A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, na terça-feira (14), por meio do Esquadrão Pantera (5º/8º GAV), uma missão de salvamento em alto mar a aproximadamente 200 km da costa de Rio Grande (RS).
Comandante de uma embarcação pesqueira, um marinheiro de 60 anos teve complicações cardíacas. O Alerta SAR (Search and Rescue), da Ala 4, em Santa Maria (RS), foi acionado para prestar apoio para o seu resgate. A tripulação do helicóptero – composta por dois pilotos, um mecânico, um operador de equipamentos e dois homens de resgate – chegou à embarcação por volta das três horas da tarde para extração da vítima.
A Tenente Aviadora Maria Luisa Michelon Silveira fez o procedimento de içamento em convés, realizando, assim, sua primeira missão real. Ela enfatizou o quanto o momento foi importante. “Para nós do esquadrão, que vivenciamos situações de emergência em qualquer escala, foi indescritível a sensação de decolar para participar de um resgate real. Pessoal e profissionalmente, sinto-me realizada após o cumprimento dessa missão”, disse.
“Ao mesmo tempo, tivemos a oportunidade de colocar em prática tudo que aprendemos e treinamos no método Kapoff (guincho de içamento por meio de uma plataforma aérea) no começo deste ano, atestando a eficácia da capacitação que o esquadrão nos provê, nos trazendo tranquilidade para realizar a missão”, ressaltou a aviadora.
Busca e Salvamento
Devido ao estado debilitado de saúde do marinheiro, foi necessária a utilização de maca para sua subida em segurança a bordo do H-60L Black Hawk. Após o resgate, a vítima foi atendida por um médico da Marinha do Brasil e, posteriormente, encaminhada ao SAMU de Rio Grande (RS).
“O mar estava revolto, e a operação era extremamente complexa. A embarcação era muito pequena e o espaço para o Homem SAR aterrar era restrito. Tivemos que pedir para os marinheiros cortarem um cabo no convés para facilitar o acesso. Dessa forma, conseguimos, com a ajuda da maca, fazer um correto e seguro procedimento”, relatou o Tenente Marcos Menoro Maki, resgateiro que teve o primeiro contato com a vítima.
“Embora a situação seja inesperada e haja dificuldade para realizar os procedimentos, nós nos emocionamos muito ao ver nosso trabalho sendo realizado e o esquadrão cumprindo bem a sua missão”, disse o Sargento Jeferson Sagrillo Marchi, operador de equipamentos da aeronave.
Muito obrigado, Guilherme e Juarez!
Vamos continuar no aguardo desta solução.
Abraços,
????
Parabéns à FAB pelo cumprimento com êxito da missão salvando assim mais uma vida.
A pergunta é – porque o 5º DN não está equipado com helicópteros adequados para estas missões (inclusive noturnas)? Penso que seria atribuição primária da MB este tipo de missão pois um trajeto de 400km (ida e volta) transforma-se num de 1.000km (ida e volta) pois os helicópteros da FAB ficam baseados a 300km do litoral. Sem contar o tempo envolvido, reabastecimento, riscos de trajeto…!?
Gelson,
Em breve a MB vai ter mais um Esquadrão de Helicópteros no Sul, para esse tipo de missão.
Abs,
Gelson, o Esquilo mono poderia cumprir a missão, pois seu alcance fica em torno de 550Km aproximadamente, dependendo do peso de decolagem, a questão é que a MB não tinha nenhum em condições operacionais naquele momento.Ainda bem que o Black Hawk é o “bixo”, saindo de “Maria” e indo cumprir a missão.
Isto é o que diferem um vetor verdadeiramente militar de um faz de conta.