Por Guilherme Wiltgen e Luiz Padilha
Durante a ADEREX-Aeronaval 2022, uma equipe da Divisão de Pesquisa Operacional do Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV), embarcou no Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, para conduzir a campanha de validação de Envelope de Vento (EV).
O objetivo da campanha era indicar quais são os limites de vento relativo que poderão ser usados em diferentes condições para permitir as operações aéreas com segurança das aeronave AH-11B WildLynx, UH-12 Esquilo e IH-6B Bell 206B, limitando os rumos e velocidades da plataforma para lançamento e recolhimento das aeronaves.
O objetivo é contribuir para um aumento da segurança de voo e ampliar os envelopes de tal forma que as operações aéreas embarcadas afetem o mínimo possível na operação do navio. Nesses estudos de engenharia aeronáutica, os pousos e decolagens são consideradas as fases mais críticas do voo de uma aeronave, já que estão sendo realizados a bordo de um navio no mar, tornando-se ainda mais críticos face das dimensões restritas dos convoos e dos movimentos de balanço e caturro do navio.
Os ensaios foram efetuados com mais de 100 pousos e decolagens das três aeronaves durante todo o período da operação. A partir da coleta e análise dessa massa de dados, será obtida a validação, consolidada em relatório técnico dos respectivos EV.
Os testes realizados permitirão definir os envelopes para cada um dos tipos de aeronaves a bordo do NAM “Atlântico”. Com isso, espera-se aprimorar a segurança, além de dar maior flexibilidade operacional ao permitir a definição de envelopes mais amplos, permitindo o lançamento e recolhimento de aeronaves com o menor impacto no rumo e velocidade do navio.
Deste modo o CASNAV, que é Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT) subordinada ao Centro Tecnológico da Marinha no Rio de Janeiro (CTMRJ), contribui para aumentar a flexibilização da Esquadra na sua missão de proteger a Amazônia Azul.
NOTA do EDITOR: Com informações do CASNAV