Igor Gielow De São Paulo
Na tarde de 6 de julho passado, o presidente Michel Temer embarcou rumo à reunião do G20 na Alemanha.
Deixou o cargo com o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) e tomou assento em um Boeing 767-300ER da FAB, marcando o início da aposentadoria do Airbus presidencial, mais conhecido como Aerolula, em voos internacionais de longo alcance.
O governo decidiu que viagens que demandarem duas ou mais escalas serão feitas com o 767 de maior autonomia, alugado por três anos pela Força Aérea Brasileira em julho de 2016, ao custo de US$ 19,8 milhões (R$ 71 milhões). Isso inclui destinos na Ásia, por exemplo.
A ida à Alemanha necessitaria de uma escala no Airbus ACJ-319, mas Temer estava pressionado pelo tempo: precisava voltar para tourear a crise política que ameaça seu mandato e quis pular a parada de até duas horas. Essa régua, a da conveniência, também será usada daqui em diante, segundo o Planalto.
Prevendo o aumento de demanda, a Folha apurou que o Ministério da Defesa já planeja instalar uma área VIP, com cama e chuveiro, para o serviço presidencial. Hoje, o avião tem poltronas de classe executiva na sua parte posterior, enquanto o Airbus vem com suíte e sala de reuniões.
A eventual conversão repetirá o modelo utilizado até quase o fim do governo Fernando Henrique Cardoso.
Até então, presidentes voavam em aviões usados para transporte militar, com área VIP. Eram os KC-137, versões de Boeings 707 da década de 1960, conhecidas como Sucatões e compradas em 1986 pelo governo José Sarney.
O alto custo operacional e uma série de problemas técnicos encerraram o uso VIP do aparelho em 2000. FHC testou alugar voos comerciais, o que acabava sendo mais caro e menos seguro.
Lula, nadando na popularidade do primeiro mandato, bancou gasto de US$ 56,7 milhões (R$ 167 milhões no câmbio da época, que corrigidos dariam R$ 360 milhões hoje), e comprou uma versão executiva do Airbus-319, operada a partir de janeiro de 2005 pelo GTE (Grupo de Transporte Especial) da FAB.
Foi criticado. O avião ganhou o apelido pejorativo de Aerolula, entre outros mais agressivos. Uma argumentação da escolha segue válida: avião próprio dá segurança e praticidade ímpares.
Além da maior eficiência econômica, a autonomia do avião, superior à dos jurássicos Sucatões e à dos equivalentes da Embraer, era justificativa central: Lula poderia ir a Paris sem escala.
A realidade mostrou-se diferente ao longo do tempo, embora a FAB não divulgue estatísticas precisas do uso. Para atender a todos os requisitos de segurança, como sobra de combustível, viagens intercontinentais demandaram escalas. Uma para a Europa, ao menos duas para destinos mais longíquos.
O alcance do Aerolula dentro das especificações de segurança é de cerca de 8.500 km, no limite para chegar a Paris, embora teoricamente ele possa voar um pouco mais. Viagens europeias costumam ter escala em Cabo Verde (4.500 km de Brasília) ou Portugal (pouco mais de 7.000 km da capital brasileira). O 767 voa mais de 11 mil km sem parar.
“Se era para ficar com um avião menor, deveriam ter usado o produto nacional. Um 767 é muito mais vantajoso para rotas intercontinentais”, diz o especialista em aviação Ronaldo Jenkins, diretor de Segurança e Operações de Voo da Associação Brasileira de Empresas Aéreas.
Por ser muito maior, potente e pesado, o 767-300ER consome mais combustível em média (5.000 kg/hora) do que o ACJ (2.800 kg/hora), ressalvando aqui que essa é uma conta superficial de consultorias sobre aviões civis, já que são inúmeros os parâmetros que definem o quanto um avião “bebe” (peso de decolagem, ventos, altitude etc.).
Mas aeronaves gastam mais que o dobro de querosene durante a primeira hora após a decolagem: com duas escalas, são três eventos desses, fora o fato de que a comitiva sempre acaba se hospedando em uma das paradas.
Consultada, a FAB não informou comparativos de custo de operação. No geral, aviões oficiais são mais baratos de usar, pois são isentos de várias taxas e operados por militares –que não têm salários de pilotos e comissários da aviação comercial.
O Aerolula, além de eventuais viagens com uma escala, seguirá sendo usado em distâncias menores. Tem 12 anos e meio de uso e deve voar até atingir os 30. Provavelmente levará Temer para Buenos Aires nesta quinta (20).
FONTE: Folha de São Paulo
Obrigado pelas correções Goytá. Os propulsores/motores/reatores a jato ou quais sejam as denominações dos mesmos que equipavam os KC-137 não eram turbofans de baixo contorno, mais silenciosos e de menor consumo que equipam as aeronaves mais modernas. Foi essa diferenciação que eu quis fazer no meu post. Em todo caso, me desculpe por escrever coloquialmente a um público tão douto. Saudações.
Adriano Luchiari, duas correções: primeiro, não são “turbinas”, são MOTORES. “Turbina” é um componente interno do motor a jato que se parece com uma série de discos rotativos, e cada motor tem várias turbinas dentro dele. E esse erro comum só acontece no Brasil: em inglês, a turbina de verdade é chamada de “turbine” e o motor inteiro de “engine”, e todo mundo só fala “the plane’s engines under the wing”, por exemplo.
E a segunda correção é que os “Sucatões” já tinham motores turbofan. Só um pequeno número de 707 da série inicial 707-120 foi produzido com motores turbojato Pratt & Whitney JT3C. Todos os 707 produzidos depois de 1960, incluindo os “Sucatões”, tinham motores JT3D, que eram turbofan. Mas a tecnologia ainda não estava muito aperfeiçoada e eram motores turbofan de primeira geração e “low-bypass”, de modo que ainda eram extremamente barulhentos e beberrões, e não faziam muita diferença na prática em relação a um turbojato.
Caro Cesar Pereira, estou seguro do que falei, mas como não sou perfeito, pesquisei e encontrei algo que comprova o que eu disse e não é em uma das mais imprecisas revistas como é o caso de sua fonte, estou falando do Jornal Folha de São Paulo de 15/01/2004, c/ o título ‘Presidência vai aposentar o “Sucatão”‘:
www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u57209.shtml
Espero c/ isso acabar as dúvidas sobre essa questão. Abs.
Cesar Pereira, você está equivocado quanto as datas de aquisição da aeronave, como disse anteriormente a notícia de aquisição da aeronave veio a público, pela imprensa, no dia 15 de janeiro de 2004. Já em termos oficiais a dispensa de licitação para a aquisição ocorreu no dia 28 de janeiro do mesmo ano. Para verificar a informação entre no diário oficial da união digite a data supracitada e coloque na busca: nº processo:049-03/SDDP. Objeto: aquisição de aeronave Airbus ACJ e a correspondente logística associada.
O contra foi assinado efetivamente no dia 06 de fevereiro de 2004, o extrato do contrato foi publicado no diário oficial da união no dia 11 de fevereiro de 2004. Procurar no DOU por: departamento de pesquisa e desenvolvimento extrato do acordo Nº 1/2004 Nº Processo: 001-04/SDDP. Neste extrato já está disponível a previsão de offeset.
Seguem abaixo os endereços do diário oficial da união com as informações transcritas acima.
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=3&pagina=8&data=11/02/2004
http://pesquisa.in.gov/imprensa/servelet/INPDFViewer?jornal=3&pagina=7&data=28/01/2004&captchafield=firistAccess
Meu amigo Cesar Pereira, por favor não “chute” as fontes que embasam meus posts. Se você se utiliza de WIkipedia, Reader’s Digest ou quaisquer outros meios de cultura de “Seleções”, só tenho a dizer que, se na matéria da revista Super Interessante realmente consta 2002 como a data de aquisição do VC-1, a revista errou redondamente!
Perfeito Wellington, Flanker, Juarez, Plinio Jr., J. Neto…
De maneira alguma eu veria a sua pergunta como ironia meu caro Flanker, eu até estava esperando alguém me pedir uma fonte, vou mostrar uma da revista Super Interessante , a reportagem é intitulada ” Por dentro do Aerolula´´ e quem quiser lê-la e só digitar no Google o título da reportagem !
Logo no início a reportagem diz: ” Adquirido em 2002 para substituir um embaraço nacional chamado Sucatão ,este avião Airbus 319 foi modificado ,,,”
Como os senhores podem constatar a aeronave foi adquirida em ”2002” e Lula só tomou posse em ” 1º de janeiro de 2003 ! ”
Agora eu vou responder ao meu amigo Adriano Luchiari ,(estou te chamando de amigo porque há uns tempos atrás se não me engano, eu , você e um outro Adriano, creio eu de sobrenome Oliveira debatemos bastante sobre um outro assunto relacionado a aeronave) provavelmente a tal fonte em que você leu que Lula foi o 6º presidente brasileiro a adquirir uma aeronave é a Wikipédia ,infelizmente devo dizer-lhe que a Wikipédia deve ser consultada com cuidado pois há bastante distorções e incoerências nas informações por ela apresentada !
Estou sempre disposto a aprender com os comentaristas aqui presente e não tenho vergonha de reconhecer quando estou errado,a única coisa que não gosto é a falta de respeito e insinuações,como disse antes eu reafirmo oque disse porque é a Verdade não por ideologia !
Grande abraço a todos !
Os únicos projetos de aeronaves que tiveram início e fim durante o segundo mandato do governo FHC foram o CL-X e P-X, ambos vencidos pela então EADS CASA espanhola, hoje Airbus Defense and Space, com as propostas do C-295 e modernização dos P-3A com o sistema FITS.
O F-X1 foi deixado para o governo Lula e, como todos sabem, foi finalizado sem a decisão de um avião por parte do ex-presidente Lula. Aliás, houve uma decisão sim, mas não por uma aeronave nova e sim Mirages 2000C usados.
Quanto a aquisição de uma aeronave especificamente para atender à presidência da república, ela só se deu durante o primeiro mandato do governo Lula, ou seja, o projeto VC-X não começou no segundo mandato do governo FHC, mas no primeiro mandato do governo Lula. Sempre se soube que qualquer um dos participantes do certame não seriam adequados a operação de voos intercontinentais. Tanto o ACJ (Airbus A319), quanto o BBJ (Boeing Business Jet B737) não atenderiam às demandas dos vôos intercontinentais, mas se decidiu por estas aeronaves, pois os integrantes do governo Lula não seriam tão criticados se escolhessem uma aeronave mais acanhada (se comparada aos grandalhões dos EUA e dos reis árabes), que pudesse ser usada tanto para voos nacionais, quanto regionais, além de voos intercontinentais (com uma ou duas paradas) sem gastar tanto. Ou seja, não adiantou, pois quando se vai falar mal, porque se quer falar mal, não há boa justificativa que dê jeito, daí o “Aerolula”.
Ah tá, a primeira geração dos Ejets da Embraer já existiam sim, mas como a ideia era usar a mesma aeronave para todos os voos conforme supracitado, os E-190/195 não dariam conta do recado. Mesmo assim, dois Lineage 1000 foram comprados para voos nacionais e regionais, mas o foram já no segundo mandato do governo Lula. Agora é chegado a hora de substituir o VC-01 (ACJ), pois não atende como se espera de uma aeronave de voos intercontinentais, além de hoje ser dispensável ante o uso dos dois VC-02. Afora o fato destes serem aeronaves de uma fabricante brasileira, enquanto o primeiro é de um fabricante europeu, concorrente da aeronave brasileira no mercado de aviões executivo. É o que eu penso.
Até mais!!!
Srs., por favor mostrem suas fontes, as minhas citam até uma curiosidade: Lula foi o sexto presidente brasileiro a encomendar uma aeronave. Caro Prick, a FAB nunca operou EMB-170, os dois VC-2 são da versão 190, sendo que o segundo foi entregue ao GTE em 18/12/2009.
A escolha do modelo da airbus como avião presidencial e com dispensa de licitação, ocorreu oficialmente no dia 28 de janeiro de 2004, como pode ser constato no diário oficial da União da época. O contrato foi assinado no dia 06 de fevereiro, já o extrato do contrato, incluindo os offsets foi publicado no dia 11 de fevereiro do mesmo ano. Tentei postar os links com esta informações e outras mais, mas não consegui colocá-los aqui na caixa de comentários.
A encomenda do airbus presidencial, e portanto a assinatura do contrato ocorreram em 2004
O contrato de aquisição do Airbus presidencial ocorreu foi publicado no diário oficial da união em 28 de janeiro de 2004
César Pereira eu lembro e concordo com você a compra foi do FHC e o Lula meteu o pau durante as propagandas eleitorais na compra A-319 dizendo que era um gasto absurdo e no começo ainda falava que a Embraer tinha aeronave similar (E-190/195)
Foi muito comentado que o FHC queria comprar até mesmo uma aeronave maior mais tinha medo da repercussão pública que isso causaria tanto é que a compra do A-319 foi no final do mandato do FHC.
César Pereira, sinceramente e sem ironia, peço que nos informe a fonte ou documento ou reportagem ou declaração que embase sua afirmação de que o ACJ teve sua encomenda feita por FHC. Repito, não duvido do que vc falou, mas se vc afirma com tanta certeza, deve ter algo que comprove isso.
Meu caro Adriano Luchiari, o programa FX é uma coisa, a compra do avião presidencial é outra,e volto a afirma a compra da aeronave Airbus-ACJ-319 se deu no governo FHC, QUANDO DIGO COMPRA, ESTOU ME REFERINDO A ENCOMENDA DA AERONAVE QUE SE DEU NO GOVERNO FHC, E FOI RECEBIDA E PAGA NO GOVERNO LULA ! Talvez vocês estejam confundindo a encomenda (FHC) com o recebimento e pagamento (LULA).
Vou aproveitar e responder também a essa questão levantada pelo Douglas Rodrigues,eu não estou dizendo isso por ideologia, estou dizendo porque é VERDADE, se eu estivesse mentindo ai sim você teria razão ! Não faço uso de mentiras para defender quem quer que seja !
Quanto a Lula poder ter desistido da compra,eu devo dizer aos senhores que isso não é tão simples assim,esses contratos estipulam pesadas multas as partes envolvidas ainda mais em se tratando de uma aeronave personalizada feita exclusivamente para um determinado cliente, vide o recente caso dos Mistrais encomendados pelos russos,vocês viram como a França pagou caro por desistir do contrato !
Por fim digam oque quiserem mas essa aeronave começou a ser encomendada e comprada no governo FHC, Lula a recebeu e quitou a compra, agora se a aeronave não era a ideal ai a culpa é da nossa Força Aérea pois creio eu que nenhum deles FHC ou Lula devam entender desse assunto !
Abraço a todos !
FJJ, não houve contra partida alguma da Airbus, pois uma compra direta, inclusive passando por cima avaliação técnica da FAB que foi clara ao afirmar que anv não cumpria a missão adequadamente nos parâmetro de payload de decolagem x alcance máximo com reserva, mas de nada adiantou, a ordem desceu do Palácio do Planalto para comprar o ACJ da Airbus, até porque na época nem o Papa ousaria contrariar o Babalorixá de Garanhuns. FHC neste caso não mexeu um dedo em favor de um RFI para este projeto, e desde esta compra o grupo Airbus passou mandar e desmandar na compras militares dentro do GF comandado pela ORCRIM, a propósito, ainda apita até hoje, pois os tentáculos ficaram, mas tem os dias contados.
G abraço
Essa reportagem está com uma série de equivocos. Não só o processo de escolha do novo avião presidencial se deu no Governo FHC, como na época não existia a opção do avião da Embraer, não só porque só foi desenvolvido anos mais tarde, como foi comprado para substituir os 737-200. O 767 só se tornou realidade com o programa de FAB anos depois. Mesmo assim, na época quando se falava em comprar aviões desse tipo todo mundo falava horrores, caiam de pau em cima. Nada como reescrever a história dando sua versão. As primeiras entregas dos Emb 170 foram em 2006, a versão executiva do Emb 190, o Lineage fez seu primeiro voo já no final de 2007, a primeira aeronave de produção só ficou pronta ano seguinte, o a FAB recebeu sua primeira unidade no último ano do segundo mandado de Lula, em 2010 e sua função era substituir os 737-200, e nunca ser uma aeronave intercontinental. Para os esprecialistras, o processo de compra não começa com a compra, mas termina com a compra. E isso pode levar anos.
Na época que reclamavam do AeroLula eu dizia que ele era insuficiente PRINCIPALMENTE porque o Brasil era um membro fundador do Grupo BRICS e PRECISAVA de um modelo de avião presidencial de maior autonomia do ACJ.
Temer como tenta ignorar os BRICS na verdade tem necessidade menor e a companhia que ganhou a licitação que lhe fornece o avião 767-300ER está proibida de operar no Brasil por múltiplas falhas nos procedimentos de manutenção de suas aeronaves no Brasil.
O Gabinete da Presidência diz que a punição foi posterior a licitação e ela segue atendendo ao Presidente.
Tomara que a empresa COLT mantenha suas políticas operacionais e que Temer se esburaque por aí com a nova aeronave alugada…
Burrice de direita elevada ao quadrado pelo respeito aos contratos…
Comentando os posts novamente: Wellington, você está correto com relação às críticas da imprensa contra o ACJ. Porém FHC só passou a fretar aviões da TAM para viagens internacionais quando os voos do KC-137 começaram a sofrer restrições na Europa e EUA por causa do ruído de suas antigas turbinas, que não eram tubofan. Também o fogo em uma das turbinas do KC-137 quando transportava o ex-vice-presidente em uma viagem à China foi decisivo para sua não utilização como aeronave VIP. Em fim de mandato, FHC não quis decidir o FX-BR1 nem encomendar nova aeronave presidencial. Eu particularmente penso que o GTE deveria se desfazer dos VC-1 e VC-2, transportando o presidente nos VC-99 (Legacy ou EMB-145) em voos domésticos ou a países vizinhos e utilizar o C-767 em voos intercontinentais. Também, por economia, não vejo necessidade de uma aeronave reserva em cada deslocamento.
Hipocrisia pouca é bobagem, quando da aquisição do ACJ, a imprensa inteira criticava dizendo que o melhor era fazer como fazia o ex-presidente FHC, ou seja, fretar aviões civis como o FHC fazia com a TAM. Na época eu era um crítico dessa assertiva, justamente, por conta da argumentação postada agora, ou seja, ainda sim sairia bem mais em conta a FAB ter aviões próprios para fazer este serviço, aliás, aviões que houvesse na FAB para às funções operacionais da Força, como este de serviço presidencial, padronizando assim a frota (manutenção, treinamentos, etc…). Enfim, antes tarde do que nunca, a verdade veio a tona. Espero que agora se desfaçam de vez com o VC-01 (ACJ) e optem por mais aviões B767, tanto os KC-767, quanto um B767 VIP. Umas seis ou oito unidades estariam de ótimo tamanho, duas presidenciais e o restante para transporte estratégico. É o que eu penso.
Até mais!!!
Agradeço aos que corroboraram o que eu disse e p/ deixar a situação bem clara : fazer estudo, consulta, concorrência sem efetivar pedido, não é compra, não é compromisso, portanto assim como não comprou os caças pelo ‘fome zero’, se fosse coerente também não compraria uma aeronave p/ uso exclusivo da presidência.
A verdade seja dita a compra do VC-1/ACJ-319 foi fechada em 2004 e o recebimento da aeronave em 2005, todo processo ocorreu durante a primeira gestão do então presidente Lula….Preocupa-me o não andamento do processo KCX , o KC-390 não contempla todas as necessidades da FAB, é necessário um vetor maior, tanto para capacidade de carga quanto para REVO…
Comentando os posts anteriores: Cesar Pereira, o Luciano Andrade está certo, o VC-1 foi encomendado já no início do 1º governo Lula, o que causou polêmica à época porque o ex-presidente FHC deixou a decisão do FX-1 para ele, que cancelou a compra de caças alegando que o dinheiro deveria ir para o programa Fome Zero e, logo depois, foi anunciada a compra do ACJ. Leonardo Rodrigues, o GTE da FAB sempre foi o grupo de aviação mais prestigiado pelos governos pós-redemocratização, sendo que o governo Lula foi o que mais investiu em seu reequipamento, com um ACJ, dois EMB-190, vários Legacy e EMB-135/145, dois Eurocopter 135 e dois H225M. James Chaves, o C-767 arrendado pela FAB não faz REVO, é para transporte estratégico.
Abraço.
Pois é, mas um Força Aérea que dispõe somente de um grande reabastecedor/transporte deixa de tê-lo para situações emergenciais- exemplo: resgate de brasileiros na Venezuela – para ficar fazendo viagens do presidente. De que forma uma força pode cumprir suas funções dessa forma?
Só um post-script rápido: a idéia de substituir os sucatões (707) para transporte presidencial começou a ser discutida em 1992. O medo da oposição (capitaneada pelo próprio Lula) e a falta de decisão no modelo mais adequado, além das nossas constantes questões orçamentárias, foram empurrando a compra pra frente, até que os sucatões foram aposentados de vez depois do incêndio de um dos motores com o VP a bordo, depois teve o período de leases temporários de A330’s da TAM até que o próprio Lula assumiu o governo e, sendo um líder “popular” (joãozinho trinta teria outra descrição a fazer) teve cacife de bancar a compra (e queria um avião novo para chamar de seu também, é claro……) que tinha sido estudada e preparada mais seriamente no final do governo FHC.
Mas noves fora o ……, realmente precisávamos de um avião presidencial e as contra-partidas da Airbus foram realizadas em São José dos Campos, então na época e com as informações e modelos disponíveis, não foi uma compra ruim não.
É no mínimo engraçado…
A ideologia do PeTismo, sempre culpa outro pelos erros que seus chefões ou ídolos cometem. Por mais que tenha sido decidido na época do FHC pela compra do ACJ (não foi!), cabia ao Lula cancelar a compra ainda, já que o Lula entrou no governo em janeiro de 2003 e o ACJ pouso em solo brasileiro em 2005. É algo meio lógico não?!
Agora, porque não vendem o ACJ e fazem uma área VIP nesse 767? Ou guardem em caixa essa grana, porque uma classe executiva dessas já está de bom tamanho para essa classe política de %&ˆ%&ˆ$!
Douglas,
O 767 possui uma “1 classe”, mas nada comparado com a aeronave presidencial, que possui áreas específicas de trabalho e de conforto (necessárias) para o Chefe de Estado em viagens mais longas.
Se fizerem essas alterações no FAB2900, já era, nunca mais volta para a sua função primária.
Abs,
Cesar Pereira está corretíssimo. A compra do novo avião presidencial foi um projeto iniciado por FHC, que não teve a coragem de puxar o gatilho exatamente pelas críticas que receberia de Lula e patota.
Sim, nunca saberemos se houve algo por trás na compra. Mas é inegável que – na época – fazia sentido e a Embraer não possuía nada parecido. A reportagem demonstra bem o nível de nossos Jornalistas em geral, principalmente no tema de defesa. Lançar a ideia de que se comprou o ACJ para poder voar para Paris e depois descobriram que não dava é uma ofensa à FAB. Minimamente tinham que ir conversar com quem participou do processo.
Quanto ao 767, a FAB não comprou, nem tem projeto de comprar. Ela fez um leasing da célula. O que é infinitamente mais barato do que realizar um programa novo ou comprar.
E já tendo visto os gastos de uma comitiva presidencial, nao duvido que a operação do 767 vá se provar bem mais barata mesmo. Olhando pelo retrovisor as coisas são sempre fáceis de decidir e criticar.
Agora… a questão neste momento é por que não estudamos se vale a pena passar o ACJ para frente, por exemplo. Pois, aí sim, para as viagens por aqui pelo BR e vizinhos do Sul os ERJ dão conta do recado.
Eu sugiro que você,Luciano Andrade faça uma pesquisa na internet, e me mostre provas do que você esta falando,eu não estou aqui defendendo o Lula, eu apenas estou levando a VERDADE aos nossos colegas,como eu disse antes a matéria em questão falta com a verdade e induz ao erro !
Independentemente os KCX não tinham autonomia, nem capacidade para fazer voos na Europa e proibidos na maioria das aeroportos. O AIR BUS não foi uma pior compra, pois qual o problema fazer duas escalas até a Asia? Pagar pais combustível para não fazer escalas? Esta aeronave o BOEING 767 deveria servir para uso exclusivo e operacional da FAB, mas nossas forças agora servem governos e não mais a defesa do Estado. Mais uma aeronave VIP na força. Pronto falei!
A compra foi iniciada e concluída no governo do PT. FHC não comprou nem os caças do FX-1 quanto mais avião que ele nem iria usar.
Essa reportagem da Folha de São Paulo falta com a verdade e induz ao erro !
E alguns aqui ou tem memória curta ou não sabem oque dizem, o Airbus ACJ-319 apelidado de Aerolula foi encomendando pelo governo FHC,quando Lula assumiu a presidência a compra da aeronave já estava em andamento, restando ao governo Lula pagar a aeronave,portanto ao contrário do que alguns dizem, não foi Lula quem iniciou a compra da aeronave e muito menos quem escolheu o modelo do avião !
Se houve um erro na compra dessa aeronave ele foi cometido no governo FHC !
Deveriam dar prosseguimento ao programa KCX, vencido por Israel.
Quem comprou o ACJ foi o presidente em exercício na época,não a FAB, esta só opera…Porque? Mistério….adquirir algo que não serve 100% das necessidades…
O que me deixa mais indiginado e que cancelaram o kcx, pois a locacao desse 767 provou por ABC que temos demanda enorme por umas 4 aeronaves multifuncionais dessas
Engraçado como são as coisas, porque então a FAB comprou o ACJ? se os dois Embraer 190 já dariam conta de voos regionais….. Realmente em todos os órgãos da união o dinheiro do cidadão Brasileiro é rasgado.
ótima reportagem. Esta ai o gatar mal, se tivesse comprado 767 estava bem servido, já que tem 2 Embraer 190. Na época o molusco estava enamorado com a França , parceira …