Após uma série de convênios sobre intercâmbio de produtos e de informações, os dois países almejam o desenvolvimento de um projeto binacional
Por Andréa Barretto
No dia 4 de abril, durante a feira internacional de defesa e segurança LAAD Defence & Security 2017, foi anunciado um convênio entre as empresas brasileiras Embraer Defesa e Segurança e a norte-americana Rockwell Collins. Atuantes no setor aeroespacial, as companhias preveem a incorporação de produtos de uma ao portfólio da outra, de forma mútua.
“Haverá produtos que poderão potencialmente ser produzidos pela Rockwell Collins e que integraremos com nossas soluções, e tem produtos da Bradar e Savis que poderão ser produzidos com soluções da Rockwell Collins”, afirmou Jackson Schneider, presidente da Embraer e diretor das companhias Bradar e Savis.
O intercâmbio entre as duas companhias acontece há cerca de 50 anos, “mas agora damos um passo adiante nessa parceria”, reforçou Schneider, que citou como caso recente o avião KC-390, uma das últimas aquisições da Força Aérea Brasileira. Fabricado pela Embraer, o avião usa um sistema aviônico criado pela Rockwell Collins.
O comunicado foi feito no Rio de Janeiro, com a presença do Colin Mahoney, vice-presidente da Rockwell Collins; Peter Michael McKinley, embaixador dos Estados Unidos em Brasil, e do Flávio Augusto Basílio, Secretario de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa brasileiro.
“Esse acordo é um símbolo da importância da relação entre Estados Unidos e Brasil no contexto da defesa. Os dois países já são parceiros há muito tempo e estamos trabalhando ativamente para ampliar e reforçar essa relação”, afirmou o embaixador McKinley.
No dia anterior à assinatura do convênio, representantes dos governos dos dois países já tinham sentado juntos no II Diálogo das Indústrias de Defesa, com o objetivo de dar continuidade a uma série de conversas sobre cooperação na área de produção de materiais de defesa. “O Brasil decidiu ter os Estados Unidos como parceiro estratégico. Temos conversado sobre a possibilidade de desenvolvimento de um projeto binacional”, disse o secretário Basílio, afirmando ainda que “o acordo entre Bradar e Savis e a Rockwell Collins é um exemplo concreto dessa ação”.
Para ele, “o mais importante é que não é uma colaboração assimétrica. São duas grandes empresas e nesse caso o Brasil ganha e os Estados Unidos ganham. Isso vai abrir a possibilidade de desenvolvimento conjunto de produtos e de exploração de terceiros mercados”.
Marco na relação
O ano de 2017 tem sido marcante na relação entre os setores de defesa brasileiro e norte-americano. Após 10 anos de intercâmbio de ideias, o Ministério da Defesa do Brasil e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos assinaram o Acordo Mestre de Troca de Informações (MIEA, por sua sigla em inglês), no dia 22 de março.
O documento prevê a cooperação bilateral para desenvolvimento de projetos tecnológicos na área da defesa. “Nosso nível de diálogo com os Estados Unidos vai agora para outro patamar. Sem esse acordo não conseguiríamos ter colaboração nas áreas de defesa, ciência e tecnologia”, contou o secretário Basílio.
O desentrave na importação de produtos norte-americanos para projetos estratégicos das Forças Armadas brasileiras é uma das facilidades proporcionadas a partir do convênio. Nesse bojo também se insere a discussão sobre certificação mútua, que possibilitará que produtos certificados por laboratórios brasileiros sejam reconhecidos por laboratórios norte-americanos, sendo integrados por esse mercado sem precisar de dois processos de certificação. “Esse tipo de acordo permite uma relação mais fluida e gera benefícios para as duas economias”, ressaltou Basílio.
Histórico de diálogos
O MIEA assinado recentemente efetiva dois documentos fechados anteriormente entre Brasil e Estados Unidos: o Acordo Bilateral sobre Cooperação em Matéria de Defesa (DCA, por sua sigla em inglês) e o Acordo de Proteção de Informações Militares Sigilosas (GSOMIA, por sua sigla em inglês). Ambos foram promulgados em junho de 2015, depois de terem passado cinco anos no Congresso Nacional brasileiro, aguardando apreciação pelos deputados e senadores.
O DCA trata do fortalecimento e da aproximação do Brasil e dos Estados Unidos no campo da defesa, com especial atenção aos setores de tecnologia, sistemas e equipamentos, aquisição de material, intercâmbio de informações e experiências, exercícios e treinamentos conjuntos. Já o GSOMIA é responsável por criar bases jurídicas favoráveis a iniciativas de intercâmbio nas áreas de ciência e tecnologia, comunicações e logística. Tendo em conta o sigilo e a proteção das informações militares, o objetivo desse convênio é impulsionar contratos comerciais e industriais.
Próximos passos
A conversa entre os dois países continua. “Temos mais dois acordos sendo discutidos, um relacionado ao intercâmbio de engenheiros, para que profissionais brasileiros possam ir para os EUA e os norte-americanos possam vir para cá, e outro na área de desenvolvimento, pesquisa e tecnologia”, disse o secretário Basílio. “Quando esse terceiro acordo for alcançado, poderemos chegar ao nosso objetivo que é desenvolver um produto binacional”, afirmou.
O Ministério da Defesa brasileiro tem encontro agendado com o Departamento de Defesa norte-americano em outubro, em Washington.
FONTE: Diálogo Américas
Gilberto, melhor o meu comentario coxinha do q seu pensamento juvenil e inutil de mortadela ….arghhhh Brasil, pais de tolos
Como discutir com o gato torcedor indiano sulista e dono da verdade que sistematicamente “acoita” e subservientemente defende o indefensável? Negar a projeção e poder dos EUA sobre a cultura ocidental é quase que patético, defender uma política que quer superar quem esta anos luz a nossa frente e sem condições de igualar o patamar de desenvolvimento, só pode ser ato de um elemento débil mental ou hipócrita…Os EUA não irão, certamente, dividir sua tecnologia pelos belos olhos dos brasileiros, assim como, qualquer outra nação com um mínimo de bom senso, como nós. Agora é preferivel participar e por “osmose” captar a tecnologia que possamos compartilhar e tentar desenvolver, do que por falácia doutrinária, defender a todo custo, párias e banditismo travestido de força política. Também acho que certo comentarista oportunista em vários blogs, também não merecem qualquer tipo de abertura, mas a distensão das idéias, sim.
O único projeto que os norte americanos tem a oferecer é o “projeto caracu”, onde eles entram com a cara e os brasileiros com o resto. Foi o padre Bartolomeu de Gusmão a ascender ao céu em um balão. Foi Santos Dumont que inventou a aero navegabilidade e foi ele também quem inventou o avião. Eles mentem, matam, roubam.
Olá senhores! Este acordo, assim como qualquer outro e com qualquer país que seja, seria benéfico se os “índios” não se vendessem a troco de espelhinho. Não haverá melhoras neste país enquanto tivermos a mentalidade egoísta e corrupta que permeiam todos os âmbitos da nossa sociedade doente. Como já dizia um certo forista “as saúvas ganharam”. Me desculpem o desabafo.
“Ganhamos” uma siderúrgica por exemplo que foi fundamental ! Quanto à equipamentos de segunda mão não é culpa deles se não há grana para comprar equipamento de ponta e até parece que compramos equipamentos de segunda mão apena deles…a maioria na marinha por exemplo é de procedência britânica e ao invés de ser adquirido um “Mistral” novo da França ficou-se com
o “atual “Bahia”.
Há mais de cem anos puxamos o saco e fazemos TUDO o que os USA querem: Golpes, alinhamentos automáticos, envio de tropas, servilidade e submissão… O que ganhamos com isso no campo da defesa? A assinatura do tratado de não proliferação de armas nucleares, equipamentos de segunda mão, espionagem dos nossos segredos industriais e políticos, ditaduras, hambúrgueres, Madonna e Justin Timberlake… Quando vamos aprender que vira latas não tem prestígio? Por que nos ajudariam se já entregamos tudo de bandeja? O senhor fica no castelo e os servos vão lhe render homenagem. É assim que funciona!
Esses acordos serão como todos os 146 acordos anteriores… NADA! O Brasil só será respeitado quando for autônomo e independente, caso contrário, ficaremos como os deslumbrados acima… Como há cem anos!
Abriu seção ideológica. (Trocadilho)
Gilberto Resende tem toda razão, mesmo que as parcerias sejam vitais, todo e qualwuer negócio de defesa com os yanques pode ser cancelado a qualquer momento. A França indenizou a Rússia, mas com equipamentos americanos só podemos vender para wuem eles quiserem. Soberania zero. Não é uma questão ideológica e sim de inteligência. Faça a parceria, mas paralelamente comece a desenvolver similar nacional. Simples assim.
Celso, parceria com o KC-390 (projeto pronto) são as parcerias normais num projeto em que são relações comerciais existentes entre uma montadora de aviões com seus fornecedores estrangeiros…
Parceria boa é entre iguais, parceria com os EUA é dançar com o perigo. Já falei uma vez e volto a repetir; o objetivo de longo prazo dos controladores brasileiros da Embraer é CLARO, se internacionalizar e a médio-longo prazo se atirar aos braços da Boeing como uma das suas subsidiárias.
E o novo governo temeriano dará os meios para isso, se o der o tempo. Abrindo mão da sua Golden Share.
O comentário coxinho-patriota (existe isso Arnaldo ?) do jogador do Grêmio (ex-Flamengo) não merece resposta. Só lamento…
Livre do ranço da presidAnta e seu mentor traidor/estelionatário, as iniciativas de incremento com os EUA são a melhor opção para o país, pelo menos não teremos mais obras faraonicas em Cuba, Bolívia, Angola etc, com o intuito de angariar propinas para o partido. Obviamente como qualquer patriota, a vigilância constante dos acordos é a chave, não a malsã mania de repetitivamente defender o indefensável..
Ta aberta a sessao besterol by Gilberto Rezende………arghhhhhhhhhhhh bom mesmo eh se associar …….quem ta bem nao se mete c perdidos. Se vc gosta de comparar alhos c bugalhos fique a vontade, continue a tracar teorias burras ate q elas se esgotem.
Caro Marcos, a economia de mercado nos leva a buscar que nossos produtos sejam adquiridos pelo maior números de consumidores possível. Para tanto, é normal que e desejável que a produção seja expandida para outras terras para que possamos alcançar novos mercados. Caso essa conduta não fosse correta, certamente não teríamos a produção de F39 Gripen, submarinos, Guaranis e outros em nosso território. Pelo que entendi de sua afirmação, também não devemos produzir nem montar, em nosso país, produtos desenvolvidos por empresas internacionais e que, no limite, deveríamos fechar a indústria automobilística. A final, qual delas é brasileira?
Tem perigo do KC 390 voar pela USAF? Pela AMI tem(Itália). Pela Polônia Também tem…., Suécia…. e Noruega que deve emitir seu RFP ainda este ano.
O pessoal se morde de raiva.
Torço para que seja algo na área da defesa anti-aérea, a meu ver a maior lacuna na defesa nacional atual.
Filipe…
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os indianos não “alugaram” um submarino russo que estava em serviço e sim um que estava incompleto e com ajuda
financeira da Índia o mesmo foi completado e então colocado à disposição da Índia. Além do mais a relação entre Índia e
Rússia é de uma natureza mais complexa.
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Quanto à “alugar” um “Los Angeles” mesmo que fosse possível, a força de submarinos da US Navy não dá conta de todas as missões a ela atribuída, conforme tem sido noticiado há anos e a perda prematura de um deles devido a um incêndio criminoso poucos anos atrás, só complicou mais as coisas.
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Quanto ao “Kitty Hawk” ele será desmantelado nos EUA…é considerado ainda tecnologia sensível para ser vendido como
sucata para outras nações.
Bom pelo menos caso acontença e Deus nos livre que aconteça uma 3ª guerra mundial o Brasil já está demonstrando de que lado esta.
Muito papo e pouquíssima substância…
É risível este governo temeriano acreditar neste monte de BOBAGEM escrito aí em cima tem algum fundo de REALIDADE.
A relação EUA-Brasil é por definição e construção ASSIMÉTRICA.
Os EUA são o único país do mundo que faz valer suas leis internas extra-territorialmente na MARRA ECONÔMICA.
As LEIS AMERICANAS dizem explicitamente que é objetivo PERMANENTE dos EUA manter sua superioridade tecnológica militar sobre o resto do MUNDO.
OS EUA tem uma imensa legislação EM VIGOR restringindo o uso, a utilização e a revenda de sua tecnologia e nunca teve qualquer pudor em usá-la…
E por fim NADA que se negocia com o governo americano consiste em garantia de cumprimento uma vez que QUALQUER COISA assinada com este pais pode ser revogado, modificado, vetado, desprezado ou ignorado pelo Congresso Americano por questão política real, imaginaria ou simples mentira deslavada.
Por construção qualquer acordo tecnológico-militar com os EUA é uma parceria CARACU em que a parte final COM CERTEZA não fica com os EUA.
Que os fanboys se iludam…
Qualquer coisa de boa que saia daí será usada pelos EUA da maneira que ELES ditarem e o Brasil só a usará e o fará o que seu mestre MANDAR….
Também gostaria de saber que projeto de defesa conjunto será este entre Brasil e EUA.
Não creio que seja um VLS… mas a Base de Alcântara deve ficar com eles.
Quem sabe não seja o KC-390, mas montado nos EUA, a exemplo do A-29..
Americano tem algo no sangue: Cumpre contrato a risca. Se prometer e assinar, vão cumprir, essa é a diferença de fazer negócios com eles ou com países miseráveis e bananeiros, ou aquela furada que nos metemos com os ucranianos. Um bilhão de dólares gastos pra nada.
Ta sonhando ” demais ” by filipe . Abraços
Gente, alguém sabe o que aconteceu com os dois protótipos do KC-390, pelo flightradar faz mais de 10 dias que eles não voam
Que projeto conjunto seria?
Um drone? Um caça? Radar?
Radar aesa?
O problema é que quando aparece uma empresa nacional de destacando, vem uma estrangeira e compra.
Se houvesse essa cooperação na MB, teriamos no PROSUB um SSN Los Angels para a MB, o mesmo que os Indianos fizeram com os Russos, no caso do SSN AKULA, Enquanto construíamos um SSN, poderíamos alugar um SSN da classe Los Angels.
Aproveitar o CVF Kitt Hawk que já foi sucateado, pelo menos dessa sucata , faríamos melhor… e seria a base do novo CVF-BR , já com catapultas electromagneticas, no caso dos caças, o F-18 E/F poderia ser montado aqui,e estaríamos no Projecto Internacional F-35 JSF, enfim espero que os Americanos nos ajudem mesmo, porque já desperdiçamos muito tempo nessa parceria… Agora tá na hora de agir…
Mas que um dia vocês vão ver o KC-390 sendo fabricado e montado nos EUA , isso vão ver mesmo e poucos vão lembrar dos bilhões que o governo (povo) brasileiro deu para desenvolver essa aeronave.
Até que enfim!Temos a maior potência econômica e militar perto da gente, por que não aprender e fazer negócio com os caras? Espero que seja o início de uma verdadeira parceria estratégica no nosso hemisfério ocidental e nas Américas, compartilhamos uma cultura semelhante.
Chega de ideologias bizarras, complexo de perseguição e vira-latas do Brasil com o primeiro mundo, vamos imitar os bons exemplos de Israel, Austrália e Coreia do Sul, e ficar no bolo dos países civilizados .
Vamo que vamo!
Cuidar do setor de educação também irá ajudar, … não preciso e não entrarei em maiores detalhes pois cada brasileiro, especialmente os menos favorecidos sabem que merda que é o sistema de educação brasileiro …. antes que alguém fale, não sou petralha ou assemelhado ou do lado oposto, só um brasileiro que ainda pecou uma época de ensino com uma boa qualidade em ESCOLA PÚBLICA …
Esse produto binacional deve ser o famoso VLS.
Por um lado seria bom… Teríamos a liberação para lançar satélites com componentes americanos, o que tornaria viável o projeto e aquele elefante branco, que fica em Alcântara, começaria a fazer dinheiro e agregar algo ao país…
Por outro lado…
Esquece…
Vale a pena, senta pau nessa caneta ai… Chega de torar dinheiro bom e defunto ruim.
Agendas positivas eh o q todos esperamos. Chega de retrocessos e atrasos c base em ideologias burras e retogradas.