O governo autorizou a Força Aérea Brasileira (FAB) a fazer uma parceria público-privada (PPP) para a manutenção de sua frota de aeronaves.
A expectativa da FAB, segundo o brigadeiro do ar Antônio Carlos Alves Coutinho, do Estado Maior da Aeronáutica, é que o edital de licitação seja publicado até meados deste ano e o primeiro contrato seja celebrado em 2017.
“O primeiro passo já foi dado com a publicação recente da declaração de investimento prioritário pelo governo, que só é emitida após assinatura de uma resolução interministerial, envolvendo a Casa Civil, Ministério da Fazenda e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão”, explicou Coutinho, durante apresentação do painel “Projetos Estratégicos da FAB”, no seminário França-Brasil das Indústrias de Defesa.
O seminário reuniu ontem 41 empresas francesas do setor de defesa na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) interessadas em estabelecer novas parcerias industriais e tecnológicas com as empresas brasileiras deste segmento. O evento foi organizado pela Direção Geral para o Armamento do Ministério da Defesa francês e pelo Ministério da Defesa brasileiro, com o apoio do Grupo das Indústrias Francesas Aeronáuticas e Espaciais (Gifas).
Empresas como a Embraer, Airbus Group e Helibras foram citadas pelo brigadeiro Coutinho como potenciais interessadas em participar do processo de licitação da FAB para a PPP da logística, como está sendo chamado o projeto.
Desde 2013 a Embraer já faz a manutenção de 92 aeronaves Super Tucano da FAB. O contrato, avaliado em R$ 252 milhões, inclui suporte técnico, fornecimento de peças, reparo e revisão de componentes e suporte aos conjuntos de trem de pouso e hélice. O valor inclui a provisão de R$ 29 milhões para a cobertura de serviços extraordinários.
A Embraer é responsável ainda pelo suporte logístico e serviços da frota de 24 aeronaves da família ERJ-145 da FAB, utilizados em missões de transporte, reconhecimento e vigilância aérea na região da Amazônia.
O mecanismo de parceria público-privada na área de manutenção, segundo o brigadeiro, vai permitir que a FAB reduza seus investimentos na formação de recursos humanos, além de desonerar a folha de pagamento e o sistema previdenciário do governo.
“A FAB investe hoje mais de R$ 750 milhões por ano em manutenção da frota. Além de diminuir o custo administrativo, abriremos oportunidades de negócios para as empresas brasileiras”, afirmou.
O compromisso firmado pela FAB com o governo neste caso, de acordo com o brigadeiro, é que num prazo de 20 anos 70% do efetivo da Aeronáutica seja composto de oficiais temporários. Atualmente a FAB possui um contingente de 70 mil militares, sendo 70% de carreira e 30% temporário. “Só na logística temos cerca de 14 mil pessoas”, disse.
A FAB, segundo Coutinho, tinha cinco parques de manutenção e logística instalados em Belém, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Lagoa Santa (MG). Destes, apenas o parque do Galeão (RJ) e o de São Paulo continuam funcionando. “Com a PPP estes parques deixarão de existir.”
FONTE: Valor Econômico
Eles querem reduzir custo e não acabar com a mecânica da FAB, em caso serão nossos poucos mecânicos que farão os reparos
Esta tudo errado! A FAB tem que ser independente na manutenção das aeronaves, o que ocorre e que ha anos o governo vem cortando investimentos em recursos humanos na FAB e contratando empresas privadas para fazer o trabalho do militares, Ja ja vao fechar o ITA, a Escola de especialistas da Aeronautica entre outras, Estao destruindo a FAB, o maior patrimonial da FAB e a sua Tropa! Da formação da FAB que saíram as pessoas que hoje trabalham na manutenção ate mesmo da aviação civl, não existe outras escolas com o mínimo de gabarito para formar profissionais nessa área, Matar os parques vai matar as escolas de formação. O interesse de desviar os recursos para empresas privadas ao inves de formar e cobrar dos militares resultados e um erro fatal .O campo de marte e alvo de especulação imobiliária, ja venderam todas as maquinas e equipamentos, la dentro so trabalha empresa privada , e a decadência programada .
Em 82 foram os especialistas militares argentinos que adaptaram 4 Exocets em dois chassis de Unimog e junto com um container com uma central de testes do míssil mais um radar de terra conseguiram a façanha de atingir o destroyer Glanmorgan que todas as noites bombardeava impunemente as forças argentinas em Poto Argentino.
Outros especialistas com a saída da Aerospatiale comissionaram os 5 Exocets nos 4 Super Entendart disponíveis (1 ficou de reserva de peças) algo que os Ingleses não contavam!
O capitão Pablo Carballo chegou de ataque com seu A-4 com 6 impactos um deles deixou um buraco do tamanho de um capacete, muito cansado deixou para fotografar a aeronave no dia seguinte, ao chegar na manhã seguinte a aeronave estava reparada! Os mecânicos tinham trabalhado a noite inteira! O A-4 estava disponível para outra surtida!
Eu sou fã das parcerias publico privadas!
Isso vai trazer uma economicidade e praticidade para a FAB incrivel
Isto na pratica já vem sendo feito com a manutenção dos F 5M, com o 14 sendo unidade piloto desta nova doutrina, aonde o esquadrão faz os checks de pista, Alfa, Beta,Charlie com os demais checks e IRAN sendo feitas pela TAP Seman POA.
A tendência é de que apenas o check de pista fique restrito ao esquadrão.
Grande abraço
Um dos braços do nosso soft power é apoio técnico acho que essa medidas podem reduzir o orçamento mais acaba com nosso soft power
Acho meio estranho em assuntos militares a chamada terceirização, especialmente no que tange a formação e manutenção dos meios de emprego, eu não confiaria em caso de conflito, numa empresa que presta serviço aqui no Brasil e Deus sabe aonde, e para quem, e se estiver prestando serviço para meu inimigo, também, afinal as empresas de capital privado, hoje em dia são quase sempre globais, e aí como fica, nem tudo é custos, não se pode permitir que economistas sejam os gestores das Forças Armadas, isto é estratégico, mesmo em tempo de recursos escassos. E afinal um bom técnico demora anos para formar nas Forças Armadas, ou em qualquer outro lugar do mundo, é preciso valorizar nossos profissionais da área de manutenção e não pensar só em custos.
Isso é modernização! Reduz custos pra caramba!
Pois e agora o que era manutenção virou “obra”, grandes contratos, não vamos ver mais uma equipe de manutenção da FAB recuperar, como foi feito no fim dos anos 80, um 707 de um pouso de barriga e ainda ganhar reconhecimento da própria Boeing pelo serviço bem feito, naquela época talvez, esses mesmos dedicados militares, caso houvesse um sinistro como o do nosso Hércules na Antárctica, eles teriam ido lá e no mesmo verão, após pegar as peças de num velho Hércules encostado do Galeão, e embarcarem para a base chilena, quem sabe trocado aquele motor, trem de pouso e ponta de asa. Agora sem esse recurso como ficamos? Vai Bidar recovery Antártico de Hércules?