisição e operação entre os caças ocidentais com as mesmas capacidades. Sem sombra da dúvida a melhor escolha para a FAB.
Só é preciso deixar claro em qual configuração a aeronave vai suportar o cruzeiro supersônico. Não acredito que essa aeronave possa manter tal regime de voo estando completamente carregado de combustível e armamento.
O gipen ng pode voar em supercruzeiro somente com misseis ar-ar ou sem cargas externas.
Douglas,
Salvo melhor juízo, o demonstrador de conceito já realizou supercruise com combustível interno e dois mísseis de manejo ( Iris-T ), o que prova que, na teoria, é possível…
Mas seja como for, receio que não haverão informações maiores até que a primeira aeronave de série esteja voando e seja testada…
O gripen Demo , já equipado com o novo motor , armado com 4 misseis BVR sob as asas , 2 WVR em trilhos nas pontas das asas , e 1 tanque ventral alcançou a velocidade de mach 1.2 em altitude , sem o uso de pós combustão.
Não quero criar polêmicas, mas você acha que os Gripen voarão por aqui, o tempo todo, a plena carga? Um míssil em cada ponta de asa e olhe lá…
Realmente por aqui voariam mesmo com dois mísseis WVR e dois BVR e – como se diz na minha terra – passe a mão no toco! Fica claro então que o regime de voo em supercruise somente em configuração de defesa aérea e mesmo assim com algumas restrições de carga.
Até porque em tempos de paz não há mesmo necessidade de operar totalmente carregado. Reduz o alcance de vôo e desgasta os mísseis.
Fora que o peso extra cansa a estrutura da aeronave, mas é interessante que haja treinamento com a aeronave full loaded para que os pilotos saibam lidar com esse regime do voo em caso de necessidade.
Concordo.