Por Guilherme Wiltgen
O Estado-Maior do Exército aprovou a Diretriz de Implantação do Projeto Capacidade de Manobra, integrante do Programa Estratégico do Exército Aviação do Exército (Prg EEx Av Ex), que visa ampliar a Mobilidade da Força Terrestre através da aquisição de Helicópteros de Manobra Sikorsky UH-60M Black Hawk, designados HM-2A na Aviação do Exército.
Objetivos do Projeto Capacidade de Manobra
1) Objetivo Geral
Obter, em coordenação com os órgãos responsáveis, doze aeronaves da fabricante SIKORSKY modelo UH-60M Black Hawk, por intermédio do Foreign Military Sales (FMS), dotadas de acessórios e armamento que permitam seu emprego na plenitude como aeronave de manobra, cumprindo o rol de tarefas de Aviação previstas em sua doutrina de emprego, para atender as lacunas de capacidades da Aviação.
2) Objetivos Específicos
a) Realizar a substituição da frota em processo de desfazimento (frota HM-2 Black Hawk e HM-3 Cougar) pela nova frota sem perda das atuais capacidades, com especial atenção na distribuição das aeronaves, manutenção da disponibilidade e coordenação com os demais órgãos envolvidos.
b) Gestão de recursos humanos especializados, em Capacitar e alocar, em coordenação com os órgãos responsáveis e interessados, os recursos humanos especializados, em face da implantação da nova frota.
c) Adequar, em coordenação com os órgãos responsaveis e interessados, operacionalmente toda a documentação referente a operação da nova versão de aeronave.
d) Realizar, em coordenação com os setores responsáveis e interessados, técnica e manutenção da capacitação dos tripulantes por meio de dispositivos de simulação, em especial os dispositivos que tenham comprovada capacidade de suprimir os treinamentos de manobras críticas e adestramento operacional na aeronave.
e) Implementar, em coordenação com os setores responsáveis e interessados, a capacidade de enlace com os meios de comunicação existentes no Exército Brasileiro e, se possível, nas demais forgas singulares.
f) Implantar, em coordenação com os setores responsáveis e interessados, a gestão das medidas de Autoproteção baseadas em Guerra Eletrônica (GE) embarcadas nessa versão de aeronave. g) Adequar, em coordenação com os setores responsáveis e interessados, a infraestrutura da(s) OM Av Ex que acolherão a nova versão de aeronave. h) Internalizar na Aviação do Exército, em coordenação com os quadros responsáveis, a capacidade de formação dos especialistas responsáveis pela operação e suporte da nova frota, em consonância com as normas e regulamentação do fabricante. i) Prover os meios de suporte a operação para as aeronaves nas bases designadas.
J) Prover a sustentabilidade logística até o final do acolhimento da frota (previsto para o final de 2032)
Todas as aeronaves UH-60M Black Hawk serão recepcionadas no Comando de Aviação do Exército, em Taubaté-SP, tendo em vista que o Batalhão de Manutenção e Suprimento de Aviação do Exército (Btl Mnt Sup Av Ex), a Base de Aviação de Taubaté (BAvT) e o Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx) estarem todos localizados no Forte Ricardo Kirk, sede da Aviação do Exército.
Após o processo de recebimento das doze aeronaves UH-60M Black Hawk, essas serão distribuídas e operadas por até três Batalhões de Aviação do Exército, que serão definidos pelo Estado-Maior do Exército (EME). Porém já é de conhecimento que serão o 2° Batalhão de Aviação do Exército (Taubaté-SP), 3° Batalhão de Aviação do Exército (Campo Grande-MS) e o 4º Batalhão de Aviação do Exército (Manaus-AM).
Fases do Projeto Capacidade de Manobra
1ª Fase:
Obter as novas aeronaves com marcos de entregas definidos em cronograma e capacitar os especialistas que estarão envolvidos na operação e suporte iniciais.
2ª Fase:
Obter toda a estrutura logística necessária para a operação e suporte dos BAvEx, que operarão a nova versão, nas condições do item anterior e adequar a infraestrutura do Batalhão de Aviação do Exército (BAvEx), do CMSE, que operará a nova versão.
3ª Fase:
Adequar a infraestrutura dos Batalhões de Aviação do Exército que operarão a nova versão, capacitar os especialistas que estarão envolvidos na operação e suporte desses BAvEx,
capacitar os especialistas a serem empregados nas inspeções de 2° Nivel do Batalhão de Manutenção e Suprimentos de Aviação do Exército e de outra OM AVEX (se for o caso), capacitar os especialistas que farão a implantação da estrutura de ensino no Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx) e implantar a nova versão de aeronave quanto à adequação dos manuais de emprego operacional, assim como da modelagem da operação técnica da aeronave às Tarefas de Aviação.
Planejamento preliminar de entregas
2025: 01 helicóptero
2027: 05 helicópteros
2028: 06 helicópteros
Segundo o Estado-Maior do Exército, esse planejamento é passivel de alteração caso ocorra determinação da Autoridade Patrocinadora, a fim de adequação às futuras necessidades doutrinarias e/ou orçamentárias.
Penso que substituição das aeronaves que estão em fim de sua vida útil não é só necessário, é uma questão de proteção dos tripulantes principalmente, mas essa quantidade de aeronaves substituindo os que irão dar baixa é pouco para um país das dimensões do Brasil que é quase um continente, é insuficiente. Não se conta que as aeronaves passam por períodos de manutenção onde tem de ficar em terra, e que 12 na realidade não significa as 12em estado operativo. Só essa quantidade já seria absorvida na região norte como um todo,