Atento às reivindicações dos moradores da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, bairros da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, principalmente quanto aos ruídos provocados pela aviação no entorno do Aeroporto de Jacarepaguá, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (DECEA) emitiu, no dia 12 de agosto de 2021, a Publicação de Informação Aeronáutica (Suplemento AIP) nº 93, elevando a altura das aeronaves no circuito de tráfego para pouso no referido aeródromo. Tal medida contribuiu para a redução dos ruídos no aeroporto de Jacarepaguá, que opera das 5h às 22h, com capacidade máxima de operação na pista de 31 movimentos por hora, entre pouso e decolagens.
Ainda como forma de atuar diretamente na solução da problemática, uma comitiva do DECEA e do Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE), liderada pelo Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares, esteve no Aeroporto de Jacarepaguá, no dia 26 de agosto, e reuniu-se com a administração aeroportuária; NAV Brasil (empresa responsável pelo tráfego no aeródromo) e representantes das empresas operadoras de helicópteros, com a finalidade de aumentar a consciência situacional sobre a questão. A recuperação dos movimentos aéreos vem acontecendo gradativamente no Aeroporto de Jacarepaguá que atende à aviação geral e provê apoio à atividade offshore, tão necessária ao desenvolvimento do pré-sal.
Dando continuidade à busca de alternativas a fim de mitigar o problema do barulho relatado pelos moradores, na manhã de 8 de outubro, o Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares, chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, e o Tenente-Coronel Aviador Diego, chefe da Divisão de Coordenação e Controle (DCCO), receberam uma comitiva da Petrobras, representada por Daniel Gago, gerente executivo de logística de exploração e produção; Carlos Eduardo Xavier Pinto, gerente de segurança e competência em aviação; engenheiro Thyago Hermeto; consultor Adilson da Silva Lemos Júnior.
Importante ressaltar que as atividades de prospecção e exploração de petróleo no litoral do País são desenvolvidas nas unidades marítimas (plataformas) localizadas nas áreas oceânicas, suportadas por infraestruturas de apoio baseadas na área continental. A grande maioria das unidades marítimas são equipadas com helipontos para viabilizar o transporte de passageiros e cargas com agilidade. Os blocos de exploração e produção estão mais afastados da costa do Rio de Janeiro na Bacia de Santos e, por facilidades operacionais de segurança, monitoramento ambiental, resgate aeromédico, apoio e econômicas, o ponto de partida mais viável é o aeroporto de Jacarepaguá.
Estudando possíveis alternativas, o DECEA analisou a transferência do tráfego de helicópteros offshore para o Aeroporto Internacional Tom Jobim (GIG). Entretanto, tal possibilidade acarreta aumento, tanto na distância voada por parte das companhias áreas como em área voada sobre a região povoada na Zona Sul do Rio de Janeiro, além de impactar na operação do GIG e do aeroporto Santos-Dumont.
Assim, de maneira coordenada e em busca da melhoria contínua, o DECEA e a Petrobras continuam estudando a movimentação aérea de Jacarepaguá e procurando a melhor solução para a questão do ruído sem degradação da segurança operacional nos entornos.
FONTE: DECEA
Sabe o que é mais interessante? No Santos Dumont é a mesma coisa: só pode ter pousos e decolagens de 6 da manhã até 10 da noite. Enquanto que no Galeão, 24 horas por dia. A diferença é que os ouvidos dos moradores que vivem em torno do Santos Dumont (Urca, Leme, Flamengo, Glória…) são mais $en$íveis, enquanto que os da Ilha do Governador são mais resistentes e podem aturar tranquilamente os motores dos 747 e A330 pousando e decolando à noite, de manhã e de madrugada… Brasil: o país onde existem direitos, mas uns têm mais, outros menos. Na mesma proporção de suas contas bancárias.
O cidadão vai morar perto de um aeroporto, depois reclama do barulho….
Perfeito. Basta analisar quem chegou primeiro. O aeroporto ou o cidadão reclamante.