Demanda apresentada por Pezão, na avaliação dos militares, é de “substituição completa” do policiamento, preventivamente, com pedido de emprego de tropas em diversos pontos da cidade.
Por Tânia Monteiro
BRASÍLIA – A decisão do presidente Michel Temer de autorizar o emprego das Forças Armadas nos Estados, como a anunciada nesta segunda-feira, 13, atendendo a pedido do governador Luiz Fernando Pezão, está trazendo grande insatisfação e preocupação entre os militares.
No caso do Rio, segundo fontes consultadas pelo Estado, há o agravante de ter sido feito de forma indiscriminada e genérica, citando a necessidade das tropas federais por causa da proximidade com o carnaval e por conta da possibilidade de contaminação da Polícia Militar do Estado, em decorrência do motim no Espírito Santo. A preocupação é com o “uso político” que está sendo feito das tropas federais.
A demanda apresentada pelo governador, na avaliação dos militares, é de “substituição completa” do policiamento, preventivamente, com pedido de emprego de tropas em inúmeros e diversos pontos da cidade, que vão, por exemplo, desde Campo Grande e o Trevo das Margaridas, na zona norte, até as praias na zona sul.
Com este tipo de pleito, a avaliação inicial era de que seria necessário convocar ao menos 22 mil homens das Forças Armadas que trabalharam na segurança dos Jogos Olímpicos, caracterizando uma real substituição da Polícia Militar pelas tropas federais, o que não consideram constitucionalmente correto. Pela legislação, as tropas federais entram quando o Estado considera que não tem mais meios legais de garantir a lei e a ordem e, neste caso, o pedido é preventivo.
No caso do Rio, as queixas também se referem à carga horária. Enquanto os PMs cumprem uma escala de 24 horas de trabalho, seguida de 72 horas de folga – ou seja, dos quatro dias do carnaval, eles trabalham apenas um – no caso dos militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, eles trabalham em uma escala de 24 horas, descansam sete horas, e voltam para um novo turno. Ou seja, os militares estão convencidos de que os governos do Rio e de outros Estados onde esta escala se repete, a exemplo do que aconteceu na Olimpíada e Copa do Mundo, usarão a força de trabalho federal poupando a sua.
Além disso, para a atuação agora no Rio e em outros pontos do País, não são repassados recursos para as Forças Armadas, que são obrigadas a usar verbas destinadas a outras finalidades e reservas de contingência, outra forte queixa dos militares.
O problema é que não é só o Rio de Janeiro que está na iminência de paralisação de sua Polícia Militar. Além do Espírito Santo, há possibilidade de enfrentamento de mobilização no Pará, no Rio Grande do Norte e Paraíba.
Apesar da queixa e da insatisfação, as tropas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica informaram que já estão previamente preparadas para atuarem no Rio de Janeiro e poderão auxiliar no policiamento já nas próximas horas.
FONTE: O Estado de São Paulo
Os militares eram pra estar nas fronteiras, não nos grandes centros urbanos. Isto é resultado de políticos incompetentes, de uma imprensa que, para não questionar gastos com paletó pra juiz, desembargador e promotor de justiça, dentre outros benefícios dos políticos safados de sempre, joga toda a culpa em quem menos tem, a polícia militar. Mas também culpa do alto oficialato, que não quer levar as tropas para aonde têm que ir, à fronteira, afinal, vão perder a teta de morar na praia?! Nem a pau, Juvenal!
Segurança Pública não existe com o nosso Judiciário , Direito dos Manos e nossas Leis ; o Rio de Janeiro era para estar recebendo uma quantidade de Turistas enorme 2,3,4X maior , mas a preferência são os Direitos a Bandidos ,acima do Cidadão !
Se o soldado do exército não gosta de descansar apenas sete horas, como seria em uma guerra?
Srs., vivemos uma situação de crise na segurança pública, por isso é preciso ter bom senso e planejamento. O que não pode é a população ficar à mercê de bandidos ou refém de maus governantes pelos motivos que conhecemos. Talvez uma solução para o Rio e outros estados que necessitem do apoio federal seja fazer policiamento ostensivo com os efetivos disponíveis das PMs e o Exército fazer policiamento preventivo, com contingentes menores e bem treinados em missões GLO, assessorados por um bom serviço de inteligência.
Olha Flávio, imagino que você seja militar e entendo o que você disse. Por outro lado, e como vivemos em uma democracia, o Alexandre tem todo o direito de questionar.
Ao comentário do Alexandre que falou que queremos uma previdência diferenciada vai estudar antes de fazer comentário infeliz.
As FFAA deveriam ser usadas, para substituição das PMs só em último caso, mas está acontecendo rotineiramente, tendo em vista a falência dos estados e da roubalheira institucionalizada que levaram a quebradeira nacional, não cabe aqui nem um comentário ideológico ou partidário, pois tenho certeza que os partidos políticos bem como, as instituições que deveriam manter a ordem nos estados faliram e alguém tem que se dar conta disso. As FFAA são o último baluarte de moralidade e ordem se queimarmos isso adeus a democracia e as ” Instituições de Estado” que mantém a ordem, portanto senhores é preciso reinventar as policias nos estados. é lógico dar um salário digno aos policiais, caso contrário será o caos.
Viva a Ré-publica não é mesmo?
E eis que na ânsia de destilarem a sua retórica atrasada, mofada e que vem sendo paulatinamente exterminada do continente latinoamericano os fâmulos do esquerdismo pueril e primitivo usam de invencionices. Talvez isso se deva ao fato de esses regimes fazerem grandes compras de armas sem qualquer sentido estratégico ou capacidade de custeio, como observamos na Venezuela onde os Su-30 possuem baixíssima disponibilidade para o vôo e quando decolam caem (ou são derrubados. Fala-se que um “pajarito” de asas trapezoidais estava pela área). E o que dizer do Brasil, onde o Programa do Submarino Nuclear encontra-se no radar da Lavajato especialmente pela participação da “empreiteira cúmpanhêra”?
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E ainda falando da Venezuela, não custa lembrar que as forças armadas locais são hoje em dia um dos maiores cartéis de drogas do mundo (cartel de los soles).
Falta homem no alto comando, fofoquinha é coisa de mulher.
Isso é só o começo! Reza a cartilha neoliberal que os Estados nacionais não precisam de forças armadas, podendo ser transformadas em polícia nacional, para combater ilícitos, tráfico de drogas, reprimir movimentos sociais e cuidar dos presídios. É o que muitos chamam de “front interno”. Caças modernos, submarinos nucleares e porta aviões? Nada disso é mais necessário. Viva ao neoliberalismo e a destruição do Estado Nacional!
Os militares querem uma previdência diferenciada sob a alegação de que são comprometidos e estão 24 h de prontidão, e então reclamam quando são chamados a responsabilidade, será que não perceberam a crise Rio?? será que não pensam que um Governo que não pagou nem o décimo terceiro da tropa estadual , não tem como garantir que essa mesma tropa esteja disponível?
Depois irão reclamar se forem incluídos na reforma da Previdência…
Se fu*… Ninguem mandou esses generais amestrados terem baixado a cabeça para presidentes incompetentes nas ultimas decadas. Quem vai pagar o pato ainda é o soldado.