O início da atividade aeronáutica no Exército Brasileiro tem como cenário os campos de batalha de Humaitá e Curupaiti, durante a Guerra da Tríplice Aliança (Guerra do Paraguai).
Coube ao então Marquês de Caxias, Patrono da nossa Força Terrestre, o pioneirismo de empregar militarmente balões cativos de observação na América do Sul. Tal atividade já havia se mostrado vantajosa durante a Guerra Civil Norte-americana (1861 – 1865).
O Patrono do Exército, como grande estrategista que era e com uma atuação projetiva, ao ser nomeado Comandante-Chefe dos aliados, antecipou sua análise do campo de batalha. Constatou que a topografia do terreno onde o conflito se delineava era plano e que os toscos “mangrulhos” construídos não ultrapassavam 15 metros de altura. Assim, solicitou a aquisição de balões antes mesmo de sair do Rio de Janeiro com destino ao Teatro de Guerra.
Após acordos entre o governo brasileiro e dos EUA, em 31 de maio de 1867, chegaram à região do conflito dois aeronautas americanos acompanhados de dois balões e seus respectivos equipamentos. O menor dos aparelhos tinha 8,5 metros de diâmetro e 17.000 pés cúbicos de gás; o maior possuía 12,19 metros de diâmetro e 37.000 pés cúbicos de gás. A capacidade dos balões variava de 2 a 8 pessoas. Eles eram confeccionados com tecido de algodão e, depois de prontos, recebiam várias camadas de verniz para proteger a tela e para diminuir o escape do gás.
Os suprimentos indispensáveis para a fabricação de hidrogênio, utilizado no enchimento dos balões, eram o ácido sulfúrico e a limalha de ferro. Alcançavam a altura de, aproximadamente, 300 metros. A comunicação, entre os aeronautas (ou observadores aéreos) a bordo do balão com o pessoal em terra, era feita por meio de mensagens lastradas, de sinais de semáfora com bandeirolas ou outros sinais visuais e, ainda, por meio de telegrafia com fio.
Em 24 de junho de 1867, deu-se o primeiro emprego militar de balão na América Latina, com sua ascensão a 330 metros. O primeiro brasileiro a fazer uso da terceira dimensão, em campanha, foi o Capitão Francisco Cesar da Silva Amaral, que subiu com o balão no dia 12 de julho de 1867. Contabilizaram-se, ao todo, vinte ascensões, de junho a setembro de 1867. As informações sobre a disposição do inimigo no terreno, colhidas por meio da observação aérea, foram fundamentais para o Marquês de Caxias. Com o conhecimento obtido, foi escrito o primeiro capítulo da história da Aeronáutica Militar Brasileira.
FONTE: Espaço Cultural da Aviação do Exército
Excelente histórico do exército brasileiro. Foi um período em que o iluminismo e o positivismo criaram as bases das primeiras correntes científicas ao redor do mundo e o Marquês de Caxias soube muito bem aproveitar os benefícios dessa tecnologia que surgia. Um memorável e honroso período histórico ao exército e ao nosso país. Muito bom.
Cara, imagina você sendo um índio paraguaio, conscrito a força para defender o governo do Lopes. Você nunca viu um sapato na sua vida e de repente te entregam um mosquete e te dropam em uma fortaleza. Na sua frente você vê uma esquadra monstruosa de navios de metal soltando fumaça e atirando na sua direção, do outro um mar de gente e acima deles 2 balões com gente te fotografando e te monitorando……
Honestamente, acho que o mais próximo disso hoje, seria testemunhar uma invasão alienígena da terra kkkkk