Segundo informa o Janes, a Saab confirmou que será dada a indústria aeroespacial brasileira, a oportunidade de desenvolver a versão biplace do Gripen NG, como parte do contrato avaliado em US$ 4,5 bilhões para a aquisição de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB).
Em uma reunião com especialistas do setor aeroespacial brasileiro e representantes do município de São Bernardo do Campo-SP, o vice-presidente da Saab, Dan Jangblad, discutiu a participação do Brasil na produção do modelo biplace, o Gripen F.
Das 36 aeronaves de combate previstas no programa F-X2 da FAB, oito serão da versão “F” e as demais da versão monoplace, o Gripen E.
Pessoalmente considero uma bobagem a FAB querer comprar essas aeronaves bipostas. Aliás consideraria igualmente se fosse SH ou a bomba francesa.
Daí a dizer que a SAAB é incapaz de fazê-lo dentro do preço ASSINADO na proposta do FX2 vai uma distância muito grande.
A SAAB não é a “Lanternaria do Serjão” e já fez CENTENAS de aeronaves biplaces em sua história. Se ela se comprometeu em fazê-lo pelo preço acordado, irá fazê-lo.
Quanto a versão F do gripen, o seu desenvolvimento está incluso na oferta vencedora. Veremos como será assinado isto e oque o Brasil irá exigir (e aí está o perigo de termos aumentos no preço).
Não sou especialista, mas vejam bem:
– Como ninguém quer a versão F, esta versão será desenvolvida só para 8 aviões e só para o Brasil!! Se forem feitas somente alterações mínimas necessárias para a colocação do segundo posto (oque acarretará perda de boa parte da capacidade interna de combustível e diminuição das suas capacidades), sem alterações mais profundas na aeronave, sendo uma aeronave dedicada ao treinamento, o seu desenvolvimento é viável. Teríamos uma aeronave com muitas peças comuns ao Gripen E, que apesar de ser uma aeronave diferente, teria custos de operação semelhantes.
– Agora, se forem redesenhar toda a fuselagem (alguns sites falam de um projeto inteiramente novo, com fuselagem inteiramente nova, bem mais longa, novo trem de pouso, maior peso de decolagem, mantendo autonomia semelhante com o modelo E), dependendo do que a FAB deseja, teremos um custo enorme de desenvolvimento, que possivelmente aumentará seu custo. Isto sem contar o verdadeiro pesadelo logístico e de custos para manter só 8 aeronaves!! Poderemos ter aeronaves E entregues à FAB, e termos que aguardar a entrega dos modelo F que seriam exatamente para treinar os pílotos do modelo E. Vejam bem, o Gripen F é só para a FAB!!! Portanto, ter ou não uma aeronave barata de manter depende somente dos requisitos da FAB!! É uma aeronave sob medida.
Eu particularmente (minha humilde opnião), depois de ler um pouco a respeito (eu defendia a compra de aeronaves D usadas da Suécia, depois de ler um pouco, percebi que era impossível), preferia que a FAB encomendasse de 8 Gripens novos do modelo D fora as 36 aeronaves que seriam encomendadas do modelo F. A Suécia não dsipõe de aeronaves do modelo D sobrando para venda (vejam o próximo parágrafo). O Gripen D é otimizado para treinamento e as últimas alterações de software instaladas, já simulam características do Gripen E. Poderíamos encomendar 8 aeronaves Gripen D, (talvez com o futuro cockpit do Gripen E,) otimizadas para simular suas características. Teríamos uma aeronave barata, sem custo de desenvolvimento ( inerente ao modelo F oque acarretaria um desconto no preço da oferta), que serviria ao propósito de treinamento e que poderia entrar em serviço na FAB de 1 a 2 anos antes, já formando os pilotos que iperariam o Gripen E, antes mesmo deste chegar. Estas aeronaves poderiam vir com um preço bom, já que seriam os últimos Gripens de geração anterior a deixar a linha de montagem.
A Suécia possui no total 28 aeronaves bipostas dos modelos B (13) e D (15). Destas, 4 do modelo D estão cedidas a terceiros por leasing (2 Hungria e 2 na Rep Tcheca). A Suécia otimizou todos os seus 11 Gripens D para treinamento e somados com os 13 Gripens B, são responsáveis pelo treinamento avançado e conversão de pilotos. Como a Suécia, que só tem agora 11 Gripens D, deverá ceder por leasing aeronaves do modelo D (possivelmente 2) para a Suiça, portanto, não teremos muitos Gripens D disponíveis para leasing ou compra pela FAB. Somente se fossem aeronaves novas de fábrica.
Se a Suécia e a Suiça não precisam do Gripen F, porque o Brasil precisa? Fica aí a questão e eu queria saber a opnião dos nossos colegas.
É muita vontade de ser enganado, ao se DESENVOLVER uma variante ou aeronave é mais que óbvio que incorrerão CUSTOS muito além do custo comercial de 8 aeronaves.
Financiar o desenvolvimento do Gripen F para comprar 8 aeronaves e ainda INCLUIR o custo adicional DENTRO no contrato de 4,5 bilhões é tão ABSURDO comercialmente que não dá nem para comentar.
Volto ao ponto central da DECISÃO do FX-2 esta postura de CÓDIGO DO CONSUMIDOR está beirando ao ridículo.
O Governo Brasileiro SABE ou deveria saber:
Que a Suíça e a Suécia só financiam o desenvolvimento do Gripen E;
Que a Suíça tem de fazer pagamentos antecipados (incluídos e NECESSÁRIOS ao desenvolvimento do Gripen E) e que podem não acontecer se o plebiscito de maio/2014 for desfavorável a compra. E isso, se ocorrer impactará o FX-2 brasileiro.
Que se quiser Gripen F ou Sea Gripen vão ter de gastar grandes e adicionais recursos.
Deixo claro que NESTE MOMENTO sou a favor que o governo faça estes gastos e assuma-se plenamente como sócio de risco do programa e PARE DE POSAR DE CLIENTE DE PRATELEIRA.
O melhor seria desenvolver não só o Gripen F como fazer o Sea Gripen exclusivamente em versão biposta para alongar a aeronave deste modo dar a variante biposta uma expectativa de 8 + 24+ 24 aeronaves.
Sendo NOSSA DECISÃO o seu desenvolvimento poderia-se decidir por uma versão não só alongada como em tandem com o segundo piloto em posição elevada (como no Super Tucano especificado pela FAB).
Outra coisa a segunda posição poderia ser configurada como um módulo que pudesse ser desconectado e substituído por tanque de combustível adicional e/ou suite eletrônica especial.
A MB deveria considerar uma proporção inversa com a maioria de BIPLACES (ou só eles) e operar operacionalmente SEMPRE com WSO (Weapon Systens Officer).
Uma pergunta aos amigos, com o desenvolvimento no Brasil do Gripen NG F (biposto), a autonomia de voo (tanque de combustível) deverá ser maior ainda não ?
Com o desenvolvimento do mesmo no Brasil, e ao já adiantado estudo de navalização por dos suecos presume-se então que a versão F do Gripen NG, “poderá” mesmo ser o novo caça da Marinha do Brasil.
Pode ser que sim, ou pode ser que não. Tudo depende das empresas envolvidas….
Galito,
Não necessariamente…
As aeronaves biplace normalmente tem características razoavelmente diferentes. Como o Gripen foi projetado para ter sua principal variante como monoplace ( como é com a esmagadora maioria dos caças ) o segundo assento demanda modificações que determinam o alongamento da fuselagem e, não raro, a perda de parte da capacidade de combustível, além da necessidade de se retirar um ou outro item. Não são raras variantes biplaces que não possuam radares ou tenham parte de seu armamento removido… Contudo, graças ao avanço tecnológico dos últimos anos ( com componentes mais eficientes e mais leves ), a tendencia é que as variantes biplace tenham as mesmas características eletrônicas do mono, conservando plena capacidade operacional com seu armamento completo, embora naturalmente ainda apresentem características de voo um pouco distintas…
Quanto ao Gripen Naval, a tendência é que existam duas sub-variantes, sendo uma derivada da E e outra da F…
Com canhão orgànico ou sem como na versão D? E qual a degradação em capacidade de armas e autonomia desta versão? As outras duas opções do FX-2 apresentavam versões biplaces operacionais, validadas e com as mesmas capacidades de combate da versão monoplace.
É uma pena que voce torce contra o FX2….
Engano meu caro, o que cobro deste Governo é o uso correto dos recursos que pago em impostos. O correto no caso não passa pela escolha sindical lobista de um LIFT para defesa do nosso espaço aéreo. Os valores envolvidos neste negócio são um absurdo, são 125 milhões por equipamento, e que inclua-se treinamento simuladores, peças de reposição, os custos por unidade não poderia estar neste patamar. Um F-35 está causando calafrios no contribuinte Americano por custar 150 milhões de dolares. Pagar 125m pelo Gripen anabolizado, retrofitado é um absurdo completo. A SAAB responde por processos de corrupção em diversos países, e não seria nada incomum que aqui também não tivesse quer dar explicações. A versão F está paga. Agora quero entender se vorá com ou sem canhão orgânico? O Gripen é um LIFT.
É um bom caça monomotor. Se é um LIFT ou não, é oque cabe no orçamento Brasileiro. A FAB disse que é o melhor para ela, quem sou eu para discutir. E outra, como pagamos menos por transferência de tecnologia, treinamento e produção nacional? Durante a produção Brasileira oque a SAAB vai ganhar? Quase nada, apenas marketing no seu Jato(Não é pouco, sei.). Oque você queria? O Caríssimo rafale, que tem problemas nas negociações com a Índia(Que gasta bilhões em defesa e tem orçamento), o Charmoso, caro e difíciu de se operar EF Typhoon? O Barato que sai caro Su35, com o ,custo/hora de voo de US$12.500? Ou o sem tecnologia a oferecer e brinde espionagem F18EF? Acho que o SU35, Rafale, Typhoon, são sim, melhores e mais apropriados ao brasil. O Custo de cada rafale seria de 222bilhões, o F18 158bi. Pegamos o mais barato ee o que mais se enquadra nas opções da FAB, segundo a própria FAB. MELHOR UM GRIPEN NO CÉU QUE 2 RAFALE/F18/SU35 NA TERRA.
O JF17 é um LIFT, o Gripen não.
Os custos vão aumentar com o Gripen, tal qual aumentaria com Hornet ou Rafale.
A diferença é que em se tratando de Gripen, acredito que os custos extras serão menores do que seriam com as duas outras opções e, estes mesmos gastos serão para co-desenvolvimento, ou desenvolvimento conjunto, compartilhamento de conhecimentos e informações.
Estas últimas condições não existiriam a meu ver, nas outras duas ofertas. Entendo que os gastos seriam para aquisição de mais aeronaves para apenas serem montadas aqui.
E olhe lá.!!!
Ótimo, uma boa cance de testar o know how que será dado ao Brasil. Pra quem acha que vai malmentar custo, vamos comprar 8 desses de acordo com a compra. Então teremos sim o Gripen E/F equipando as nosas bases aéreas.
O título não bate com o texto. Uma coisa é dizer que o Gripen F será desenvolvido no Brasil. Outra é dizer que tal desenvolvimento está sendo ofertado ao Brasil.
Útil é a informação de que o desenvolvimento do Gripen F já estaria incluindo no gasto de US$ 4,5 bi, ou seja, parece que não implicaria em gastos extras para o Brasil.
Só nós usaremos o biplace, por isso estão nos ofertando. Lá usarão os Gripen D como treinamento. Esses gripen F somente a Embraer poderia vender se não me engano, pois só teria linha de produção aqui. Uma ótima oportunidade ao Brasil. Vamos ver isso no desenrolar do ano e a assinatura do contrato.
Ta errado ali está escrito ” $4,5 milhões” e não bilhoes
Obrigado pela correção Marcelo!
FA