Para explicar por que o Gripen é um sistema de combate inteligente, primeiramente é preciso apresentar o que um caça multirole moderno precisa executar. Uma missão de combate pode ser comparada a um jogo de xadrez em grande escala, onde o caça permite que você obtenha o conhecimento da situação, a fim de passar a informação correta para que seja tomada a decisão mais adequada. A mesma regra se aplica ao tipo de missão que precisa ser executada, seja ar-ar, de reconhecimento ou ar-terra. Em todos os casos, o caça vai precisar de:
Informação,
Movimentação e
Armas.
As informações são obtidas pela utilização dos sensores e pela possibilidade de se comunicar com outras unidades, o caça está integrado em uma rede de comunicações.
O desempenho da aeronave permite que ela tenha o melhor movimento perante a situação fornecida, ou por seus próprios sensores ou por sensores instalados em outras unidades, sejam elas terrestres, marítimas ou aéreas.
A fim de ter um papel ativo, o moderno caça multirole precisa ter um design que consiga equilibrar performance, sensores, comunicação, capacidade de transporte de armas, contramedidas, furtividade e custo, além de outros critérios.
O custo sempre foi um parâmetro de projeto dos engenheiros da Saab.
O Gripen E está equipado com o que há de mais moderno nas áreas chaves, tais como:
- Radar SELEX ES-05 Raven AESA,
- Sensor Selex Skyward G IRST,
- Sistema integrado de guerra eletrônica MFS-EW
- Armamento (Com capaciadade de integração das mais modernas armas como o Meteor e IRIS-T, entre outros),
- Sobrevivência e contramedidas,
- Comunicação Segura,
- Moderna tecnologia de aviônicos,
- Fusão de dados e apresentação,
- Excelente desempenho de voo (melhorada a partir da versão anterior do Gripen) e
- O mais eficiente custo do mercado.
1. Radar AESA
O radar ES-05 Raven do Gripen E é produzido pela Selex na Escócia, e é um radar AESA no estado da arte, disponível para utilização pelos caças atuais. AESA significa Active Electronically Scanned Array (varredura eletrônica ativa) que, comparado com os radares de gerações mais antigas, ele não possui apenas uma antena, e sim um conjunto completo de pequenas antenas, que são chamados de elementos. Isto significa que o radar pode, simultânea e independentemente, rastrear diferentes alvos e também controlar alvos, independentemente do volume de pesquisa. A capacidade de controlar os elementos separadamente e a alta velocidade de re-direção, dá ao Gripen uma significativa vantagem tática.
2. IRST
O IRST Skyward G do Gripen E também é produzido pela Selex na Escócia. Ele é um sistema eletro-óptico passivo, montado na parte superior do nariz na frente do canopy (vide foto mais acima), capaz de registrar emissões de calor de outras aeronaves, como de um helicóptero, ou de objetos sobre a superfície do mar, como de uma embarcação, ou em solo, como a de um tanque. Por ser um sensor passivo, significa que não há nenhum tipo de emissão, apenas recebe as emissões provenientes de outras fontes. A vantagem tática de um sensor passivo é que ele nunca irá denunciar a sua posição, assim os opositores não terão qualquer indicação de que o Gripen E está usando seu IRST para monitorar suas atividades, permitindo-o realizar ataques silenciosos.
3. Sistema integrado de guerra eletrônica (MFS-EW)
O Gripen E tem um sistema altamente avançado de Guerra Eletrônica (EW), com cobertura de 360°, que pode funcionar como um sensor passivo ou ativo. Funcionando no modo passivo, atua como um RWR (Radar Warning Receiver), indicando se um radar o está “olhando”, ou como um MAWS (Missile Approach Warning System), indicando a aproximação de um míssil. Já no modo ativo, o sistema EW também pode “jamear” os radares inimigos, fazendo com que o caça desapareça das sua telas ou fazendo ele aparecer em outro local, diferente da sua posição real.
Atuando em conjunto com o sistema de contramedidas, chaff e flares, o sistema EW pode melhorar ainda mais a capacidade de sobrevivência da aeronave.
Caro Guilherme,
Eu tinha entendido que nosso Gripen NG teria o Jamming rebocável parecido com o do Typhoon, afinal sabemos que o Lock On Jam é mais que batido na guerra moderna, entendo que para sobreviver ao BVR contra qualquer bateria AA de terra ao aeronave de 4ª++ ou 5ª gerações o Jamming rebocável é essencial. Realmente se sobrevivermos ao BVR o F-35 e sua tão falada 5ª geração perde para qualquer um dos Euro cannards. Aí os acrobáticos SU´s 30-33-35 e 37 vão fazer a diferença.
Bem, já que é o mais barato da categoria e com melhor custo/benefício e embora não seja o tigrão do mercado mas “impõe respeito”. Então que se adquire o mínimo de caças necessários a nossa defesa, neste país continental ou seja, segundo estudos, pelo menos 300 caças. Menos que isso é brincar de fazer defesa. E nem abordei a criação de novas bases pelo território, ao invés de fecha-las como vem ocorrendo. Ah! Detalhe para que essa base em Goiás? Não que os goianos não mereçam. Mas não seria mais razoável, abrir bases nas proximidades de fronteiras nas outras 4 regiões? Tudo isso é medo dos políticos? Ora, ora, se russos, chineses ou outro país qualquer, detentor de mísseis balísticos quiserem detonar Brasília, será com mísseis e não aviões, afinal de contas são milhares de quilômetros via território adentro para lançar alguma bombinha em cima deles.
Isso ai é muito importante,deviam mesmo por bases na fronteira,no interior necessariamente deviam por mísseis de cruzeiro.
Excelente matéria, bem explicativo principalmente a parte que fala sobre os sensores ativos e passivos, tinha dúvidas quanto a isso que foram sanadas, obrigado.
Muito bom, realmente bom!
Esse é o nosso Gripen!!!!!!! Nascido e crescido na Suécia agora aperfeiçoado no Brasillllllllll! Seja bem vindo!
Na minha opinião, faltou so aqueles micro radares traseiros no estilo MIG e SU para rastreamento de alvos que se coloquem por trás das aeronaves e uma manta stelth, ai ficaria showww!
é o NO12 mas se fazer isso vai ter que ser bimotor ou colocar a peça em cima da turbina,gostaria que o gripen só fosse stealth,porque o mundo já está se atualizando para a 5° G.
Matéria nota 10. Parabéns aos editores.