Por Guilherme Wiltgen e Luiz Padilha
Na sexta-feira (18), foi realizado pelo Centro de Comunicação Social da Defesa (CCOMSOD) e o Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra (ComFFE), um encontro com as principais mídias especializadas em defesa.
Estiveram presentes o Vice-Almirante (FN) Carlos Chagas Vianna Braga (FFE), o Vice-Almirante (FN) Pedro Luiz Gueiros Taulois (CCOMSOD), o Contra-Almirante (FN) Renato Reis de Medeiros (CEM FFE) e o Capitão Tenente Fabrício Costa (CCOMSOD), que apresentaram as principais atividades realizadas pelo Ministério da Defesa e os principais eventos da Força de Fuzileiros da Esquadra programados para o ano de 2021.
Segundo o VA (FN) Taulois, a criação do CCOMSOD foi fundamental para aprimorar a relação do Ministério da defesa com a sociedade e com a imprensa em geral. O CCOMSOD esta diretamente vocacionado para a parte institucional, e tem como uma das metas integrar as ações com os outros centros de comunicação das outras forças.
Com o advento da pandemia de COVID-19, o CCOMSOD está ligado diretamente aos Centros dos Comandos Conjuntos e cada um deles; Amazônia, Norte, Nordeste e Sul, também possuem um Centro de Comunicação, trabalhando em sinergia com o CCOMSOD.
O Centro está estruturado com 1 Chefe, um Vice-Chefe, 3 divisões (Planejamento, Comunicação Integrada e Administração), onde a Comunicação Integrada é o coração dessa estrutura, que tem subordinada uma Agência de Defesa, responsável pela divulgação de matérias em diversos tipos de mídias sociais e em outros canais, a Assessoria de Imprensa que se relaciona diretamente com a imprensa diariamente, Relações Públicas com seus diversos filmes e materiais promocionais, um Estúdio de Rádio e TV e coberturas especiais que permitem levar a imprensa em locais que o Centro avalia como sendo importante serem divulgados.
A Agência de Defesa tem divulgado todo o trabalho desenvolvido pelas forças Armadas no combate à COVID-19, mostrando a dimensão do esforço feito para efetivar a vacinação da população.
Outro fator importante que levou a criação do CCOMSOD foi o aumento expressivo nas demandas solicitadas pela imprensa desde 2018, com destaque para tópicos como a Operação Acolhida, Operação COVID e Operação Verde Brasil que se extinguiu recentemente. Atualmente o foco das demandas está voltado para os Gastos do MD e das Forças Armadas.
No entanto, na verdade esses gastos são em sua maioria com projetos estratégicos, onde vemos a necessidade da sociedade brasileira conhecer e entender que a Defesa Nacional não é um gasto e sim investimento, e de que é uma necessidade para o nosso país com o seu litoral e território, possuir uma defesa forte, pois apesar de sermos um país pacífico, temos que ter a nossa defesa bem estruturada.
Os projetos estratégicos impulsionam a nossa Base Industrial de Defesa, gerando empregos e melhoria na renda da população brasileira, além é claro, de gerar divisas para o país através das exportações, e por mais que se explique isso, é difícil que a mídia tradicional compreenda. O trabalho realizado pela mídia especializada pode contribuir para isso.
O VA (FN) Carlos Chagas falando sobre o Corpo de Fuzileiros Navais, ressaltou que o mesmo já nasceu anfíbio e expedicionário e continua assim até hoje, pois desde 1797 quando a Brigada Real da Marinha cruzou o Atlântico protegendo a rainha Dona Maria I, o Príncipe Regente Dom João e toda a Corte portuguesa. A Corte Portuguesa se encontrava ameaçada pelas tropas de Napoleão Bonaparte, e seguiu para o Brasil em 1807, chegando aqui em 7 de março de 1808, sendo então instituída como a data de nascimento de atual Corpo de Fuzileiros Navais.
Como represália a invasão de Napoleão a Lisboa, Portugal retaliou em Caiena na Guiana Francesa, o que seria o batismo de fogo da Brigada Real da Marinha no Brasil, bloqueando as aspirações francesas de expansão territorial na Amazônia e conquistando definitivamente o Amapá.
Na história recente, participamos de forma expedicionária no Haiti, no Líbano, na Líbia, apenas pontuando alguns pequenos exemplos. O CFN através de sua tropa de pronto emprego, atuou na ocupação do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro e depois nos Jogos Olímpicos.
Pronto Emprego, Anfíbio e Expedicionário
Na Estratégia Nacional de Defesa, em sua revisão de 2020, o CFN teve algumas modificações, como Projeção de Poder, ou seja, preparar a Marinha para projeção de poder, tendo com isso que estar em permanente condição de pronto emprego, pois não adianta estar pronto amanhã, tem que estar pronto hoje. Os Fuzileiros Navais vão participar de operações internacionais de paz, com o Brasil assumindo uma vaga no conselho de segurança da ONU em 2022.
Não existe em nenhum lugar do Brasil, nenhuma outra tropa que seja 100% profissional. Todo fuzileiro naval é um profissional voluntário, aprovado em concurso público, sendo submetidos a um longo processo de preparação.
Os fuzileiros navais estão subordinados ao Comando de Operações Navais, que determina o emprego e ao Comandante Geral dos Fuzileiros, que é responsável pelo preparo, pelo pessoal, pelo material, pela doutrina, pelo treinamento físico e a parte de NQBR de toda a Marinha.
A excelência do poder operativo dos fuzileiros navais está na Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), a “Força que vem do Mar”, com um quadro de mais de 7.500 fuzileiros navais.
O ComFFE tem sob sua subordinação a Divisão Anfíbia e a Tropa de Reforço, ambas comandadas por um almirante, a Tropa de Desembarque, um Batalhão de Operações Especiais e o Batalhão de Combate Aéreo.
Principais operações e atividades planejadas
Em julho a FFE estará sendo inspecionada pela ONU para que a Força de Reação Rápida passe do nível 1 para o nível 2, o maior nível de prontificação da ONU. Na sequência virá o maior exercício da Marinha no Planalto Central, o Formosa 2021, com aproximadamente 2.000 homens e o uso de tiro real. Depois teremos o exercício UANFEX em Itaóca-ES e por fim a operação Dragão 40, o maior exercício anfíbio da Marinha, com o emprego de todos os meios navais da Marinha.
O ComFFE preparou uma apresentação do Programa Forças no Esporte (Profesp) desenvolvidos pelo MD em parceria com o Ministério da Educação, Ministério da Cidadania e Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
A FFE apoia o Profesp desde 2018 e chegou a atender cerca de 400 crianças mensalmente.
Também foi montada uma apresentação dos principais meios e armamentos utilizados pela Força de Fuzileiros da Esquadra, como as três gerações do Carro-Lagarta Anfíbio (CLAnf).
Carro-Lagarta Anfíbio (CLAnf) das gerações 1 e 2
Também estavam presentes na apresentação estática o M-113, o Mowag Piranha IIIC, o sistema Astros, obuses de 105mm, além de lançadores de mísseis Mistral e diversos armamentos leves empregados pelos Fuzileiros Navais nas mais diversas missões.
Finalizando, os jornalistas foram convidados para uma apresentação do CLAnf e do Piranha, onde todos puderam ver como essas viaturas podem ser empregadas, estando a bordo das mesmas durante a apresentação.
NOTA DOS EDITORES: O DAN agradece a fidalguia com que foi recebido pelo VA Carlos Chagas, pelo VA Taulois e suas respectivas equipes.
Obrigado, sr. Padilha.
Devido ao fato de ser a 40ª edição da tradicional Operação Dragão, seria incrível se o CFN utilizar a maior quantidade de meios possível (aéreo, naval e terrestre), incluindo os NDCC G25 ALMIRANTE SABÓIA e G28 MATTOSO MAIA, o NDM G40 BAHIA, o NAM A140 ATLÂNTICO, além da EDCG L20 MARAMBAIA. Inclusive, srs. Padilha e Wiltgen, alguma novidade sobre o NDCC G28 ? … e qual status operacional do NDCC G25, que não tivemos mais notícias ?
O G25 está operacional e o G28 ainda não.
Estamos ferrado. .. recursos humanos show .. equipamentos horríveis !
Seria um sonho ver nos fuzileiros navais a dupla de helicópteros AH-1Z Viper e UH-1Y Venom, juntamente com um tanque leve substituindo o SK-105 Kürassier. Fechando o sonho vants (observação, ataque e carga) e uma camada melhor para defesa aérea.