O Ministério da Defesa alemão assinou em 30 de junho, uma carta de oferta e aceitação de cinco aeronaves Boeing P-8A Poseidon via FMS. Com este pedido, a Alemanha passa a ser o oitavo cliente da aeronave multimissão de vigilância marítima, juntando-se aos Estados Unidos, Austrália, Índia, Reino Unido, Noruega, Coreia e Nova Zelândia.
“A Boeing tem a honra de fornecer à Alemanha a aeronave de vigilância marítima mais capaz do mundo”, disse Michael Hostetter, vice-presidente de da Boeing Defense na Alemanha. “Continuaremos trabalhando com os governos dos EUA e da Alemanha, bem como com a indústria para estabelecer um pacote robusto de apoio que garantirá que a frota P-8A da Marinha alemã esteja pronta para a missão”.
O P-8A Poseidon oferece capacidade única e é a única aeronave em serviço e em produção que atende a todos os desafios marítimos enfrentados pelas nações europeias.
Presente em todo o mundo, e com mais de 130 aeronaves em serviço e mais de 300.000 horas de voo, o P-8A é vital para operações de inteligência, vigilância, reconhecimento, guerra antissubmarino e operações de busca e resgate.
Sempre achei a ideia da França e Alemanha de transformar o A320 em patrulha e caça maritima muito irreal. Agora a frança ficou só.
Tem um monte de gente no Brasil que afirma ser o P-3 ideal para patrulha marítima principalmente pelo fato de voar mais lento e próximo à superfície.
Sem querer desmerecer as qualidades do P-3, que a longas décadas vem prestando bons serviços a várias marinhas, mas todas as marinhas que tem recursos para tal, estão o substituindo por jatos.
Portanto deve haver aí diversas vantagens operacionais para optarem por jatos e não por novas plataformas baseadas em turboélices.
No Brasil o que se demonstra é que os P-3 provavelmente serão usados por mais 15, 20 anos. Até lá a Embraer já terá seu novo projeto de turboélice comercial voando a tempos.
Quem sabe se a FAB não quiser substituir os P-3 por E-2 este turboélice pode ser uma boa opção.
O P-3 foi indubitavelmente um grande patrulheiro marítimo mas seu tempo está passando não apenas pelo fim da produção do aparelho como também pela dificuldade cada vez maior em mantê-los operacionais.
Quanto à EMBRAER a grande questão de desenvolver uma variante MPA do E2 seria a baixa escala do mesmo pois ainda que a FAB o adquira fica muito complicado competir com o P-8 no mercado internacional, que tem a seu favor o FMS e o gigantesco peso geopolítico dos EUA. Grosso modo veríamos o filme do KC-390 se repetir
A questão de baixa escala de produção e competição contra o P-8 não é algo a ser considerado neste caso porque não se trata da Embraer desenvolver um produto para disputar mercado mas unicamente de converter uma plataforma já existente em seu portfólio para uso da FAB na função e quantidade requerida, da mesma forma que o Paquistão irá converter seus Lineage 1000.
A FAB compra os E-2 e contrata a conversão, que pode ser feita prioritariamente pela Embraer, mas também pela SAAB, IAI, etc, da mesma forma que ocorreu com o E-99 e R-99.
Eu não conheço os detalhes da conversão do jato Lineage 1000 pelo Paquistão mas desconfio, embora possa estar errado, que o resultado final será uma aeronave de vigilância marítima e apenas isso! uma aeronave MPA derivada de uma aeronave comercial difere substancialmente da que lhe deu origem. O P-8A é muito diferente dos 737-800 que até recentemente eram fabricados e o P-3 tinha alterações importantes em relação ao L-188 Electra. E os R-99 e E-99 eram aeronaves modificadas na linha de produção para exercerem seu papel
Show! Desse jeito, quando a FAB for comprar os seus daqui a 40 anos (como fez com os P-3), terá mais opções de escolha…
E o E2 está aí…
Meu sonho ver um E2 de patrulha naval, quem sabe um dia né? Abraços Wiltgen!
Somos 2!
Abs,
Mais um, somos 3!
👍🏻🇧🇷