Por Alexandre Gonzaga
Foi inaugurada na manhã desta segunda-feira (17), em Brasília, as infraestruturas terrestres do Centro de Operações Espaciais Principal (COPE-P). Construído na Ala 1 da Força Aérea Brasileira, o COPE-P vai controlar o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).
Presente ao evento, o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, destacou que com o SGDC foi inaugurada uma frota de satélites geoestacionário e comunicações do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais, o Pese. “Essas novas instalações foram projetadas para atender a magnitude do Pese. O programa, fruto de parceria entre os Ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), com o lançamento do SGDC-1, mais que dobrou a capacidade ofertada em Banda-X”, afirmou Silva e Luna.
O COPE-P servirá para operar e monitorar o SGDC no uso estratégico militar da banda X e da banda Ka dentro do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) para todo o território brasileiro.
O presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, participaram também da cerimônia, além de representantes do Ministério da Defesa, das Forças Armadas e da Telebras, empresa responsável pelo PNBL.
Em seu discurso, Temer enfatizou a importância da ciência e da tecnologia. “Nós estamos modernizando o País, hoje eu fixo, em definitivo, a ideia de que o nosso País já está no século XXI, saiu do século XX, foi para o XXI. Saiu do analógico e foi para o digital.”
O Centro, construído na Ala 1, em Brasília, atuará em coordenação com o Centro de Operações Espaciais Secundário (COPE-S) do Rio de Janeiro. Além dos Centros de Operações Espaciais, o SGDC possui cinco gateways. Trata-se de estações que fazem a interconexão entre o satélite e os clientes. São transmissoras do segmento terrestre do SGDC, assim como os COPEs de Brasília e do Rio de Janeiro. As outras estações estão instaladas em Florianópolis (SC), Campo Grande (MS) e Salvador (BA).
O SGDC, lançado em maio de 2017, é o primeiro satélite geoestacionário de propriedade do governo brasileiro. Fruto de parceria entre o MCTIC e o MD, o SGDC recebeu R$ 3 bilhões em investimentos. Adquirido pela Telebras, conta com uma banda Ka, utilizada para as comunicações estratégicas do governo e a ampliação do acesso à banda larga em todo o país, além de uma banda X, que corresponde a 30% da capacidade do equipamento, de uso exclusivo das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica).
Fotos Alexandre Manfrim/MD