CINDACTA I e COMDABRA estão envolvidos no gerenciamento do espaço aéreo e na interceptação de aeronaves em voos irregulares
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, conheceu na segunda-feira (20/06) organizações militares da Força Aérea Brasileira (FAB) que atuam no controle do espaço aéreo e na defesa aeroespacial brasileira. Acompanhado pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, ele conheceu duas unidades estratégicas e que terão, também, atuação direta durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, no gerenciamento do espaço aéreo e na interceptação de aeronaves em voos irregulares.
“É importante dizer que temos, em relação a preparação, no que diz respeito a área aeroespacial, todo o dispositivo pronto e devidamente equipado para entrar em funcionamento com todos os protocolos definidos e devidamente consensualizados, além de um centro de controle 24h para acompanhar o desenvolvimento dos jogos”, afirmou Jungmann.
Também integraram a comitiva o Secretário Geral do Ministério da Defesa, General de Exército Joaquim Silva e Luna, e o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Almirante de Esquadra Ademir Sobrinho, além de oficiais-generais da Aeronáutica.
No Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), a comitiva acompanhou o trabalho dos controladores de tráfego aéreo do Centro de Controle de Área (ACC) e do Centro de Operações Militares (COpM). O órgão, que completou 40 anos neste ano, abrange uma área de 1,5 milhão de km2 no centro do País e registrou, em 2015, 549 mil movimentos aéreos, com uma média de 1,6 mil por dia. “Trabalhamos de maneira ininterrupta. A gente não para, por isso temos que ter sistema de alta confiabilidade”, disse o Brigadeiro do Ar Gustavo Adolfo Camargo de Oliveira, comandante do CINDACTA I. O oficial-general também apresentou a estrutura de controle de tráfego aéreo brasileiro e os serviços prestados, o que inclui busca e salvamento e meteorologia. Por tratados internacionais, o Brasil tem sob sua responsabilidade uma área de 22 milhões de Km2.
No COMDABRA, o Major-Brigadeiro do Ar Mário Luis da Silva Jordão, apresentou a estrutura que compõe o sistema defesa aeroespacial brasileiro, único comando conjunto permanentemente ativado. O oficial-general destacou as alterações recentes efetuadas no órgão, que centralizou a estrutura de comando e controle, que não precisam mais ser deslocadas a cada operação. “É um ganho em economia de recursos e em eficácia e eficiência operacional”, ressaltou o Comandante do COMDABRA.
Em relação aos Jogos Olímpicos, o oficial-general apresentou as áreas de exclusão aérea que serão ativadas durante as competições no Rio de Janeiro (áreas vermelha, amarela e branca) e como são efetuadas as medidas de policiamento aéreo.
Sistema integrado – Em 1976, a Aeronáutica tornou realidade uma das inovações mais marcantes da sua história. Entrava em operação o Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, o CINDACTA I. Foi a primeira organização de todo o planeta a integrar o controle de operações aéreas civis e militares.
Os estudos para tornar o Sistema Integrado de Controle do Espaço Aéreo começaram em 1969, ao mesmo tempo em que o Ministério da Aeronáutica buscava adquirir um caça supersônico para missões de interceptação aérea. Em 1972, chegava à cidade de Anápolis (GO) o primeiro jato Mirage III.
Uma das principais vantagens do sistema é a economia: uma mesma rede de radares e centros de controle espalhados geograficamente pelo território nacional fornecem, em tempo real, o posicionamento de todas as aeronaves voando no Brasil. “O sistema foi concebido integrado para obter economia de escala”, reforça o Brigadeiro Gustavo. “Além da economia, as vantagens incluem coordenação e segurança”, complementa o Major-Brigadeiro Jordão.
Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Jussara Peccini