Porto Príncipe (Haiti), 21/7/2015 – Ao visitar hoje (21), pela primeira vez, as tropas brasileiras no Haiti, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, destacou que os 11 anos de participação brasileira na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) contribuíram para “ajudar a reconstrução nacional do país, que vai além da estabilização política e militar”. Para ele, a participação das tropas brasileiras na Missão não se restringiu apenas ao aspecto militar e da segurança pública, mas “deu maturidade para avaliar os riscos do presente e do futuro, para cada vez mais valorizar a democracia e a convivência pacífica entre os povos”.
O Brasil tem o comando dos 15 países que estão no Haiti na Missão. As forças de paz contam com 850 militares brasileiros das três Forças Armadas e é o maior contingente empregado em atividades desta natureza. Ao todo, contando o Batalhão de Engenharia, hospital e apoio são 2.370 homens, incluindo os 850 da tropa.
O tema dos encontros da visita do ministro foi a retirada gradual das tropas – que já vem ocorrendo desde 2012, acompanhando a evolução da situação interna do país e de acordo com resolução da Organização das Nações Unidas (ONU). Jaques Wagner percorreu as áreas de operações da Missão e os projetos setoriais de impacto social, junto dos comandantes da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira; do Exército, general Eduardo Dias Villas Bôas; e da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato.
“Desenvolvemos um amplo programa de cooperação bilateral e triangular para ajudar a criar condições efetivas de recuperação social, econômica e da infraestrutura do país”, afirmou o ministro diante das tropas.
Entre os projetos realizados, Wagner apontou os de reconstrução de estradas, desenvolvimento agrícola, distribuição de merenda escolar, combate à violência contra mulheres, treinamento de bombeiros e policiais, programa de imunização, educação de crianças e jovens.
O ministro assistiu a apresentação do comandante da Força Militar da Missão (Force Commander), general José Luiz Jaborandy. O general informou que já existe um consenso básico que sugere a renovação do mandato da Minustah por mais um ano, até a eleição do novo presidente do Haiti. Em seguida, Wagner se reuniu com o ministro da Defesa do Haiti, Lerner Renauld, e almoçou com as tropas no refeitório do Brabat.
Depois, fez homenagens aos Peacekeepers, os Capacetes Azuis, como são chamados os que servem no Haiti, e aqueles que morreram no cumprimento da missão. “Vocês são motivo de orgulho para as Forças Armadas, para o Ministério da Defesa e para o Brasil”, elogiou o ministro. Hoje, o país participa de dez das 17 missões de paz da ONU.
Jaques Wagner depositou coroa de flores em memória dos militares mortos em serviço e também das vítimas do terremoto de 2010. Em 12 de janeiro daquele ano, o terremoto deixou 250 mil feridos, 1,5 mil desabrigados, 200 mil mortos (sendo 21 brasileiros, entre eles 18 militares da Minustah). Ao final, ele teve encontro com a representante da ONU no Haiti e chefe da Minustah, Sandra Honnoré.
FONTE: Ascom
O elogio foi merecido , a atuação do EB no Haiti foi reconhecida no mundo todo pelo profissionalismo das tropas.