Por Dzirhan Mahadzir
O Departamento de Estado dos EUA autorizou a compra de 105 caças F-35 Lighting II Joint Strike Fighters e equipamentos associados para o Japão, de acordo com uma notificação de quinta-feira ao Congresso.
O Japão já possui o pedido 42 F-35As e em dezembro de 2018 o governo japonês aprovou um aumento do pedido para 147 aeronaves, que também incluiria 42 F-35B (STOVL).
O pacote aprovado consiste em 63 F-35A, sendo 42 F-35B e 110 motores Pratt e Whitney F135. Também foram incluídos EW, C4I, Sistemas Globais de Suporte Logístico Autonômico, Flares para o F-35 e vários treinamentos, logística e suporte técnico. O custo total estimado do pacote é de US $ 23,11 bilhões, embora isso dependa das negociações do contrato entre o Japão e a Lockheed Martin. Caso o programa continue, o Japão se unirá ao Reino Unido, Itália e Cingapura como clientes internacionais da variante B. Esse acordo faria do Japão o maior cliente internacional do F-35.
Embora os F-35B japoneses operem a partir dos DDH da classe Izumo, o Japão ainda não declarou formalmente se a JASDF – Força de Autodefesa Aérea do Japão ou a JMSDF – Força de Autodefesa Marítima do Japão operarão essas aeronaves.
O Ministério da Defesa do Japão, no entanto, não confirmou as operações futuras dos F-35 no JS Izumo (DDH-183) e JS Kaga (DDH-184), dizendo que os F-35 seriam implantados nos navios quando necessário, devido às sensibilidades, sobre se tal capacidade iria ultrapassar os limites das limitações constitucionais do Japão em possuir capacidades ofensivas. A operação dos F-35B também marcaria a primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial que o Japão operaria aviões de combate em suas embarcações navais. O JS Kaga é o homônimo de um importante porta-aviões da Segunda Guerra Mundial.
No entanto, oficiais da JMSDF aposentados foram citados na imprensa japonesa como afirmando a ameaça representada pelas crescentes capacidades militares da China, que levou a um aumento de incursões nas águas japonesas, exigindo uma mudança para ter aeronaves de defesa aérea da frota. Dadas as limitações da classe Izumo, houve pedidos para que uma nova classe de porta aviões fosse desenvolvida, embora o Japão devesse deixar claro para o público doméstico e internacional que esses navios eram puramente para fins defensivos.
O Izumo está atualmente passando pelo estágio inicial de trabalho de conversão para permitir a operação dos F-35 e retornará à frota e o trabalho de conversão final será realizado no Exercício Fiscal de 2025, enquanto o Kaga será totalmente modificado no ano fiscal de 2022, embora os planos atuais sugerem que o Japão irá receber seus F-35B a partir de 2024. As autoridades americanas confirmaram ao USNI News em agosto que os F-35B dos EUA poderiam ser os primeiros a operar a partir das plataformas japonesas.
Juntamente com a compra do F-35, o Japão também está incentivando o desenvolvimento de um avião de caça nacional para substituir sua atual frota de caças F-2. O Ministério da Defesa do Japão apresentou o projeto de desenvolvimento do programa do caça a um grupo de parlamentares do Partido Liberal Democrata, em 7 de julho, que pedia produção em larga escala até 2031 com um protótipo construído em 2024 e testes de vôo em 2028.
FONTE: USNI News
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
Compreensivelmente o Governo japonês comenta e detalha “o mínimo possível” como se dará a operação do BRAVO. Sem dúvidas representa uma quebra de paradigmas histórico e por ser uma democracia (diferente de seus arquirivais regionais: leia-se North Korea, China, Russian Fed) quanto “mais se fala, mais se comenta” junto a opinião pública, o que mesmo se não atrapalhar, mas incomoda pra valer o Staff do Gabinete e dificulta o projeto político do Premier ABE de alteração constitucional, tema por demais sensível, externa e internamente num Japão democrático do pós guerra.
Mas, como diz a velha máxima, contra fatos não há argumentos: O Japão deverá fechar essa década operando dois Porta-aviões VSTOL e estes, no “estado da arte”.
Podem esperar a reação de contra-informação dos arqui inimigos regionais junto a opinião pública mundial, tentando minar aquilo que eles mesmos geraram: A operação de PA nada mais é do que uma reação as constantes ameaças recebidas pelo Japão nas ultimas décadas!
Interessante o número de 42 unidades do modelo bravo, os britânicos até então se comprometeram com 48 dos 138 F-35B pretendidos.
(acho que a marinha francesa possuí 44 ou 46 Rafales M. )
*Só para comparar.
Sucesso absoluto, vai ser o caça mais bem sucedido da história, se já não é.