A Aviação do Exército constitui-se num orgulho para todo o coração verde-oliva, pois trata-se de um centro de referência em eficiência e modernidade, símbolo do Exército Brasileiro no limiar do terceiro milênio.
Por Guilherme Wiltgen
O início da Aviação Militar – Breve Histórico
A origem da Aviação do Exército tem como cenário os campos de batalha de Humaitá e Curupaiti, na Guerra da Tríplice Aliança.
Ao patrono do Exército, Duque de Caxias, coube o pioneirismo de empregar balões cativos em operações militares na América do Sul, com a finalidade de observar as linhas inimigas.
Em 1913, foi criada a Escola Brasileira de Aviação, no Rio de Janeiro, e foram adquiridos os primeiros aviões do Exército. No ano seguinte, tiveram início suas atividades.
Em 1915, esses aviões foram empregados sob o comando do Gen. Setembrino, na Campanha do Contestado, durante a qual faleceu o Tenente Aviador Ricardo Kirk, promovido “post mortem” ao posto de Capitão, sendo considerado por todos os aviadores da Força Terrestre, como o maior herói da Aviação do Exército e por isso se tornou o Patrono da AvEx.
A Aviação Militar desenvolveu-se com grande intensidade. Diversas turmas de pilotos foram formadas e vários aviões foram incorporados ao seu patrimônio. No Campo dos Afonsos, situado no Rio de Janeiro, estava concentrado o espírito aeronáutico militar, influenciado pela evolução do emprego aéreo nos campos de batalha da Europa e pelos acontecimentos que caracterizavam o período entre guerras.
Diante da eclosão da 2ª Guerra mundial, em 20 de janeiro de 1941, foi criado o Ministério da Aeronáutica, extinguindo-se o Corpo de Aviação da Marinha e a Aviação Militar, encerrando-se, assim, a fase inicial da Aviação do Exército.
A Recriação da Aviação do Exército
Acompanhando a evolução da doutrina militar, em 1985, o Estado-Maior do Exército nomeou uma comissão de estudos para a implantação da Aviação do Exército e, em 03 de setembro de 1986, por meio do Decreto Presidencial n° 93.206, ela foi recriada.
O 1° Batalhão de Aviação do Exército (1° BAvEx) foi organizado como unidade de emprego e a Diretoria de Material de Aviação do Exército (DMAvEx) criada para proporcionar o gerenciamento logístico necessário à implantação.
Em 1989, o 1° BAvEx foi instalado na cidade de Taubaté/SP, escolhida pela sua proximidade do parque industrial aeronáutico de São José dos Campos e por estar entre o Rio de Janeiro e São Paulo, bem como nas proximidades da fábrica da Helibrás, em Itajubá/MG. A partir de então, foram concluídos os processos de aquisição das aeronaves Esquilo e Pantera.
21 de Abril de 1989 entra para a história, pois nesta data foi realizada a entrega da primeira aeronave da Aviação do Exército, o Helibrás Esquilo HB-350L1, designado HA-1 Esquilo que recebeu a matrícula EB-1001.
Em julho de 1993, ocorreu a reorganização da Aviação do Exército, com a qual se extinguiu a Brigada de Aviação do Exército e criou-se o Comando de Aviação do Exército (ComAvEx e atual CAvEx).
Após o recebimento das 52 aeronaves iniciais (16 Esquilos e 36 Panteras) e a reorganização da AvEx, fez-se necessário adquirir mais aeronaves do consórcio Eurocopter/Helibras, vindo a receber mais um lote de 20 aeronaves AS 550A2 Fennec, que também receberam a designação de HA-1.
Como consequência da participação do Exército Brasileiro na missão de observadores militares Peru-Equador (MOMEP), foram adquiridas quatro aeronaves S70-A (Black Hawk) em 1997.
Encerrada a missão, as aeronaves seguiram da Fronteira Peru-Equador para o Brasil e, em 1999, passaram a integrar o 4º Esquadrão de Aviação do Exército (atual 4° BAvEx), sediado em Manaus-AM.
Posteriormente também foram adquiridas 08 aeronaves Eurocopter As 532UE Cougar, que receberam a designação HM-3 e foram enviadas quatro aeronaves para o 2° BAvEx em Taubaté/SP e quatro para o 4° BAvEx em Manaus/AM.
Os pioneiros da aviação recente tiveram sua formação nas Forças irmãs e, após absorver, mesclar, adequar e aperfeiçoar os conhecimentos obtidos na Marinha e Aeronáutica, foi possível criar um pólo de difusão de tais conhecimentos na própria AvEx, que hoje, além de formular e estabelecer doutrinas inerentes à aviação, é capaz de formar seus próprios pilotos e especialistas.
Atualmente, centenas de alunos, oficiais e praças são possuidores de cursos ou estágios realizados na AvEx, muitos dos quais estão distribuídos pelo Brasil, levando consigo a semente dos ideais da aviação.
A cada dia a AvEx consolida-se como uma aviação capaz e exemplar, não somente no cenário nacional mas também no internacional, operando em regiões e climas diversificados, seja na caatinga ou nas imensidões amazônicas, nos pampas ou na cidade. A AvEx surpreende pela capacidade de operar em distâncias ditadas pelas dimensões continentais deste país.
Destaca-se pela versatilidade, pois, além de apoiar a força militar terrestre, auxilia a comunidade na execução de ações de cunho cívico-social, no resgate aeromédico, na busca e salvamento, no apoio em calamidades públicas e em tantas outras atividades que elevam o nome da instituição.
Ao completar seus 35 anos de recriação, a Aviação do Exército se prepara para receber o seu primeiro Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (SARP) Categoria 2, dentro do seu Plano Estratégico, que vai integrar o SIMEM (Sistema e Meios de Emprego Militar).
O modelo escolhido foi o Nauru 1000C, produzido pela empresa XMOBOTS Aeroespacial e Defesa. Ele pesa 10Kg e opera fora do alcance visual, possuindo como características 3m de comprimento, 7m de envergadura, autonomia de 10h de voo e pouso e decolagem VTOL. O Nauru 1000C será dotado de sensores de vigilância e, inicialmente, foi adquirido um sistema com 3 aeronaves.
O Comando de Aviação do Exército compreende, além dos Batalhões de Aviação, a Base de Aviação de Taubaté (BAvT), o Batalhão de Manutenção e Suprimentos de Aviação e o Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx), que formam a Brigada Ricardo Kirk.
O atual Comandante da Aviação do Exército é o General de Brigada Ricardo José Nigri.
“AVIAÇÃO!”
O projeto do H225M foi um exemplo para as forças, espero ver o mesmo ocorrendo com um helicóptero médio e que se possível comtemple a indústria nacional. E que desse possa siar um versão armada semi especializada, porém robusta de projeto interna similar ao oque ocorre na coreia do Sul assim facilitando e barateando a manutenção pois utilizaram plataforma civil com estrutura adaptada. E que possa vim um segundo lote de H 225M pois o Brasil e grande de mais para 50 helicópteros so
Dan,porque as noticias não estão chegando e porque elas chegam atrasadas?
Porque os editores estavam embarcados no NAM Atlântico para a Operação Poseidon 2, como foi colocado aqui no site avisando aos leitores.
Bom dia a todos!
O EB ou a FAB tem intenção de adquirir mais aeronaves da família Black Hawk?
Creio que o Chinook seria de grande proveito pro EB, há intenção de adquirir?
Muito obrigado!
Aviação!
Existiam planos para helicópteros de ataque e carga pesada, mas ambos os projetos estão aguardando verbas. Recentemente foram retomados os trabalhos de um helicóptero de instrução, já que os esquilos da FAB e da MB estão “no osso”, pois não foram revitalizados como os do EB.
Dan,o que ouve,porque estou recebendo poucas notícias e notificações estão aparecendo atrasadas?