Em 2014, os editores do Defesa Aérea & Naval (DAN), visitaram o BAC Cantabria (A-15), que se encontrava na Estação Naval de La Graña. Incorporado pela Armada Espanhola em 29 de julho de 2010, este navio também fazia parte da oferta da Navantia para o programa Prosuper da Marinha do Brasil, o qual acabou não seguindo adiante. Nele era prevista a aquisição de um NApLog – Navio de Apoio Logístico. A Marinha do Brasil ainda pretende adquirir um NApLog construído no Brasil.
Após operar o Cantabria por 1 ano, a Royal Australian Navy, optou por adquirir 2 navios baseados nesta classe. O AOR Supply, primeiro da classe que se encontra em testes de mar, com o segundo (AOR Stalwart) em construção.
Por dentro do Cantabria
Após algumas fotos do navio ainda no cais, subimos a bordo onde fomos recebidos pela tripulação de serviço e levados ao camarote do comandante do navio, Capitão-de-Fragata Javier Roca Rivero, na época de nossa visita. O comandante nos expôs algumas características do Cantabria, ressaltando as capacidades do navio e sua alta disponibilidade.
Seguimos com um oficial destacado pelo comandante em nossa visita ao navio, que operou por 1 ano à serviço da Royal Australian Navy com tripulação espanhola, mostrando todo o seu potencial e suas capacidades no dia a dia de operações com a RAN.
Segundo informações do comandante, o navio agradou plenamente à RAN, pois supriu todas suas necessidades operacionais, abrindo portas para futuras encomendas deste tipo de navio. tanto agradou que em breve o AOR Supply, muito similar ao Cantabria será comissionado junto à Royal Australian Navy.
O navio possui amplos corredores e elevadores centrais por onde toda a carga é movimentada de seu interior até o convés. A carga é movimentada por tratores em seu interior, o que proporciona maior velocidade, o demonstra a modernidade do projeto do Cantabria.
O navio além dos 4 estações para transferência de óleo entre os navios, possui uma 5ª estação à ré, como pode ser vista nas fotos acima. Taticamente, uma vantagem para a Marinha que operar com este navio.
O amplo hangar tem a capacidade para receber até 3 helicópteros Agusta-Bell AB212, 2 Sikorsky SH-3 Sea King ou 2 NH90.
No convés principal, o navio possui 4 estações para controle de movimentação de carga e para a faina de transferência de óleo entre navios.
Outra importante característica do navio é a sua capacidade de atuar em ações de ajuda humanitária, pois ele tem um hospital completo com dez leitos, sala de cirurgia totalmente equipada com instalações para a realização de telemedicina por videoconferência, sala de raios-X, consulta dental, laboratório de esterilização e consulta médica.
Sua ampla cozinha fornece alimentação para seus 122 tripulantes, fora os destacados (extras).
Com um moderno passadiço, o Cantabria é amplamente utilizado para apoio logístico às missões de projeção de força expedicionária estratégica, suportando forças terrestres também.
Características do Cantabria:
Deslocamento: 19.500 toneladas
Comprimento: 174 metros
Propulsão: 2 motores diesel Navantia de 10.890 kW acoplados a um eixo
Velocidade: 20 nós sustentada
Autonomia: 6.000 mn
Capacidade de armazenamento: 8.920 m³ de combustível para navios, 1.585 m³ de JP-5, 215 m³ de água doce, 280 toneladas de munição e 470 toneladas de carga geral
Capacidade para operações aéreas: 1 Convoo com Hangar para 3 AB-212 , ou 2 NH-90
Sensores
Sistema de Combate (SCOMBA) – Navantia
Sistema de navegação DIANA – Indra
O controle integrado SICP plataforma de sistema – Sistemas FABA
Console Multifunção CONAM – Sainsel
Radar de superfície Modelo ÁRIES-NAV – Indra
Radar de controle de voo Modelo ÁRIES PAR – Indra
Radar ESM/ECM – Indra
ESM sistema Communications/ECM – Modelo Regulus MK-9500 – Indra
SHF Communications sistema SATCOM – Indra
Sistema de comunicações integrado CIEC-5 – EID
Sistema Optrônico de Vigilância – Tecnobit
Sistemas de dados – Link-11 e Link-22
Carta náutica eletrônica – WECDIS – Sainsel
Armamento
2 canhões automáticos M242 Bushmaster
2 metralhadoras Browning M2 12,7 milímetros
Boa noite Padilha esse navio pode vir para MB?
Fabio. Como assim, vir para o Brasil? Você diz passar pelo Rio de Janeiro?