Por Antônio Werneck
Dois drones da Aeronáutica estão, desde quarta-feira, patrulhando o espaço aéreo do Rio e de estados vizinhos. De fabricação israelense, têm autonomia de até 16 horas de voo e são controlados à distância por meio de sensores. Essas aeronaves não tripuladas, modelo Hermes 450, transmitem, em tempo real, imagens em alta resolução para centros de comando das Forças Armadas.
Em situações de grave ameaça à segurança dos Jogos, os dois aparelhos podem ajudar a direcionar aviões de combate a potenciais alvos. O modelo 450 é usado no país desde 2011, em operações de inteligência.
Os ARPs (aeronaves remotamente pilotadas) podem voar a uma altura de três mil metros, e, em esquema de revezamento, serão usados no patrulhamento 24 horas por dia. As câmeras das aeronaves são capazes de identificar veículos e até mesmo pessoas no solo — afirmou o capitão da Aeronáutica David Inácio Júnior.
CAÇAS COM PERMISSÃO PARA ATIRAR
Os drones vão operar a partir da Base Aérea de Santa Cruz, de onde também levantarão voo caças F-5 e aviões do tipo Super Tucano, que ajudarão a manter a segurança do espaço aéreo durante os Jogos.
Teremos em Santa Cruz cerca de 30 aeronaves e 272 militares da Força Aérea altamente preparados. Nossa missão é defender o espaço aéreo não só do Rio de Janeiro, mas também de São Paulo e Minas Gerais — disse o subcomandante da base, tenente-coronel Bruno Pedra.
A Aeronáutica ativou ontem seu plano de segurança para a Olimpíada, que contará com 15 mil homens e 80 aeronaves. É a maior mobilização já feita no país. Os pilotos de caças F-5 terão autorização para abater qualquer avião que representar uma ameaça.
Durante todo o período dos Jogos, estarão em vigor zonas de exclusão aérea no Rio e em outras cinco capitais brasileiras que também sediarão partidas de futebol: Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Salvador e São Paulo. Só poderão acessá-las aeronaves que tenham autorização expressa do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Condabra). As zonas de exclusão aérea com maior grau de restrição — classificadas como vermelhas — abrangerão um raio de 7,2 quilômetros a partir de arenas esportivas como o Parque Olímpico da Barra, o Complexo de Deodoro, o Maracanã, o Engenhão e a Praia de Copacabana.
Além das áreas vermelhas, há mais dois níveis de segurança nos céus. A maior das zonas de exclusão aérea, a branca, vai do litoral fluminense (do trecho entre Angra dos Reis e Cabo Frio) até a divisa do Rio com Minas Gerais. Nessa extensa região, estão proibidos todos os voos de instrução e turismo; saltos de paraquedas, asas-deltas ou parapentes; decolagens de ultraleves e aviões usados em pulverização agrícola e até o uso de drones, exceto os autorizados pelas Forças Armadas.
Até o próximo dia 22 e de 7 a 19 de setembro, as zonas amarelas serão ativadas quando houver competições. Elas têm um raio de 27,7 quilômetros a partir das arenas esportivas. Essas áreas vão de Niterói à Praia de Grumari, do litoral carioca até Nova Iguaçu, e abrangem ainda os aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim.
A Aeronáutica informou que o espaço aéreo de Brasília estará fechado entre 14h e 19h desta quinta-feira, devido à realização de duas partidas de futebol. Somente aviões previamente autorizados poderão sobrevoar o Plano Piloto e outras regiões da capital.
A operação do Aeroporto Juscelino Kubitscheck será normal. Contudo, em uma área que abrange todo o Distrito Federal, estarão proibidos voos de treinamento e turísticos, assim como o uso de paraquedas, parapentes, balões, dirigíveis, ultraleves, asas-deltas, aeromodelos e drones. Medidas semelhantes serão adotadas em Manaus, Salvador, Belo Horizonte e São Paulo.
ROTINA ALTERADA NO SANTOS DUMONT
No Rio, a ativação das zonas de exclusão aérea afetará os voos no Santos Dumont. Suas operações serão paralisadas por quatro horas e meia (das 12h40m às 17h10m), da próxima segunda-feira ao dia 18 deste mês, durante as competições de vela na Baía de Guanabara. O fechamento do aeroporto nesse período deverá impactar mais de 150 mil passageiros, de acordo com uma estimativa da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que também prevê uma média de 104 voos cancelados diariamente.
FONTE: O Globo
Preferia ver foto do JF-17 Thunder nas cores da Fab segurando a onda até a chegada do Gripen que ver o velho Forevis -5 ainda como a espinha dorsal da aviação de caça e superioridade aérea do Brasil. Deus proteja nossos pilotos.