A presidente Dilma Rousseff encontrou-se nesta terça-feira (31) com Marcus Wallenberg, presidente do Conselho de Administração da Saab, empresa sueca que vai produzir 36 caças Gripen para o Brasil. De acordo com ele, o projeto conjunto dos dois países vai possibilitar a transferência tecnológica para a indústria aeronáutica brasileira.
Segundo Wallenberg, o ponto mais importante da reunião com a presidente foi o acordo em torno da “possibilidade concreta de avançar” no projeto do avião sueco, “de modo a envolver uma participação conjunta da indústria brasileira neste projeto”. Conforme tradução oficial do Palácio do Planalto, ele disse que “temos convergência conjunta acerca de nossa cooperação, da importância de se assegurar que ela evolua conforme planejado, o que, por sua vez, assegurará transferência tecnológica à indústria brasileira aeronáutica”.
O representante da Saab, que também preside conselhos de administração de outras empresas de investimento suecas, ponderou que, apesar da crise econômica, será possível recuperar os investimentos feitos no país. “Embora o Brasil esteja, na verdade, passando por momento de ajuste, reestruturação, reequilíbrio econômico, nós acreditamos que ainda assim, em algum ponto, haverá o retorno esperado dos investimentos aqui efetuados”, afirmou.
Além de reiterar que a data prevista para que o primeiro caça fique pronto é 2019, Wallenberg se disse otimista com a parceria Brasil-Suécia nos próximos anos. Ainda segundo ele, engenheiros brasileiros serão enviados ao país para assimilar a tecnologia envolvida na fabricação das aeronaves, logo após o início da construção das instalações, cujo “investimento efetivo ocorrerá em breve”.
FONTE: Agência Brasil
a Pratt & Whitney…….
……colega Paulo Moraes….li com atenção o que o amigo falou …claro que o Brasil não tem posse e jamais terá de TODAS as tecnologias de aviação militar porque é uma interação entre tecnologias de diversos países dispersas entre emprêsas,universidades e centros de pesquisa e desenvolvimento principalmente das proprias empresas produtoras de armamento ….até mesmo os Estados Unidos que são tecnologicamente o país mais avançado do mundo por vezes rapina o conhecimento alheio….sei que a Suecia desenvolve uma turbina baseada numa outra da marca GE a qual será a turbina padrão do caça Gripen…porém a GE tem mais associações como com a Snecma francesa que resultou na CFI International……tambem existe a inglesa Rolls-Royce e também uma firma americana….
É pessoal, mas enquanto o governo brasileiro estiver mandando o nosso din din, que poderia fomentar todas as necessidades das nossas FFAA; para construir portos em cuba, estradas para cocaleiros e outras cositas mais, vamos ficar a ver navios.
Um pouco off topic: faleceu esta semana o MB Lauro Ney Menezes, ex-Comandante da AFA, ex- Diretor do CTA, primeiro caçador supersônico do país. Foi dele o parecer para o Mirage IIIE equipar o GDA (à época, 1ª ALADA – Ala de Defesa Aérea). Mas também foi um feroz do AMX, a que se referia jocosamente como F-32 (2x F-16 em custo).
Que os futuros pilotos do Grippen e talvez do Sea Gripen espelhem-se no exemplo de amor ao Brasil desse Grande (sem trocadilho, devido a sua estatura) brasileiro.
“… feroz crítico do AMX,…” perdoai-me a omissão da palavra crítico.
Paulo Moraes…..otimas explicacoes, c certeza feita ate mesmo para leigos no assunto. Se leream, entendeam e compreenderam ja sera o suficiente para perceber o qto ainda teremos de caminhar, mas de uma coisa eh certa, nunca teremos uma aeronave 100 % nacional…..uns 2 ou 3 paises no mundo detem esta capacidade, porem, nem mesmo estes deixam de adquirir inovacoes de outros paises, mesmo sendo pontuais.
Sobre isso, na revista aero deste mes tem otima reportagem compreensivel tbm aos leigos e apaixonados.
Sds
Filipe,
19 serão montados na Suécia, acompanhados por engenheiros e técnicos brasileiros. Dos 17 restantes, 09 serão monoplace 08 serão biplace, serão montados aqui.
Fernando,
A Embraer, além de materiais compostos, também desenvolveu conhecimento de projetar bicos, estruturas de sustentação e aerodinâmica subsônica, vedação, integração de sistemas, criação de mentes e centros de testes e pesquisas, entre outros avanços.
Dílson,
Turbinas, até a Volvo está tentando, mas competir com o nível de desenvolvimento da GE é quase impossível. O melhor é a Aeronáutica ou a Embraer dominar a manutenção e usinagem, além de dispor de um grande estoque de motores reservas e de peças. A China também está desesperada para desenvolver uma turbina copiada da Rússia, tão eficiente quanto a original, mas, apesar do investimento pesado, parece que está longe de conseguir sucesso, principalmente para o seu caça Stealth. O Brasil tem, como todos sabem, também baixo desenvolvimento de pesquisa e no desenvolvimento de turbinas.
A Empresa Polaris e a Aeronáutica desenvolveram pequenas e boas turbinas, mas até dinheiro para certificação parece que falta.
Fazer o que?
Começar desenvolver e pesquisar tecnologia, de forma séria, para daqui entre 20 e 30 anos termos turbinas talvez equivalentes a que a GE fabrica hoje. Parece factível?
A estrutura e aerodinâmica de uma caça supersônico difere em muito a de um jato de passageiros ou de carga, mas existe algumas singularidade estruturais e nos princípios aerodinâmicos. Mas não se enganem: quem fabrica trator, não domina fabricação de tanques, e vice-versa.
Quanto aos demais componentes, no mundo, nem a Boeing fabrica os componentes. O Brasil vai depender do desenvolvimento de outras empresas de ponta, e até do porte da Embraer, que fabriquem os componentes, como radar, comunicação, navegação, armamentos e controle, instrumentos e painéis, sistemas de integração, sistema de energia, sistemas e componentes eletrônicos, software, trem de pouso, suporte de vida ao piloto, sistemas mecânicos e hidráulicos, etc. Só para falar de alguns dos principais.
…..tomara que realmente tenhamos os caças e sua tecnologia ….e que também fabriquemos quem sabe no futuro, sua turbina e demais componentes pra vendermos aviões de caça a quem quisermos sem ter que nos humilhar e ter que pedir benção de consentimento a país A, país B, paísC… etc..etc….
Queiros, essa é a ideia . . . . .
Bem o certo seríamos buscar a independência em todas as áreas tecnológicas ,mas o Estado Brasileiro tem que fomentar isso,criar um ambiente onde se possa desenvolver inovações ,projetos e idéias !
Eu acho muito pouco o BRASIL ter apenas uma fabricante de aeronaves !
na verdade temos outras fabricantes de aeronaves, mas nenhuma coma a capacidade tecnologica da embraer, creio que falta visão do estado e verba tbm, pra fomentar essa industria principalmente fora do estado de SP, pois tem que levar a industrialização pro resto do brasil tbm
Eu sei que temos outras montadoras de aeronave no BRASIL,mas nenhuma de porte,a maioria são quase artesanais,não produzem aeronaves a jato,ou seja são quase insignificantes para o setor de defesa !
Muitos criticam, mas não foi de forma parecida que a Embraer chegou aonde chegou, ou seja, pelo envolvimento no projeto do AMX. Sem contar com exitos, experiencia, investimento, representatividade no cenario internacional, atual, e que nao possuia à época.
Pelo que eu lembro a principal experiencia que a Embraer conseguiu com o AMX foi a de materiais compostos.Agora no estágio que a Embraer está,não vejo ela adquirir tanta experiencia igual na época do AMX.
tbm acho, mas tem gente que fala que a embraer não saberia projetar uma aeronave supersonica, coisa esta que discordo
Finalmente , uma boa notícia, Os caças vão mesmo ser produzidos aqui, pelo menos 22 (8 biplaces).