A campanha realizada em Anápolis (GO), em fevereiro, marcou mais uma etapa da transferência de tecnologia, com a participação de profissionais brasileiros e suecos para analisar o desempenho da caça em alta temperatura e altitude.
Ao longo de cinco dias, o Gripen E FAB4100, utilizado pelo Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC) no Brasil, operou a partir da Base Aérea de Anápolis (BAAN), cumprindo mais uma importante etapa de testes.
Dessa vez, o objetivo era garantir que a caça pudesse realizar missões no calor de 32ºC e a 1.100 metros acima do nível do mar com cargas extras. Para isso, a aeronave foi equipada com dois tanques de combustível sob as asas, com capacidade de 1.100 litros cada, além de dois mísseis ar-ar guiados por infravermelho de curto alcance Diehl IRIS-T e dois mísseis de longo alcance MBDA Meteor.
“No total, realizamos 14 missões de 35 minutos cada, 62 pousos e oito reabastecimentos em terra com o motor ligado para ganhar eficiência. Nosso objetivo era criar um cenário em que a aeronave estivesse muito conectada, em um ambiente quente e alto, aproximando-se para o pouso com uma curva aberta e alinhando-se à pista curta pouco antes do pouso”, explicou Jonas Petzén, chefe de testes de voo da Saab.
Os primeiros voos foram feitos sem carga externa e, a partir daí, o peso da caça foi aumentando gradativamente, com a colocação de mísseis ar-ar e abastecendo gradualmente os tanques externos. “Já fizemos testes em ambientes quentes, secos e úmidos antes, em Anápolis e Belém, mas com foco em testes ambientais, ou seja, se o Gripen poderia suportar calor e umidade extremos. Agora, verificamos a qualidade do voo e a capacidade de manobra do ponto de vista do piloto”, acrescentou Petzén.
Os testes são mais uma prova prática de que o caça Gripen está preparado para operar em qualquer ambiente e clima, seja na Suécia, no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo.
“Provocamos o sistema de controle de voo do Gripen, fazendo correções bruscas na fase final antes do pouso, confirmando as respostas esperadas da aeronave e atendendo aos requisitos nesse sentido. Dessa forma, testamos o desempenho do sistema de controle de voo, do motor e do sistema de freios com grande peso de pouso nesse ambiente”, explicou André Brännström, piloto de testes da Saab.
A campanha envolveu aproximadamente 22 pessoas, sendo sete profissionais da Saab e 15 da Embraer, incluindo técnicos, engenheiros de instrumentos de voo, engenheiros de voo, pilotos de teste de voo e gerentes de campanha.
FONTE: Saab
Showww!! Assim como no programa AMX que ajudou a criar os ERJs, penso na nova linha da Embraer que estaria por vir, com a aprendizagem no programa GRIPEN.
Embora eu compartilhe de sua ideia Erikson o nosso prioritário pensamento deveria ser voltado para nossa soberania, ainda mais em um momento internacional grave. Tradicionalmente já temos sucessivos gestores do governo (legislativo e executivo) que não se preocupam com o país – pelo menos não explicitamente, um povo ainda mais desinteressado: aí chega aqui no DAN a realidade é mesma.
Não estou dizendo que seja algo dispensável ter uma indústria capacitada, até porque do ponto de vista dissuasório ter um parque industrial condizente com as necessidades do país é importante em um cenário de guerra mas sim que deveríamos nos focar mais no lado bélico do caça e nem tanto no seu potencial econômico. É que você passa a ideia de que essa evolução do Gripen (como um arsenal!) fosse banal.
Para que você tenha uma ideia do que estou querendo dizer, enquanto você pensa no Gripen do ponto de vista lucrativo eu penso esse avião como uma urgente peça de substituição dos velhos F5, em outras palavras, penso essa arma como uma solução prioritária em tornar nossa defasada aviação de caça em uma moderna frota de aviões de combate.
É mais uma questão de prioridade.
Que corra tudo bem, e que venham todos e que venham mais a FAB precisa, torcendo que o programa não pare por aqui.