A Força Aérea Brasileira (FAB) concluiu, nesta sexta-feira (14/06), a participação no Exercício Internacional Green Flag West, que teve início em 31 de maio, na Base Aérea de Nellis, em Nevada, nos Estados Unidos.
Foram voadas mais de 300 horas, com envolvimento dos Esquadrões do 3º Grupo de Aviação – Escorpião (1º/3º GAV), Grifo (2º/3º GAV) e Flecha (3º/3º GAV), que operam aeronaves A-29 Super Tucano. Além deles, também participaram do treinamento o Esquadrão Joker (2º/5º GAV).
O Green Flag West ocorreu na sede do 549th Combat Training Squadron, unidade responsável pela organização do evento, que envolveu aproximadamente 7 mil militares das forças norte-americanas.
Nesse Exercício, houve uma dinâmica rotina de treinamentos envolvendo operações ar-solo em um cenário tático, simulando conflitos regulares e irregulares em ambiente de deserto. Além dos Esquadrões Aéreos, também participou do treinamento o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS), conhecido como PARA-SAR, que executa missões de Guiamento Aéreo Avançado (GAA). O treinamento foi dedicado ao apoio às tropas distribuídas no terreno, simulando um combate regular entre Forças Armadas, envolvendo carros de combate, artilharias antiaéreas e tropas em confronto direto.
Desafios
Um cenário de treinamento para combate irregular, contra ameaças não-governamentais, também foi utilizado para adestramento dos pilotos, sendo realizado sobre ambiente urbano, em apoio às tropas de operações especiais. O ambiente de treinamento se diferencia do já conhecido pelos brasileiros, sendo majoritariamente composto por áreas de deserto e montanhas, o que eleva a dificuldade e os desafios do exercício.
Foram dias de ganho de experiência para os militares brasileiros, com oportunidades de aprender mais sobre a Força Aérea Americana e seu modo de operar nesse tipo de cenário. Em complemento, foram ministradas aulas e palestras sobre Apoio Aéreo Aproximado.
A participação da FAB foi destacada pelo responsável pelo Exercício, o Comandante do 549th Combat Training Squadron, Tenente-Coronel Adam Skid Markel. Ele lembrou que, desde os combates nos céus da Itália durante a Segunda Guerra Mundial, os dois países não realizavam uma operação ar-solo em conjunto, citando a Green Flag West como um novo marco positivo na história.
FONTE: FAB
FOTOS: Tenente Vellasquez/ 1º/3º GAV; Tenente Iha / 3º/3º GAV; Richard VanderMeulen
Obrigado Guilherme! Grande abraço!
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Caro Guilherme, não haveria um comentário mais amplo por parte dos observadores destes exercícios, principalmente quanto ao desempenho do A-29 neste contexto? O ST teria se saído melhor do que ja era reconhecido ou houve algum fator negativo?
Outra curiosidade: qual foi o desempenho do A29 frente ao dos A-10? Logicamente ninguém aqui quer comparar o poder de foto dos respectivos canhões (se é que as versões do A29 da FAB não estavam dotadas somente com
as suas metralhadoras orgânicas) ou velocidade etc…. mas qual teria sido o diferencial e efetividade de ambas as aeronaves frente a um mesmo TO/missão específica? Sabendo que os A29 podem estar na região do alvo por um período muito superior do que os A10 e que nem todos os alvos necessitam do poder de fogo de um gatling
Rommel,
Por enquanto não, e não sei se vai ser divulgada essa informação.
Como a FAB já deu por encerrada a participação, é muito provável que não publique mais nada sobre a Green Flag.
Vamos acompanhar para ver se a USAF libera alguma informação…
Excelente!
Gostaria de saber como foi nosso desempenho. Acredito q seja reservado, mesmo q muito bom.
Outro fator interessante nesse exercício é o emprego do A-29 em um cenário complexo, como é de costume nos exercícios das FFAA americanas, que tem uma enorme capacidade de empregar uma excelente Força Oponente.