Por Selcan Hacaoglu
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse que se encontrará com Joe Biden em Glasgow durante a cúpula do clima global, onde as discussões se concentrarão em como os EUA podem reembolsar US$ 1,4 bilhão que a Turquia pagou para adquirir caças F-35.
“O item mais importante será nosso problema com o F-35”, disse Erdogan na noite de terça-feira, de acordo com a agência estatal Anadolu, acrescentando que ele falará com Biden na COP26 que começa em 31 de outubro. “Precisamos discutir com eles como eles vão nos retribuir.”
O Departamento de Defesa dos EUA confirmou consultas com a Turquia sobre seu pedido de F-35s. Washington proibiu Ancara de comprar e co-desenvolver os jatos depois que ela comprou mísseis de defesa aérea russos que os aliados da OTAN temiam que pudessem ser usados para coletar informações sobre as capacidades furtivas do avião.
Os EUA negaram ter feito qualquer oferta de financiamento sobre o pedido da Turquia de compra de aviões de guerra F-16, depois que Erdogan disse que isso pode ser uma forma de devolver os US$ 1,4 bilhão.
“A informação que temos de que existe um plano para reembolsar a Turquia com F-16s, isso é verdade ou não? Vamos descobrir isso no mais alto nível”, disse Erdogan. “Seria apropriado eu falar com Biden. Se for esse o caso, teremos chegado a um acordo em conformidade.”
A Turquia disse ter enviado um pedido formal aos EUA em 30 de setembro para comprar 40 novas aeronaves F-16 Block 70 e quase 80 kits da Lockheed Martin Corp. para modernizar seus caças F-16 existentes. O negócio tem um valor potencial de US$ 6 bilhões, mas sua aprovação será difícil, dada a oposição do Congresso à compra do sistema russo S-400 pela Turquia. A Turquia até agora se recusou a descartar as defesas antimísseis exigidas por Washington.
Alguns membros do Congresso enviaram uma carta bipartidária a Biden e ao Secretário de Estado Antony Blinken instando-os a recusar o pedido da Turquia para os F-16.
“Não podemos comprometer nossa segurança nacional enviando aeronaves fabricadas nos EUA para um aliado do tratado que continua a se comportar como um adversário”, escreveram os legisladores, de acordo com um comunicado de 25 de outubro.
Eles disseram que uma venda para a Turquia poderia ameaçar a segurança dos aliados próximos dos EUA, Grécia, Israel e Chipre. “Exortamos você a agir em nosso interesse nacional e pelo bem da estabilidade no Mediterrâneo Oriental, recusando-se a reforçar o envelhecido arsenal de aviões de combate da Turquia.”
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Star and Stripes
Em se tratando de quebrar acordos, descumprir contratos e violar leis internacionais, os EUA são campeões absolutos. Não tem moral para desqualificar seja quem for. Veja o que fizeram com a Embraer.
Recordando a questão: ao adquirir os sistemas S-400 da Rússia o Sultão de Ancara não apenas violou os termos do contrato do programa JSF como também os próprios estatutos da OTAN sem falar no CAATSA. Além de ter ficado sem os caças a indústria aerospacial turca irá experimentar perdas de aproximadamente US$ 9 bilhões em contratos de fornecimento para a cadeia de suprimentos do caça.
Para piorar, segundo algumas fontes os próprios S-400 fornecidos estariam propositalmente “bugados” afinal Putin pode ser tudo, menos burro…..
No mais, os generais e oficiais turcos estão assistindo a degradação das capacidades das suas forças armadas e mesmo dos seus vetores atuais por culpa dos arroubos estúpidos do Sultão Erdogangster.
Ps: Muito provavelmente os novos F-16 Block 70 assim como os kits de modernização serão liberados para que o Sultão não tenha uma justificativa para comprar caças russos.
O interesse é dos EUA não o da Turquia .
Assim é em relação com todas as nações que não são fabricantes de tecnologia, o interesse que prevalecerá será do dono da tecnologia, França EUA Inglaterra (Ver argentina sendo bloqueada na compra de Caça)
Aqui temos uma parte da resposta da luta que a Marinha do Brasil vem travando para desenvolver sua capacidade naval.
Vender equipamentos militares para os mais fracos também é uma forma de domínio/controle.
Colocar embargos quando estes se desalinhar com os seus interesses e limita a capacidade de defesa.
O difícil é ver os especialistas de teclado descer o pau nas nossas forçar armadas