Um dos trabalhadores permanecia internado em estado grave até ontem; empresa informou que vai investigar causas
Três funcionários da unidade de Jacareí da Avibras Indústria Aeroespacial ficaram feridos em um acidente na empresa, na noite da última quarta-feira (13.05).
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, os trabalhadores faziam a revitalização de um foguete SS-30 que estava vencido, exigindo a retirada do combustível sólido. O equipamento faz parte do lançador de foguetes Astros 2.
Durante a operação, o motor do equipamento entrou em ignição involuntária e pegou fogo, chegando a derrubar parte de uma parede.
O foguete é utilizado para artilharia de médio e longo alcance e atinge 30 quilômetros de alcance e velocidade de 2.400 km/h. É o menor dos três foguetes de artilharia disponíveis para o sistema Astros 2, um dos produtos de defesa fabricados pela Avibras, na região. Um dos mais conhecidos é o lançador Astros 2020.
Vítimas
Um dos trabalhadores sofreu queimaduras e intoxicação por fumaça, e segue internado em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Policlin, em São José dos Campos. A unidade não informou ontem a condição de saúde do paciente.
Os outros dois empregados também sofreram queimaduras, mas de menor gravidade, e foram atendidos no mesmo hospital e liberados na manhã de ontem.
Segurança
Segundo o sindicato, a área do acidente deveria contar com quatro operadores, mas tinha apenas dois e outros dois ajudantes no momento do ocorrido. O setor teria sido isolado para investigação. “Vamos cobrar uma investigação rigorosa do acidente e assistência às famílias”, disse o sindicalista Sérgio Henrique Machado, que trabalha na Avibras e denunciou problemas de segurança na empresa.
“A Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) já havia notificado a Avibras sobre a existência de pressão por produção na área”, completou o diretor do sindicato.
Outro lado
Em nota, a empresa confirmou o acidente e disse que investigará as causas da ignição involuntária do foguete, que provocou os ferimentos nos trabalhadores. A empresa negou que a área do acidente, usada para retrabalho de materiais, sofra com falta de segurança. “Trata-se de uma área controlada, de acesso restrito e onde trabalham poucas pessoas, que recebem treinamento adequado”, informou a Avibras Aeroespacial. “A área em questão não envolve material explosivo, mas que pode incendiar-se”, completou.
FONTE: O Vale
Ignição involuntária deveria se investir mais em segurança neste aspecto,me faz lembrar da catástrofe do lançamento foguete brazuca que matou vários cientista brasileiros.
Todo acidente de trabalho pode ser evitado desde que tomadas as medidas de controle de risco adequadas, isso inclui desde as possíveis condições inseguras da instalação que devem passar uma auditoria e estarem plenamente adequadas ao tipo de trabalhado realizado lá e até os atos inseguros (fator pessoal) que ocorrem por diversos motivos, estes é dever da supervisão estar atenta aos membros da equipe escalados para cada trabalho, levando em conta a perícia individual de cada um, as limitações, as qualidades etc… Outro método de conseguir reduzir a chance de ocorrer um acidente no desenvolvimento de um trabalho é fazer a Análise de Segurança da Tarefa (AST) e a Auto Avaliação de Segurança (AAS) diariamente visando encontrar e eliminar qualquer condição insegura ou improvisada e eliminá-las antes que ocorra um acidente… Existe ainda, por norma, alei que determina que todos os trabalhadores envolvidos com trabalhos envolvendo explosivos devem passar por um treinamento específico chamado NR19 afim de capacitálos a trabalhar com esses materiais…
É dever do SESMT apurar as causas do acidente e trabalhar em soluções para evitar que se repitam…
Melhoras para o funcionário e força para a família que sofre junto com o mesmo…
Melhoras ao funcionário e que se restabeleça logo.