Por Marta Sfredo
Foi feita nesta quarta-feira, em Porto Alegre, a primeira entrega da AEL Sistemas à sueca Saab, que vai fornecer 36 çaças à Aeronáutica a partir de 2017. Liderados por Göran Almquist, diretor do projeto Gripen Brasil na Saab, os suecos vieram receber o protótipo inicial de dois equipamentos, a tela única que diferencia o modelo e o visor com dados de voo – no jargão da empresa, o WAD e o HUD. Presidente da AEL, Sérgio Horta ressaltou o cumprimento rigoroso do cronograma:
– Houve temor de que a AEL causasse atraso no programa, mas estamos demonstrando competência e compromisso.
A entrega é importante porque permite à Saab avançar no desenvolvimento dos aplicativos.
– É como se a gente fizesse o Windows e a Saab, o Office – comparou Horta.
A transferência e o desenvolvimento de tecnologia no Brasil foi o diferencial que fez o governo brasileiro escolher a Saab. Mas não faltou suspense.
O contrato de financiamento dos caças foi assinado na semana passada, depois de o juro passar pela tesoura de Joaquim Levy. Cerca de 40 dos 280 profissionais da AEL, que faturou R$ 250 milhões em 2014, trabalham no projeto.
Ontem, mostravam aos “colegas” suecos como vai funcionar o sistema (foto). Em um ano, a AEL entrega o segundo protótipo e deve finalizar a produção até julho de 2017. Também vai fornecer um capacete equipado com visor.
FONTE: Zero Hora
Criaram uma telinha para somente 36 aeronaves.
Gastaram uma grana para produzir 36 telas de LCD.Já imaginaram o custo de cada uma delas?
Na a Suécia não precisa desta tela, a FAB muito menos.
É desperdício de dinheiro.
Zorann,
Se o Brasil adquirir a tecnologia de fabricação desta tela, será ótimo. Estabelece um contrato com alguma empresa nacional e cede a licença de fabricação, se assim for possível, e sob determinadas restrições e condições comerciais. Mas vai depender do que foi tratado. Vai depender das licenças adquiridas.
Você deve saber, só em relação a esta tela, a quantidade de produtos que podem ser explorados comercialmente. É a tal história que a indústria de defesa pode alavancar o desenvolvimento tecnológico de uma país devido a dualidade do emprego de muitos equipamentos e sistemas. Mas precisa tomar cuidado com os oportunismos e os desvios de propósitos.
Ola Paulo Moraes!
A gente não vai vender isto a ninguém. Nem licenciado.
Nós não somos competitivos, não investimos em pesquisa. Estamos apenas recebendo tecnologia e fazendo um produto, que quem nos está repassando tecnologia,só não faz porque não quer.
Isto aí é conto da carochinha.
Não há nada de novo nisto aí. Quem não tem a telona, não tem porque não acha necessário.
Fora que é muito estranho o produto já estar sendo entregue poucos dias após a assinatura de contrato. Isto aí já estava pronto. Foi repassado por alguém.
Fico admirado de ver pessoas que realmente acreditam que há algo de novo na telona e que estamos fazendo um grande progresso.
Gastasse dinheiro com o desenvolvimento do míssel de cruzeiro, ou com o MAR-1, ou comprando alguns Meteor. É uma falta de prioridade sem tamanho. Deixaram de comprar o Meteor para fazer telinha.
Pelo amor de Deus!!
Uma pergunta de leigo: Que informações terão a tela menor abaixo da tela LCD(localizada na posição central e de frente para a alavanca)?
Amigos,
Ao se desenvolver um produto novo, a propriedade intelectual (propriedade industrial), em princípio, é de quem paga pela atividade.
Diferentemente da área artística, o direito autoral (atividade pessoal e criativa) é praticamente desconsiderado, a não ser que exista uma patente que registre quem concebeu a solução.
Há situações híbridas, onde o custeio foi compartilhado por vários investidores. Nesse caso, uma solução é compartilhar, na mesma proporção, a propriedade e os direitos de comercialização dos resultados.
Esse compartilhamento pode ocorrer desde o início do projeto, quando os parceiros assumem sua parte do risco. Em alguns casos, novos parceiros entram para desenvolver adicionalmente um projeto já existente. Os direitos, nesse caso, são negociados.
Transferência de tecnologia é transferência ou compartilhamento de conhecimento teórico, prático ou de processos. O normal é que esse conhecimento possa ser utilizado em outros projetos, desde que esses não venham competir com o produto original.
Se o conhecimento veio associado diretamente a um produto, é possível produzi-lo, desde que haja autorização. Essa produção sob licença pode ser onerosa (pagando royalties ao proprietário) ou não.
Se quiserem discutir ulteriormente, corrigir o que eu citei ou aprofundar o assunto, estou disponível.
Abraços,
Justin
Justin,
É isso mesmo. Considerando também o seu exposto, podem existir várias interpretações e viés num contrato como este, fora os termos sigilosos.
Entretanto, como não foi divulgado o conteúdo do contrato, como saberemos? Como iremos analisar fidedignamente?
Prezados… em primeiro lugar agradeço ao sr. Justin pelo esclarecimento genérico dado ao tema e penso, sim, que pode ser ampliado. Por segundo, dizer ao sr. Paulo Moraes que comundo com as suas preocupações sobre não só este contrato de transferência de tecnologia mas, no geral, todos os outros que estão sendo tratados com esta ênfase. Assim sendo, reitero minha solicitação de que se traga algum experto da área governamental com matéria específica sobre o assunto.
Um abraço e muito obrigado!!!!!!!
Neste sentido, conclamo aos operadores do site que realizem um debate, ou algo que julguem apropriado, para que se possa estabelecer a real diferença entre transferência de tecnologia e propriedade intelectual.
Em dado momento fico em dúvidas se há desinformação ou são mau formadores
Prezado José Carlos,
No meu caso, é falta de informação, pois até agora não vi o referido contrato e todas as devidas cláusulas inerentes às transferências e cooperação. Você tem alguma informação oficial?
“Vale o que está escrito, pois palavras o vento leva”.
Temos que acompanhar mesmo, pois isso é uma das formas de inibir as possíveis seduções aos vícios.
É muita desinformação e pessimismo de alguns, mas para desespero destes tá tudo indo muito bem, apesar dos problemas financeiros.
Gente é como comprar uma casa um arquiteto faz o projeto básico, os engenheiros os complementares no final você fica com as plantas. Bem apesar dos projetos temos que saber fazer e muitos profissionais estão indo fazer intercambio. Simples assim! Esta é a exigência salvo o que não está no escopo como turbinas e outras cositas.
Prezado Leonardo,
O meu imenso desejo e cobrança é que seja simples assim também, inclusive cumprindo tudo o que foi dito.
Verdade ate porque o dinheiro pago para esta transferencia de tecnologia é do povo Brasileiro e seria uma baita trairagem depois de pagarmos, todo o conhecimento ir embora para outro pais pelo simples fato de os proficiomais que receberam o conhecimento tambem receberem propostas de melhores salarios.
Interessante, pois um desenvolvimento de tais sistemas e sua validação mesmo antes de sua integração ao produto final, no caso o protótipo do Gripen NG leva muito mais tempo do que parece ter decorrido do anúncio de tais sistema e agora sua entrega. Gostaria que ficasse claro quanto deste sistemas HUD e WAD e o futuro HMD foram desenvolvidos aqui e quanto é produto de prateleira importado de Israel. Ai mora um caminhão de questões que poderia serem levantadas, esclarecidas. Não acredito que o mesmo sistema no F-35 teve este sucesso em tempo e desenvolvimento demonstrado hoje pelo AEL. Muito estranho, para dizer o mínimo. Como o ministério da defesa não esta compentência e muito menos o BNDES, pode estar havendo um enganoso processo de contonar o que realmente desejamos que é o famoso desenvolvimento de competência nestes sistemas. Me parece tudo muito definido e já desenvolvido vendido como algo a ser desenvolvido e entregue por uma empresa nacional. Olho nisso ai Ministério Público.
Excelente notícia!!!
Muito bem.
Foi feita transferência de tecnologia, desenvolvimento e agora irá para teste e depois produção. Já houve algum pagamento. Haverá tantos outros. Tudo lindo e maravilhoso.
Perguntas para não se calar:
Com quem vai ficar a receita do “bolo”?
Com quem vai ficar o roteiro dos materiais e “enfeites”?
Quem foram os mestres “Cuca” formados?
Estes mestres vão ensinar o que aprenderam ou vão lucrar sozinhos, levando os conhecimentos para o “caixão”?
Na hora de lucrar são empresas privadas. Ok, tudo certo. Mas na hora de receberem enriquecimentos tecnológicos são instituições de caridade?
Entre todos que estão tomando conta das “ovelhas” existe algum “lobo” ou todos são “cães pastores”? Conferiram minuciosamente?
Da Aeronáutica e COPAC, não tenho a me opor nada, já vou adiantando.
Esse enriquecimento tecnológico tem que ser principalmente patrimônio nacional, e para todo o Brasil.
O enriquecimento tecnológico “não tem quer ser“ ele é patrimônio do povo brasileiro,qualquer apropriação indevida desse conhecimento ,constitui roubo !