O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado em Parnamirim (RN), sediou a segunda fase da Operação ASTROS 2020/2016, no período de 25 a 28 de abril. A operação está prevista no cronograma de desenvolvimento de sistemas e equipamentos em desenvolvimento da empresa brasileira AVIBRAS, dentro do Projeto Estratégico do Exército Brasileiro ASTROS 2020 (PEE ASTROS 2020).
O Centro Tecnológico do Exército Brasileiro (CTEX), responsável por buscar o domínio e o desenvolvimento de tecnologias de interesse da Defesa Nacional, acompanhou os ensaios e testes que permitem avaliar elevação de performance e desempenho do conjunto de equipamentos e sistemas que compõem os produtos de defesa sob execução da empresa contratada AVIBRAS. “O apoio e a capacidade operacional do CLBI são fatores importantes para que a empresa integradora do projeto possa, com segurança, dar prosseguimento às pesquisas e ao desenvolvimento tecnológico que possibilitará à Força Terrestre contribuir com a dissuasão extrarregional para a defesa do Brasil”, declarou o Gerente do Projeto Estratégico pelo Exército Brasileiro, General de Brigada José Júlio Dias Barreto.
Essa fase da operação contou com a participação da Marinha do Brasil, por meio do 3° Distrito Naval, que levou os Navios Patrulha Goiana e Graúna, além do Rebocador de Alto Mar Triunfo, lotados na Base Naval de Natal. Eles auxiliaram na vigilância e remoção das embarcações nas proximidades dos possíveis impactos dos artefatos lançados, o que promoveu um desempenho diferenciado na cadência de lançamentos.
De acordo com o Vice-Presidente da AVIBRAS, Flávio Cunha, o CLBI é o cenário ideal para o exercício das equipagens do PEE ASTROS 2020. “O incondicional profissionalismo, amparado pela capacidade técnica dos servidores do CLBI, aliado às condições de segurança, facilidade logística e disponibilidade de meios operacionais são elementos balizadores para o sucesso da parceria bem como das operações”, avaliou.
A primeira fase foi realizada no período de 22 a 26 de fevereiro e há a previsão de mais duas fases ainda este ano. O Diretor do CLBI, Coronel Aviador Paulo Junzo Hirasawa, destacou a importância da parceria com a AVIBRAS. “Inserida no calendário operacional do CLBI, a Operação ASTROS 2020, que se encontra na décima terceira fase e com planejamento de operações até, no mínimo, dezembro de 2018, faz com que a cadência de atividades operacionais se torne mais elevada, proporcionando uma contínua e adequada capacitação de recursos humanos e materiais para campanhas de veículos espaciais, atividade-fim da unidade, pois são envolvidos todos os meios de preparação, lançamento e rastreio, similar a uma operação de lançamento de foguetes suborbitais”, afirmou.
AVIBRAS – Fundada em 1961 por um grupo de engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Avibras é uma empresa privada de engenharia, genuinamente brasileira, com mais de 50 anos de atuação. Detentora de know-how consagrado, a empresa desenvolve tecnologia trazendo soluções inovadoras para as áreas de Defesa e Civil.
A organização ocupa um lugar de destaque na história do setor aeroespacial, como uma das pioneiras no Brasil em construção de aeronaves, desenvolvimento e fabricação de veículos espaciais para fins civis e militares. Também se destaca no desenvolvimento e na industrialização de diferentes motores foguetes para a Marinha do Brasil e para a Força Aérea Brasileira (FAB); sistemas fixos ou móveis de C4ISTAR (Comando, Controle, Comunicação, Computação, Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvo e Reconhecimento) e Aeronave Remotamente Pilotada (ARP).
Concordo com você Topol.
Na parte de orientação do míssil poderia ser usado a tecnologia empregada na bomba SMKB que usa tanto o GPS como o Glonass caso o sinal do GPS seja negado. Se o Brasil desde o começo tivesse ampliado a cooperação com Denel não só com o A-DARTER com certeza já teria algumas tecnologias como por exemplo a de mísseis de lançamento vertical. Mais como você mencionou a falta de investimento é o problema.
Pois é mas pelo que tem saído na mídia parece que o Brasil não tem honrado os compromissos com a Denel na parceria do A-Darter. triste.
Na minha opinião,para a MB seria melhor o Cabure 300 da turbomachine por ser menor e mais leve e com o mesmo alcance de 300 km. Eu considero o Cabure 300 o nosso Club made in Brasil por ter características e potencial para várias versões e alcances maiores como o Club russo com versões anti-navio,ataque terrestre e naval.
Um exemplo de como poderia ser as versões do Cabure 300
1- Cabure 300 A ataque terrestre para exportação.
2- Cabure 300 B para defesa costeira para exportação.
3- Cabure 300 C anti-navio disparado de navios e de submarinos para exportação.
4- Cabure 2000 de lançamento vertical para ataque terrestre lançados de navios e submarinos com alcance entre 1.500 a 2.500 km de uso exclusivo da MB.
Que bom seria… infelizmente a coisa é muito mais complexa, primeiro porque o sistema de orientação do míssil Club envolve um refinado sistema INS com atualização por glonass e radar ativo na fase terminal e o Kalibr tem ainda correlação com imagem do alvo (captada por aviões ou satélites) DSMAC e radar altímetro para desviar de saliências do terreno… os russos tem o privilégio de ter sua própria rede de satélites e seu próprio sistema de orientação já nós teríamos que recorrer ao GPS americano e como só temos acesso ao código “CA” de uso geral com CEP maior do que os giroscópios eletrônicos atuais INS… então não seria de muita serventia para guiar uma arma stand-off… o código “P” de precisão somente é de uso do Pentágono e de seus maiores aliados quando os convém.
A tecnologia DSMAC então nem se fala, o Brasil não possui este conhecimento técnico e ninguém repassa esse tipo de tecnologia sensível.
Além das dificuldades com relação ao sistema de guiagem e orientação há outros fatores que distanciam muito o nosso “virtual” Matador do míssil russo…o Club tem o diferencial que é a capacidade de sprint final supersônico acionando um motor foguete e ejetando o turbojato de cruzeiro. São 3 estágios de propulsão, booster acelerador, turbojato de cruzeiro e foguete supersônico para impactar o alvo. Não há paralelos para esse artefato.
Uma versão lançada por tubos de torpedos seria outra peleja sem precedentes para nossa indústria pois criar o mecanismo de encapsulamento e ejeção do míssil envolveria aí outros 15 anos de pesquisa e desenvolvimento, isso se houvesse investimento, coisa que não há.
Enfim, que bom seria se realmente pudéssemos criar todos essas variantes mas a coisa não funciona no Brasil, se conseguirmos refinar a pontaria do matador aí já será um feito e tanto… pois o que se divulga é que ele usa INS com correção por GPS, mas sem o código “P” do GPS ele vira um foguetão de cruzeiro… não vai ter aquela precisão.
Espera-se outro projeto baseado no modelo Astros 2020 na defesa anti aérea de médio alcance junto com a Avibras.
Show ! Alguém se a MB tem intenção em criar uma versão naval deste míssil , lançado de navios e submarinos ?
Com certeza tanto a MB, quanto a FAB, têm algum interesse neste míssil. A MB, com certeza espera operá-los dos novos navios e submarinos, só não acredito que a FAB possa operar dos vetores atuais e/ou futuros. Nem Gripen (pequeno demais) e nem P-3AM (sem muito tempo de vida útil pela frente) irão operá-los. É o que penso (mas claro, posso está redondamente enganado).
Até mais!!!
Disparo do AV-MT 300 na sua nova configuração de asas retrateis. Espero que o EB disponibilizem o vídeo do disparo em breve.