Os programas de desenvolvimento do jato de transporte militar brasileiro KC-390 e dos aviões de combate supersônico Gripen NG não foram afetados pelo contingenciamento de verbas do governo para este ano. Segundo o presidente da Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate), brigadeiro do ar Paulo Roberto de Barros Chã, estão garantidos R$ 771 milhões para o KC-390 e R$ 1 bilhão para o programa dos caças F-X2 em 2015.
“O desenvolvimento do KC-390 é prioridade total. Não haverá atrasos, porque isso compromete as vendas no mercado internacional”, afirmou o brigadeiro. As restrições orçamentárias, porém, segundo ele, poderão atrasar o processo de aquisição das 28 aeronaves KC-390 encomendas pela FAB. “A Lei Orçamentária prevê R$ 400 milhões para a produção do KC-390 este ano, mas ainda não temos esses recursos confirmados”, disse.
O contrato de produção de 28 KC-390 para a FAB, avaliado em R$ 7,2 bilhões, foi assinado em maio do ano passado. A fase de desenvolvimento do avião tem custo estimado em cerca de R$ 5 bilhões e o contrato se estende até 2017. As atividades de produção seriada foram iniciadas em 2014. A FAB destinou R$ 20 milhões para o início desses trabalhos no ano passado.
O presidente da Copac informou ainda que a FAB regularizou todos os pagamentos relacionados ao desenvolvimento do KC-390 este ano. O primeiro protótipo do cargueiro realizou seu voo em fevereiro. O segundo voo, de acordo com o brigadeiro, deve acontecer entre julho e agosto.
A entrega do primeiro avião para a FAB está prevista para o fim de 2016. A Embraer prevê criar 1,1 mil empregos diretos e 5,5 mil indiretos com a produção em série do KC-390. O programa de desenvolvimento adicionou 1,5 mil postos de trabalho diretos na empresa e outros 7,5 mil indiretos.
Além da encomenda da FAB, o KC-390 conta com 32 cartas de intenção de compra da Argentina, Portugal, República Tcheca e Colômbia. Os três países se tornaram parceiros industriais do projeto, por meio de suas empresas.
Segundo a Embraer Defesa e Segurança, a aeronave irá disputar um mercado de 728 unidades para 77 países, nos próximos 20 anos. O Valor apurou que a Força Aérea do Canadá solicitou à Embraer um pedido recente de proposta de venda do KC-390.
O programa F-X2, por sua vez, inicia suas atividades este ano com a mobilização de 357 engenheiros e técnicos da indústria aeronáutica e de defesa brasileira para trabalhar no desenvolvimento dos caças Gripen NG na fábrica da Saab, na Suécia.
A maior parte deles, 240 profissionais, será enviada pela Embraer, empresa que coordenará as atividades de desenvolvimento, produção e montagem do avião no Brasil. O programa de desenvolvimento dos caças, segundo a Copac, vai receber este ano R$ 1 bilhão.
O presidente da Copac disse que, além da Embraer, mais cinco empresas brasileiras irão participar do desenvolvimento conjunto dos caças na Suécia: Inbra (43 profissionais), AEL Sistemas (8), Akaer (7), Atech (26) e Mectron (12). O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) também vai enviar 21 especialistas para a Suécia.
“Pelo acordo feito com o governo brasileiro, oito aeronaves serão produzidas na Suécia e 15 no Brasil. O aprendizado virá da participação direta dos nossos engenheiros no desenvolvimento de 13 aviões”, explicou. O contrato prevê a aquisição de 36 aviões avaliados em US$ 5,4 bilhões.
O acordo de financiamento da compra dos aviões, porém, ainda está sendo avaliado pelo Ministério da Fazenda, que enviará para aprovação no Senado. A expectativa da FAB é de que o acordo seja aprovado ainda neste semestre.
A parceria da Saab com a Embraer também contempla a exploração conjunta das oportunidades de vendas globais do Gripen NG, que irá disputar um mercado potencial de três mil caças nos próximos 20 anos.
FONTE: Valor Econômico
Falar é fácil eu quero ver é ação , ou seja liberar os recursos e cumprir o cronograma
Cada fonte fala uma coisa,mais qual é a certa.
Vamos continuar acompanhando esta situação, ainda tenho minhas dúvidas quanto a realidade de andamento desde programas.
Os pessimistas estão frustrados. Avante Brasil!!!!!
Frustrado é pouco. São dois projetos que darão conta do que não foi feito nos últimos 40 anos. Só o fato do acordo com a Saab é inédito, quando se questiona se a Dassault, Grumman ou a Lockheed tiveram interesse ou foram meramente convidadas a criar parceria com a Embraer em algum momento? Por outro lado, as parcerias com Aermacchi/Alenia (Xavante, AMX etc.), com a Piper (Carioca, Corisco, Minuano etc.), MDouglas (MD11) e com a Northrop (F5) foram feitas em condições muito mais desiguais, com grau de transferência científica e tecnológica contemporâneas mínimo ou nenhum.
Não é uma notícia para se comemorar, até porque o contexto é ruim… No entanto podemos ficar mais aliviados de saber que eles não vão nos fazer passar essa vergonha de atrasar mais ainda o Gripen e o KC-390…
E disse que não disse que disse o que disse, enfim, falam e dez falam seus discursos sobre quais programas realmente não serão afetados pelo contingenciamento, afinal, quando sairá a nota oficial sobre a alocação dos recursos?
…………..bem, pelo andar da carruagem os aviões saíram do sufôco porém não existem essas certezas pro Prosub,Pronae e os outros Pro restantes….tem que tirar a cambada comissionada e reduzir os ministérios pra se ter mais “tutú” em caixa…… tenho fé…sem essa de lei de Murphy…