O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e o Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ), subordinados ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e ao Comando-Geral de Apoio (COMGAP), respectivamente, realizaram, em agosto, em Gavião Peixoto (SP), a entrega do Criptocomputador CM4-B à empresa sueca Saab, fabricante da aeronave F-39 Gripen.
O dispositivo é um equipamento de alto nível tecnológico e estratégico para a defesa do Brasil e faz parte da Fase 2 do Projeto Identification Friend or Foe (IFF) Modo 4 Nacional (IFFM4BR) e marca o início da integração entre Força Aérea Brasileira (FAB) e a empresa Kryptus EED, 100% nacional, que colaborou no desenvolvimento do aparato. “A entrega do Criptocomputador é um importante marco para o projeto e representa mais um passo do Brasil na direção de obter soberania nacional nas tecnologias de sistemas de comunicação militar seguras IFF”, pontuou o Diretor do IAE, Brigadeiro do Ar Frederico Casarino.
A criação do Criptocomputador (CM4-B) representa, internacionalmente, que a FAB atingiu o nível tecnológico para a integração e os testes em solo do Sistema IFF Modo 4 Nacional. Nesse contexto, o Chefe do CCA-SJ, Coronel Aviador Josemir Ribeiro Lima, destacou a importância do IAE no projeto. “A participação do Instituto foi uma grande oportunidade e a equipe se sente honrada em participar de algo dessa magnitude e de tamanha relevância, para contribuir para a defesa nacional”, finalizou o Oficial-Superior.
Além da entrega do equipamento, o Diretor do IAE, o Chefe do CCA-SJ e suas equipes técnicas ainda visitaram o laboratório Gripen Design and Development Network (GDDN), onde será realizado o início da integração do Criptocomputador. Até março de 2024, está prevista a entrega de mais dois Criptocomputadores qualificados para ensaios em voo.
Como o Criptocomputador (CM4-B) será utilizado?
Será conectado aos equipamentos transponder (utilizados para receber, amplificar e retransmitir um sinal em uma frequência diferente) e interrogadores localizados em aeronaves, embarcações, plataformas terrestres e radares, possibilitando ao interrogador transmitir desafios criptografados a um possível alvo, desde que o seu transponder também esteja equipado com um CM4-B, ou seja, precisa conter a mesma chave criptográfica que o Criptocomputador que o interrogador possui. Deste modo, o transponder responderá corretamente aos desafios e o alvo será classificado como amigo.
Entenda o Projeto IFF (Identification Friend or Foe) Modo 4 Nacional
O IFFM4BR visa a classificação remota eletrônica segura de plataformas militares (aeronaves, embarcações e veículos) no âmbito do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA). Sua utilização aspira à consciência situacional (mapa tático), identificando essas plataformas no combate e provendo o suporte necessário às regras de engajamento, o que permite o emprego seguro de mísseis, além do alcance visual (BVR), evitando dessa forma, o fratricídio e a violação do sistema por adversários.
A principal vantagem do Sistema IFF é a sua capacidade de interoperabilidade.
O Criptocomputador CM4-B pode ser usado em diferentes plataformas marítimas, terrestres e aéreas, por meio de sua integração com transponders e interrogadores de cada plataforma, permitindo a classificação em combate, rápida e segura, entre os vetores. Também se integra a esse sistema uma suíte de aplicativos responsável por gerar, proteger e distribuir chaves criptográficas a todos os Criptocomputadores. O desenvolvimento desses aplicativos é essencial para a segurança do sistema e está sob a responsabilidade do CCA-SJ.
Astolfo Roberval,
Qdo digito vem como gripe….
A Fab poderia fazer um pod de guerra eletrônica sem muito modificar a aeronave, como ocorre em alguns países europeus e p atacar complexos de radares inimigos vai da criatividade e necessidade pois é a Fab responsável por tais ações militares, né….
Na atualidade existem alguns países q querem aderir ao Grupo Brics, já ouviu falar, pois bem o Brasil poderia oferecer o “gripe” na essência E/F ou outras variamtes com motores, equipamentos e pecas modificadas de acordo com gosto ou necessidade de cada pais, nao custa nada oferecer, caso aceitarem bom, otimo p nos, venderemos e por ai vai…
Namaste
Abraco
Boa a matéria.
Desenvolvendo o equipamento, no decorrer do tempo, eles aperfeiçoam p melhor.
Poderiam fazer um gripe exclusivo p guerra eletrônica também….
Na gestão dos antigos governadores do estado de São Paulo, tanto do Alckimin e João Doria, as rodovias do estado de São Paulo, são consideradas “um tapete”, na linguagem dos motoristas, e por isso, penso q a Fab poderia fazer treinamentos e testes de aeronaves, principalmente o gripe aterrizando e decollando das rodovias paulistas, iria dar um excelente marketing e oportunidade p muito fotógrafos profissionais, amadores e autônomos registrarem os fatos.
Há propósito, o Brasil tentou vender o gripe p os países exteriores inclusive aos q querem entrar no Grupo Brics, caso não, são chances desperdicadas, a aeronave com equipamentos nacionalizados ou de outros fabricantes poderiam chamar a atenção de muitos possíveis compradores…
Abraco
Amigo, “gripe” é uma doença, “Gripen” é o nome da aeronave.
Não faz sentido um Gripen específico para guerra eletrônica uma vez que a suíte eletrônica dos Gripen E/F já é muito avançada, e ademais a FAB não traria demanda suficiente para ter uma variante específica desse tipo.
Sobre BRICS, países como China e Rússia jamais irão comprar o Gripen. A África do Sul já opera Gripen C/D e poderia talvez ser um comprador de Gripen E/F no futuro, e a Índia pode ser um potencial operador mas há forte concorrência do F-16 e de outros vetores.