Por Guilherme Wiltgen
Com o surgimento da nova Aviação Naval, na década de 50, seria necessário criar um curso para a formação de Aviadores Navais, para que pilotassem as aeronaves que seriam adquiridas.
Assim, a Marinha criou, em 27 de maio de 1955, o Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval (CIAAN), que iria formar nossos Aviadores e também o pessoal para efetuar a manutenção das aeronaves.
Foi através do Aviso Nº 3327, de 03 de dezembro de 1954, que se criou a Especialidade de Observador Aéreo Naval (OAN), que teria suas instruções aprovadas pelo Aviso Nº 1720 de 27 de junho de 1955.
Em 1º de março de 1956, foi iniciado o primeiro curso de OAN, cujas aulas teóricas foram ministradas na Diretoria de Aeronáutica da Marinha, na Rua do Acre Nº 21, enquanto era preparado o CIAAN, no Km. 11 da Av. Brasil.
Após a conclusão da parte teórica, os oficiais alunos foram matriculados no Aeroclube do Brasil, onde iniciaram a instrução primária de pilotagem, que foi inicialmente ministrada nos CAP-4 Paulistinha, Piper PA-20, Fairchild PT-19 e outros aviões pertencentes a este aeroclube.
Em janeiro de 1957, o CIAAN era instalado no Km. 11 da Av. Brasil e já em fevereiro do mesmo ano, iniciava-se o primeiro curso regular de OAN nas novas instalações.
Em 1958, chegaram dois helicópteros Westland WS-52 Widgeon Mk-2, que foram imediatamente utilizados na instrução de voo dos oficiais já formados no curso de OAN.
Nos três anos seguintes, o CIAAN incorporou os Bell-Kawazaki 47G e Bell 47D, helicópteros mais adequados a instrução de voo que o Widgeon, ora empregado.
Em 1961, com a determinação do Presidente da República de suspender os voos de instrução nas proximidades do Galeão, o CIAAN foi obrigado a transferir-se para a cidade de São Pedro da Aldeia – RJ, onde estava sendo construída a Base Aérea Naval e suas futuras instalações.
Continuava a formação de novos pilotos de helicópteros, que foi uma fase difícil de se atravessar, tendo em vista a falta de instalações adequadas que ainda apresentava aquele local.
O CIAAN foi a primeira Unidade a se instalar na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA).
Com a criação do 1º Esquadrão de Helicópteros de Instrução e Adestramento (HI-1), em junho de 1962, determinou-se a transferência de todas as aeronaves do CIAAN para o novo Esquadrão, situação esta que permaneceu inalterada até 1971, quando coube ao CIAAN a missão de se dedicar, única e exclusivamente, à formação acadêmica dos alunos do Curso de Aperfeiçoamento de Aviação para Oficiais (CAAVO) e o treinamento dos especialistas em aviação.
Subordinado ao Comando da Força Aeronaval, o CIAAN tem por missão capacitar Oficiais e Praças da MB para o desempenho das atividades relacionadas com a operação e manutenção de aeronaves a bordo e em terra, através de cursos e treinamentos previstos no Sistema de Ensino Naval e do intercâmbio com diversas entidades técnicas e de ensino, mantendo-se atualizado nas áreas julgadas de interesse da Marinha do Brasil.
Para cumprir as tarefas que lhe são afetas, o CIAAN dispõe de:
- Instalações equipadas com modernos acessórios de ensino;
- Biblioteca;
- Unidade de Treinamento de Escape de Aeronave Submersa (UTEPAS), com piscina de 25×12, 5x5m;
- Simuladores de Voo de Aeronaves de Asa Rotativa e Fixa;
- Área para treinamento de sobrevivência em terra;
- Pátio de treinamento de combate a incêndio;
- Módulo de manobra de aeronave a bordo de navio;
- Laboratório de Eletrônica e.
- Oficina de Estrutura.
De acordo com a Portaria nº 456/MB do Comandante da Marinha, de 21 de dezembro de 2009, este Centro de Instrução teve seu nome alterado para Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval Almirante José Maria do Amaral Oliveira.
Seu atual Comandante é o Capitão-de-Mar-e-Guerra Renato Gomes Ferreira.
Na minha modesta opinião de leigo acredito que deveria haver uma escola única para formação de pilotos de asas rotativas e asa fixa para as três forças… essa descentralização gera um custo mais alto além de que com uma escola única a experiência seria bem mais ampla tanto para os formandos quanto para os treinadores.
Bela matéria, valeu Guilherme.