O Esquadrão Gordo, da Força Aérea Brasileira (FAB), partiu do Rio de Janeiro, na segunda-feira (31/10), para mais uma missão na Antártica, em apoio ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), levando pesquisadores e realizando a troca do pessoal da Marinha do Brasil.
“Hoje (02/11) voamos para a Antártica se as condições meteorológicas permitirem”, prevê a Capitão Aviadora Joyce de Souza Conceição, que no dia 20 de outubro, realizou seu primeiro pouso como tripulante antártico, tornando-se a primeira piloto brasileira a pousar naquele continente.
A militar faz parte do quadro de tripulantes antártico há um ano e já havia realizado voos no local anteriormente, mas pousar é uma etapa mais avançada. “O pouso é uma evolução natural das missões e o sucesso dele é o resultado do bom trabalho e da total dedicação de cada militar envolvido”, explica a Capitão.
Segundo a piloto, a operação na Antártica requer o máximo de atenção e cuidado por parte de todos os membros da tripulação. “No momento da aproximação, o vento estava forte e a visibilidade era restrita, mas o alto grau de treinamento dos tripulantes permitiu que tudo fosse realizado em segurança, que é sempre o aspecto mais importante”, relata. Ela destaca que só são habilitados a operar na Antártica tripulantes a partir do quarto ano de permanência no Esquadrão Gordo e que tenham mais de 800 horas de missões na aeronave.
A missão na qual ela realizou seu primeiro pouso na Antártica foi um intercâmbio com a Força Aérea Chilena, visando a troca de experiências sobre a utilização daquela pista. O vento de intensidade superior a 30 nós (55km/h), a pista coberta de neve e com apenas 1292 metros de comprimento, normalmente avistada apenas na altitude mínima de descida, devido ao baixo teto e visibilidade, são características comuns à região.
Apoio – Desde 1983, ano de criação da Base Antártica Comandante Ferraz, no Polo Sul, o Esquadrão Gordo realiza, dez vezes ao ano, missões de apoio aerologístico aos militares e pesquisadores brasileiros do PROANTAR. O projeto é responsável pelo desenvolvimento de pesquisas que buscam ampliar o conhecimento sobre os fenômenos naturais que ali ocorrem, bem como seu reflexo sobre o território brasileiro. “Sabemos da importância científica e geopolítica da manutenção de nossa estação de pesquisa no continente gelado. É uma grande responsabilidade e honra ser mais uma pessoa que faz parte dessa missão. Especialmente como parte do único esquadrão da FAB que ali opera há mais de 30 anos”, comemora a Capitão Joyce.
Só corrigindo, Antártida e não Antártica
Aproveitando o gancho, como está, ou ficou, a situação do C-130 da FAB acidentado na Antártida? Ficou por lá, fizeram reparos emergenciais e voltou voando ou foi desmontado?
Uma curiosidade Padilha, o Hércules sempre auxiliou com excelência a missão brasileira na Antártica, acha que o KC-390 quando entrar em operação prestará os serviços da mesma forma ?
Afirmativo