Para 2015, a previsão de investimentos é de US$ 650 milhões, sendo US$ 350 milhões em pesquisa e desenvolvimento
A terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo se prepara para o salto tecnológico que a levará ao futuro da aviação em escala global. Mudanças nas linhas de produção da maior unidade e sede da empresa, em São José dos Campos, estão em curso para montar em série a nova família de jatos comerciais, batizada de E-Jets 2 ou E2. São os três aviões da família (E175, E190 e E195, todos com o sobrenome 2) que levarão a Embraer a um novo patamar na aviação comercial, que responde por 50,3% do faturamento da empresa.
A meta é impulsionar a receita líquida da Embraer, que oscila entre 5,8 e 6,2 bilhões de dólares por ano, com os novos jatos, que foram lançados em junho de 2013 e são mais econômicos, potentes e inovadores. “A nova família de jatos terá um impacto a longo prazo na empresa”, disse André Luiz Soriani, diretor de Produção da Embraer. “Eles são a maior aposta da companhia e vão aos poucos substituindo a família E1”.
Pedidos
No segundo trimestre deste ano, a carteira de pedidos firmes e opções de compra da Embraer registrava 532 unidades dos novos jatos, sendo 200 do E175, 162 do E190 e 170 do E195. A primeira entrega de um avião da nova família, o E190-E2, está prevista para o primeiro semestre de 2018. O E195-E2 está programado para entrar em serviço em 2019 e o E175-E2, em 2020. A fabricante faz ajustes na linha de produção para absorver a montagem dos novos aviões. Tecnologia vai ajudar a otimizar o circuito produtivo em hangares nos quais os aviões são feitos quase artesanalmente.
A Embraer investiu cerca de US$ 560 milhões em 2014 (8,9 % da receita). Para 2015, a previsão de investimentos é de US$ 650 milhões, sendo US$ 350 milhões em pesquisa e desenvolvimento e US$ 300 milhões, na fábrica.
Robôs
Trata-se da mais alta tecnologia aliada ao talento humano para fabricar aeronaves modernas. Uma das novidades é a inclusão de um robô que move carrinhos levando peças para funcionários na linha de produção. A máquina percorre o hangar em até 80 pontos, nos quais abastece os montadores. A produção dos E2 também adotará inovação já implantada no Legacy 500, de acabar com manuais em papel e deixar tudo digital. Um tablet ajudará a montar o avião.
FONTE: O Vale