Hoje comemoramos os 102 anos do início promissor das “Asas da Força Terrestre”.
Com o término da 1° Guerra Mundial e comprovado o uso do avião como máquina de guerra, o Governo do Brasil estabeleceu as bases para o início do desenvolvimento de uma cultura aeronáutica ainda inexistente no seio da Força Terrestre.
Assim, em 1919, dois momentos históricos marcaram o início da Aviação em nosso Exército: O Decreto n° 13.451, de 29 de janeiro, criando a Escola de Aviação Militar, e a sua inauguração oficial, no hoje lendário Campo dos Afonsos-RJ, ocorrida em 10 de julho do mesmo ano, com total respaldo do governo e entusiasmo da sociedade civil.
A Escola de Aviação Militar foi a primeira Unidade da Aviação do Exército. Em suas instalações, e sob a influência técnica da Missão Militar Francesa de Aviação, chamada de “Pequena Missão”, ministrava-se instrução de pilotagem, de observação aérea e mecânica.
O Comando da Escola ficou a cargo de um oficial brasileiro, o Tenente-Coronel Estanislau Vieira Pamplona, bem como as questões administrativas e disciplinares. As instruções de voo eram realizadas nos Afonsos, nos oito hangares da antiga Escola Brasileira de Aviação (EBA); as primeiras instalações do Comando e os alojamentos militares funcionavam na Vila de Marechal Hermes, até que o grande prédio da Companhia de Aviação ficasse pronto em 1922.
Por ocasião da inauguração da Escola, o então Ministro da Guerra, General Alberto Cardoso de Aguiar, dirigiu-se ao Chefe do Estado-Maior do Exército nos seguintes termos: “A inauguração da Escola de Aviação Militar constitui para o Exército um acontecimento de tal importância, que merece especial relevo entre os fatos da nossa vida militar”. A fundação da Escola de Aviação Militar foi um marco necessário para o estabelecimento de um projeto aeronáutico nacional de envergadura.
A vinda da Europa ao Brasil de instrutores familiarizados com o “ato de voar e de se fazer voar”, acompanhados de material sobressalente, aviões, e doutrina aérea imprescindível para a Força Terrestre, foi fundamental para a introdução do vetor aéreo e defesa da nossa soberania.
FONTE: Espaço Cultural da Aviação do Exército