São José dos Campos – SP, 19 de fevereiro de 2020 – A Embraer (NYSE; ERJ; B3; BOVESPA; EMBR3) entregou um total de 198 jatos em 2019, sendo 89 comerciais e 109 executivos (62 leves e 47 grandes), o que representa um aumento de 9% em relação às entregas de 2018, quando a Empresa entregou um total de 181 jatos. O volume de entregas tanto para a aviação comercial quanto para a aviação executiva ficou dentro das estimativas para 2019, de 85 a 95 jatos comerciais e de 90 a 110 de jatos executivos. No quarto trimestre de 2019 (4T19), a Embraer entregou 81 jatos, sendo 35 comerciais e 46 executivos (20 leves e 26 grandes). Em 31 de dezembro, a carteira de pedidos firmes a entregar totalizava USD 16,8 bilhões.
No quarto trimestre de 2019, a Embraer entregou o primeiro jato executivo Praetor 500 à Flexjet, uma das líderes globais no mercado de transporte via jatos particulares, pouco mais de um ano após o lançamento na NBAA-BACE (National Business Aviation Association’s Business Aviation Convention and Exhibition), em 2018.
A Embraer anunciou a expansão do centro de serviços da Embraer no Aeroporto Internacional de Fort Lauderdale-Hollywood (KFLL), na Flórida, nos Estados Unidos, ampliando a capacidade de serviços por meio de um acordo de locação de um hangar exclusivo com a Jetscape Services. A presença da Embraer na Flórida é estratégica para os clientes da Aviação Executiva no sul dos Estados, no Caribe e na América Central, assim como para àqueles que frequentemente passam pelo sul da Flórida.
No Dubai Airshow, a Embraer anunciou o nome e a designação de sua aeronave de transporte multimissão, o Embraer C-390 Millennium. A nova designação reflete maior flexibilidade e valor para os operadores que procuram uma aeronave para realizar missões de transporte aéreo e mobilidade aérea, entre outros. Em paralelo, a Embraer e a Boeing anunciaram que a joint-venture para promover e desenvolver novos mercados para a aeronave multimissão C-390 Millennium será chamada Boeing Embraer – Defense. A organização estará operacional somente depois que a joint-venture das empresas receba as aprovações dos órgãos regulatórios e cumpra com as condições para a conclusão das negociações.
No mesmo período, a Embraer entregou a segunda unidade do KC-390 Millennium para a Força Aérea Brasileira (FAB), e o contrato com o Governo de Portugal para um pedido firme de cinco aviões KC-390 foi incluído na carteira de pedidos da Embraer do quarto trimestre de 2019.
Ainda no evento em Dubai, a Embraer anunciou dois negócios envolvendo a aviação comercial: um contrato com a Air Peace para três jatos E195-E2 adicionais, confirmando direitos de compra do contrato original, e três jatos E190 para CIAF Leasing.
A Embraer recebeu três novos operadores de E2: a Helvetic Airways, da Suíça, e a Air Kiribati, da República do Kiribati, receberam seus primeiros jatos E190-E2, enquanto a Binter, da Espanha, recebeu seu primeiro jato E195-E2. A Empresa também assinou contratos de vendas com a SkyWest, para um pedido firme de 20 jatos E175, que serão operados para a American Airlines, e com a Congo Airways para dois jatos E175, com direitos de compra de duas unidades do mesmo modelo.
Vendo esses números, é interessante analisarmos como pôde o governo brasileiro dar aval a venda de uma empresa nacional fantástica e estratégica como a Embraer…
Digo isso porque evidentemente, dentro da estrutura da estratégia de “dominação” dos EUA dentro das fronteiras dos continentes americanos, um passo como este (aquisição da Embraer) é completamente justificado. Óbvio!
Agora, o governo do Brasil fazer o que fez… é coisa de irresponsável, corrupto ou louco (Michel Temer). Ouuu…..tem alguma coisa aí que não sabemos! Porque não é possível!
É interessante notarmos o seguinte…
Com a aquisição da Embraer pela Boeing, e o negócio feito entre a Bombardier e a Airbus, foi criado um duopólio na construção de aeronaves de médio e grande porte no mundo. Neste caso, russos buscam aliar-se aos chineses para poder fazer frente ao duopólio Ocidental. Conseguirão?? Veremos…
Sabemos que no quesito custo de mão de obra, os china e russos ganham de lavada.
Mas….e se os américaboys da Boeing, resolvessem fazer o que muitas empresas norte- americanas fizeram nos últimos tempos, ou seja, transferiram “linhas de produção” para a China em busca de mão de obra mais barata. E neste caso, a Boeing transferiria parte da produção de suas aeronaves para o Brasil.
E, sendo mais específico, que tal ela transferir a linha de produção de um de seus produtos mais novos e que está lhe dando muita dor de cabeça?
Sim, estou falando dele, o 737 MAX….
A qualidade da mão de obra brasileira da área aeronáutica é considerada impecável! E ainda com a vantagem de ser infinitamente mais barata do que a mão de obra norte- americana.
Para exemplificar melhor uma suposta vantagem para os américaboys transferir a linha de produção do 737 MAX para cá, façamos uma rápida conta de padaria…
O custo de construção dos 737 diminuiria drasticamente, afinal o custo hoje aproximado do 737 MAX é de $ 92,2 milhões, seus custos poderia de cara ser reduzidos para $ 82,9 milhões de dólares e a geração seguinte cairia de US $ 82,4 milhões para US $ 76,7 milhões, o que ocorreria justamente devido a uma queda acentuada nos salários. O salário médio da Boeing nos EUA é de US $ 6,7 mil por mês e no Brasil quase dez vezes menos – US $ 760. Ou seja, a margem do segmento de aviação cresceria de 7,0 % para 8,5 %. Sendo assim, em princípio seria algo muito benéfico para a Boeing uma transferência de produção….
Grato
Concordo com cada palavra Praefectus, estes números escancaram a mentirada de que, se a Embraer não se junta com a Boeing em alguns anos ela sucumbiria. Tomara que o CADE desfaça esta lambança.