Pilotos do Esquadrão Escorpião (1°/3° GAV), localizado em Boa Vista (RR) e equipado com as aeronaves A-29 Super Tucano, iniciaram nesta segunda-feira (16/01) a 2ª etapa do Curso de Formação de Líderes de Esquadrilha de Caça (CFLEC). O objetivo do curso, que tem dois anos de duração, é capacitar os pilotos de caça recém-formados para realizarem o gerenciamento de até quatro aeronaves em formação e executar as diversas missões atribuídas à unidade.
Segundo o Comandante do 1°/3° GAV, Tenente-Coronel Aviador Ricardo Bevilaqua Mendes, o curso de liderança é uma das etapas mais importantes na vida do piloto de caça. “Os conhecimentos que eles vão obter nesse período nortearão toda a carreira operacional nesta Aviação”. De acordo com o comandante, o Esquadrão Escorpião, assim como os demais esquadrões do 3º Grupo de Aviação, deve buscar uma atualização constante. “Assim, as unidades podem ter processos operacionais alinhados com o contexto atual da aviação de caça na Força Aérea Brasileira, visando à chegada dos futuros caças Gripen NG”, explica.
Na primeira etapa do Curso de Formação de Líderes de Esquadrilha de Caça, os pilotos realizam as missões na posição de número “3” e podem auxiliar o líder da esquadrilha no cumprimento dos objetivos das missões. A primeira etapa é uma fase inicial, na qual o piloto é apresentado aos conceitos de condução em voo de uma esquadrilha.
Já na segunda e mais complexa etapa, o aviador assume a função de “Ás” e tem a responsabilidade de conduzir até quatro aeronaves, gerenciando todas as fases do voo e situações de emergência que, porventura, possam ocorrer.
Nessa fase, os pilotos são avaliados em missões de formatura básica diurna e noturna, formatura tática, interceptação diurna e noturna, combate e tiro aéreo, treinamento de emprego ar-solo, escolta, varredura, navegação e ataque. Além das avaliações de desempenho referentes à atividade aérea, os militares apresentam os trabalhos monográficos com foco em assuntos de interesse à doutrina da Aviação de Caça.
O Tenente Aviador Jorge Ricardo Loureiro Almeida é um dos participantes da segunda fase do curso. Segundo ele, a etapa exigirá muito em cada missão, já que cada detalhe deve ser pensado, planejado e estudado. “Além de todos os envolvimentos normais, poderão ocorrer imprevistos, reais ou simulados, com o intuito de treinar e estimular o raciocínio na condução não somente de sua aeronave, mas, também, das outras que participam da formação”, destacou.
“O CFLEC é mais que um curso operacional. É o amadurecimento do piloto, no qual os fatores atrelados à gerência, capacidade de raciocínio, julgamento e liderança, em todos os seus sentidos, são injetados na mente e no sangue dos jovens caçadores”, finalizou.
FONTE e FOTO: FAB