*Cliquem nas imagens e assistam aos vídeos!
Por Luiz Padilha
A Operação Poseidon 2022, Operação Conjunta coordenada pelo Ministério da Defesa, marcou a entrada de um novo componente nesta operação conjunta entre as forças singulares, o Navio Doca Multipropósito (NDM) Bahia (G 40). A operação desta 3ª edição ocorreu entre as cidades do Rio de Janeiro e Cabo Frio (RJ), quando o navio recebeu pela primeira vez, as aeronaves da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira para exercícios de qualificação de pousos e decolagens, um desafio para os pilotos participantes, justamente por ser o Bahia, uma plataforma diferente do Navio Aérodromo Multipropósito (NAM) Atlântico (A 140), meio utilizado nas duas primeiras edições da Poseidon.
Desatracação sob Ameaça Assimétrica de Superfície
Durante a desatracação do NDM Bahia, foi realizado um exercício com uma embarcação autonôma do CASNAV (Centro de Análises de Sistemas Navais), simulando uma ameaça assimétrica, a qual foi repelida pelas embarcações da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro. Vale ressaltar que a embarcação do CASNAV por se encontrar em fase inicial de testes, estava tripulada para acompanhamento de seu desempenho.
Diariamente ocorreram exercícios de Ameaça Cibernética, onde todos os ataques à rede dos navios era eliminada pelo programa Dreadnought versão 2.8 desenvolvido pela Marinha.
Grupo Tarefa
O Grupo-Tarefa (GT), formado pelo NDM Bahia e pela fragata Independência (F 44), estava sob o comando do Contra-Almirante André Luiz de Andrade Felix, comandante da 2ª Divisão da Esquadra, que coordenou todo o exercício, atingindo o objetivo de consolidar a formação de 4 pilotos da FAB e 4 do EB. Durante a Poseidon 2022 o CA Félix concedeu a entrevista abaixo para a mídia presente.
Interoperabilidade e padronização de procedimentos operacionais, era o objetivo a ser alcançado, com as operações aéreas no Bahia. Voos de QRPB (Qualificação e Requalificação de Pouso a Bordo), ocorreram durante os dias, com diversos pousos e decolagens em ambos os convoos.
Entrevista com o comandante do NDM Bahia
O Capitão de Mar e Guerra Cássio Reis de Carvalho, falou sobre a Poseidon 2022 e sobre o NDM Bahia.
O desafio do Convoo “Zulu”
Durante a Poseidon 2022 os pilotos realizaram pousos alinhados e cruzados no convoo Alfa do Bahia, mas o grande desafio era o convoo Zulu. Por ficar abaixo do convoo Alfa e ter obstáculos para um pouso alinhado, os pousos e decolagens eram mais desafiadores no início, mas ao final, já consolidados, apesar do “vento sujo” (que reduzia a sustentação da aeronave), os pousos ocorreram sempre com segurança.
Salto Livre Operacional (SLOp)
No mesmo período da Poseidon 2022, ocorreu o exercício de Adestramento Conjunto de Salto Livre Operacional (SLOp) 2022, sob a coordenação do Comando Naval de Operações Especiais (CoNavOpEsp), na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia. Como havia uma janela na programação, ocorreu o encaixe de uma parte deste exercício com as Forças Especiais da Marinha (Batalhão Tonelero e GRUMEC), do Exército (1º BFEsp, 1º BAC, 3ª Cia FEsp e Cia Prec Pqdt) e da Força Aérea (EAS/PARA-SAR), a partir do navio. Após chegarem ao navio, os integrantes das Forças Especiais se preparam para realizar o salto livre de aproximadamente 10.000 pés.
Voos de QRPB
Com o fim da Poseidon chegando, apenas dois pilotos ainda tinham voos para consolidar sua formação, e os voos não pararam até que eles completassem o programa.
Comandante de Operações Navais
Ao final da Poseidon 2022, o Comandante de Operações Navais veio a bordo do NDM Bahia para ver o resultado da evolução dos pilotos das três Forças. Na ocasião o Almirante de Esquadra, Marcos Sampaio Olsen, foi recebido pelo Comandante em Chefe da Esquadra, Vice Almirante Arthur Fernando Bettega Corrêa.
Cerimonial à Bandeira
Coroando o êxito da operação Poseidon 2022, ao fim do exercício ocorreu o cerimonial à bandeira com a presença do Comandante de Operações Navais.
Desfile Naval pela orla do Rio de Janeiro
Durante o encontro com o NAM Atlântico que se encontrava em testes de máquinas, ocorreram dois pousos a bordo com as aeronaves da FAB e do EB. Em seguida os navios do GT junto ao Atlântico passaram pela orla da cidade do Rio de Janeiro antes de revoadadas aeronaves para suas bases.
FOTOS
A Agência Marinha de Notícias estava a bordo acompanhando a Poseidon 2022, com uma equipe que tinha a Tenente Vanessa Mendonça como entrevistadora e aproveitamos e fizemos uma entrevista com ela para saber sua visão da Poseidon 2022.
Primeiramente parabens ao DAN e segundo gostaria de perguntar
ao Padilha se há previsão do incio de construçao dos navios patrulha oceanico no AMRJ?
obrigado,
abraço.
Não há nenhuma previsão e nem dinheiro para isso.
Parabéns ao DAN pela ótima cobertura do evento e pela qualidade do material.
Este equipamento (container amarelo) no final do convoo Alfa acima do convoo Zulu são geradores ?
Não vi isto na operação Dragão 2016.
Grato!
São geradores sim, caso precisasse usar.
Isso que eu ia perguntar, o Bahia agora sempre esta operando com estes geradores, o mesmo esta com alguma falha elétrica ou deficiência de geração? ou é mais barato usar esses geradores do que os instalados no navio?
Os MCAs estão em manutenção
E com foi a percepção quanto a manutenção do navio? Procede o problema de vedação em um dos eixos?
Negativo. Aquela notícia não é verdadeira. Eu fui na casa de máquinas e vi o eixo girando da redutora e não havia uma gota d’água. Eu sei a razão da tripulação ter jogado a mentira no ventilador e caiu quem não tem compromisso com a verdade. Mas não vou comentar por se tratar de um assunto interno. O Bahia está bom. Pode melhorar? Pode e vai, mas as coisas não acontecem da noite pro dia.
Muito bom saber! Tendo em vista a seriedade do tema por parte de vocês, seria muito bom uma reportagem falando sobre as condições do navio e também os planos para o mesmo.
Johan, nem tudo pode ser colocado, pois trata-se de um assunto que envolve sigilo.
Matéria completa , rica muito rica!!
Parabéns a equipe do DAN!!