A Força Aérea Brasileira (FAB) está revisando o programa de modernização dos caças AMX, realizado pela Embraer, e estuda a possibilidade de redução do número de aeronaves a serem modernizadas. O Valor apurou que o estudo contempla a redução de 43 para 30 aeronaves, mas o número está sujeito a alterações. Procurada, a Embraer Defesa e Segurança disse que não comentaria o assunto.
“O projeto AMX está em processo de estudo, tendo em vista os novos cenários operacionais e logísticos, principalmente com a chegada da aeronave Gripen”, disse o presidente da Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate), brigadeiro do ar Paulo Roberto Chã. À medida que o Gripen for sendo incorporado aos esquadrões da FAB, a partir de 2019, segundo Chã, o AMX vai aos poucos saindo de cena. “A previsão é que a frota de AMX seja desativada até 2030”, disse.
A modernização daria uma sobrevida de mais 20 anos à frota de AMX. O projeto tem R$ 54 milhões no orçamento da FAB para este ano, embora na proposta de Lei Orçamentária estivessem previstos R$ 600 milhões. A Embraer entregou 3 AMX modernizados para a FAB. O cancelamento do programa, segundo o brigadeiro da Copac, não está em questão. “O Gripen ‘alugado’ não é uma realidade. Ainda está em processo de negociação”, afirmou.
Em situação similar ao AMX, encontra-se o programa de modernização do lote de onze caças F-5, que também está sujeito à redução. Um lote de 46 aeronaves já foi modernizado pela Embraer. Para o segundo lote, a FAB conta com uma verba orçamentária de R$ 46 milhões este ano. O programa do F-5 está atrasado cerca de um ano e meio e, segundo o Valor apurou, a FAB estuda reduzir de onze para sete o número de aeronaves modernizadas.
O presidente da Copac voltou a afirmar que o carro chefe dos projetos da FAB em 2015 é desenvolvimento do KC-390 e dos caças Gripen NG, para os quais conta com recursos da ordem de R$ 1,7 bilhão. O projeto F-X2, segundo ele, tem R$ 1 bilhão para este ano. Mas o valor poderá ser escalonado, segundo declarações recentes do ministro da Defesa, Jacques Wagner. O valor do repasse seria reduzido para R$ 200 milhões em 2015.
O brigadeiro da Copac explicou, porém, que a Lei Orçamentária de 2015 aprovou R$ 1 bilhão para o F-X2, sem corte nenhum. “Portanto, estamos autorizados a gastar esse valor em 2015. Não tenho nenhuma informação oficial de que o dinheiro será reduzido. No máximo, o que pode acontecer, é de faturarmos em dezembro uma parcela maior deste valor para pagamento na virada do ano”, disse. A redução do valor do repasse aos suecos, se acontecer de fato, segundo Chã, pode ser uma medida para garantir o equilíbrio fiscal e assegurar o cumprimento da meta de superávit primário.
O caça de ataque ar-superfície AMX, que na FAB é conhecido pela sigla A-1, é a principal ferramenta a ser utilizada pelo Brasil em caso de dissuasão de forças hostis nas fronteiras terrestres, nos limites das águas juridicionais brasileiras, além de impedir o uso do espaço aéreo nacional. Com a modernização, a FAB pretende ampliar a capacidade operacional e de sobrevivência da aeronave em ambientes hostis.
FONTE: Valor Econômico
O caça é bom, mas é muita irresponsabilidade um país tão grande depender de um caça pequeno e com tão poucas células em operação!
Reduzir o numero de aeronaves modernizadas no programa A-1M é dar um belo tapa na cara dos militares da FAB, sendo um vetor de grande importância para a força o planejado deveria ser seguido até o final.
O número de aeronaves a ser modernizado já não é grande e ainda cortar um percentual significativo é de doer, temos que lembrar que a FAB é uma das poucas forças aéreas da região que detém uma real capacidade estratégica, com o A-1 a forma de se pensar em ataque foi revolucionada em uma época em que todos migravam para vetores supersônicos.
Pegando o histórico de serviço do AMX (Ghibli) com os italianos podemos ver que o mesmo é motivo de orgulho dentro da força e que teve papel de destaque durante o conflito do Kosovo aonde foi enviado para seu batismo de fogo e também por ser mais fácil e barato de operar que os “Panavia Tornado”. A receita foi repetida durante as operações da AMI (Aeronáutica Militare Italiana) no Afeganistão e nos ataques a Síria.
Pois bem os Italianos que tem um orçamento maior que o do Brasil para a sua defesa viram a oportunidade de modernizar os seus AMX no começo da década passada e conduziram o programa até o final mesmo já contando com cortes no orçamento o programa foi dado como prioritário. Logo após o MLU Italiano os vetores foram novamente encaminhados para missões no exterior.
O que acontece no Brasil com o orçamento não é falta de dinheiro, como muito bem diz meu professor de economia o que nos falta é comprometimento com o fim que estas verbas vão tomar, infelizmente nem preciso mencionar o que acaba ocorrendo esta evidente.
Com o valor estratégico que o A-1M trará a força quando da entrega da última unidade é sem tamanho,poder agir com maior letalidade a uma maior distância e aumentando as chances de o inimigo não ter tempo de reagir é algo que muitas forças sonham mas não tem tal capacidade. O A-1M é nosso um desenvolvimento em parceria com os italianos e que deu resultado, agora cortar para economizar migalhas é burrada, é algo que não se faz.
Ai eu pergunto, o que vai ser dos vetores que não passarem pelo processo de modernização? Será que vão ter alguma serventia para a FAB fora serem canibalizados e doando suas peças para a frota operacional?
E se forrem mantidos em condições de voo vão acabar criando problemas de ordem logística para a força trazendo ai custos que não estavam previstos e o que foi “economizado” será usado.
Pensar é algo que a equipe econômica do país não parece fazer, pois defesa é repetindo o que venho falando um assunto de estado e não de governo, os governos passam mas a responsabilidade com a defesa fica e os meios como ficam???
Já vivemos em uma sociedade que torce a cara quando o assunto são gastos militares porque não entendem, caímos numa “cilada Bino” porque imagine se o orçamento de defesa fosse levado a voto popular(hipoteticamente é claro) seria cortado. Falta de interesse, mas quando acontece algo ou é necessário as forças estão lá.
Voltando ao A-1M, sabemos que os Gripen E/F da primeira encomenda vão ser entregues oficialmente até 2024, ou seja daqui oito anos e meio segundo a estimativa da SAAB as 36 unidades encomendadas estarão em serviço. Mas ao mesmo tempo sabemos que isso é sujeito a alterações e que a desativação dos F-5M e do A-1M pode tardar mais um pouco.
De cara todos sabemos que a ideia é deixar a FAB com uma aviação de caça homogênea mas ninguém ainda se perguntou quanto tempo isso vai levar?A vida planejada para os F-5M começa a se esgotar já em 2017 quando esta prevista a baixa das primeiras células os Gripen’s vão vir com a prioridade de substituir eles os A-1M serão os últimos no processo.
Fico na torcida para que isso não ocorra e as aeronaves sejam entregues em sua totalidade, e ainda quem sabe com incremento futuro de células usadas da AMI.
Enfim o que nos resta é aguardar.
Acho que a estratégia de parar com a modernização é inteligente afinal o NG esta na “agulha”.
Hoje já sabemos que o futuro aos Drones pertence, sabemos que o pirata vira por mar, não dá mais para imaginar um Skyhawk ou AMX atacar com bombas uma frota de invasão protegida por uma Type 45, só um enxame de drones a jato operando em rede cada um carregando um míssil tipo pinguim num ataque tipo dispare e colida poderia dar cabo de uma máquina dessas. Nenhum drone retornaria mas essa frota pagaria um preço muito mais caro.
Seria interessante a FAB iniciar um estudo junto a todas as empresas aeronáuticas do Brasil visando o desenvolvimento futuro da versão evoluída do AMX.
Esse avião seria desenvolvido por empresas de capital majoritário nacional, e com grandes índices de conteúdo nacional, também se beneficiaria dos conhecimentos do projeto AMX mais os da montagem dos Gripens no Brasil.
Tenho esse mesmo pensamento,e a turbina poderia ser desenvolvida pela Turbomachine(ex-Polaris)
E pensar que o Governo Brasileiro reduzisse o nº de ministérios pela metade, cortasse metade dos cargos comissionados dos “cumpanheiros”, não haveria a necessidade destes cortes orçamentais. A FAB poderia manter o projeto de modernização destas excelentes aeronaves, que poderiam manter a sua missão até as últimas serem substituídas pelos Gripens. Tenho pena deste Ministro da Fazenda – tenho certeza que deve ter sugerido a “gerenta” estes cortes. Mas da “cumpanheirada” não haverá cortes, mas na Educação, Saúde, Defesa, Segurança sim e mais aumentos de impostos para a população pagar a farra com o nosso dinheiro!
Fazer o que, melhor do que deixar todo a frota sem ser modernizada. Em um país como o Brasil que nunca cumpre com seus compromissos, deveres e necessidades, que é o caso da Defesa, já ocorre redução aqui até naquilo que é de dever do governo como educação e saúde
Abs.
Há modernização dos A-1 para o padrão M,é de estrema ordem por ser um vetor de grande importância para a FAB. A diminuição de células para a modernização vai afetar a capacidade dissuasória do Brasil por ser um vetor estratégico. Gostaria que a Embraer desenvolvesse um substituto do A-1,para não ficarmos dependendo de apenas um só vetor no caso o Gripen NG.
Verdade o A-1 é bom, mas um país tão grande depender de um caça pequeno e com tão poucas celulas é de extrema irresponsabilidade.
Isso de criar um caça multifuncional e não ter outros para missões secundárias, para mim não procede mesmo! é necessário o desenvolvimento de um vetor similar ao A-1 futuramente pra FAB eu concordo.